O Condado de Trípoli foi o último dos quatro principais estados cruzados no Levante a ser criado. Localizava-se em territórios que actualmente pertencem à Síria e ao Líbano, tinha a sua capital em Trípoli, e duas das suas cidades mais importantes eram Safita e Tartus.
A população franca do condado era constituída principalmente por cruzados originários do centro da França e da Itália. Dos estados latinos do oriente, este era o único onde se falava a langue d'Oc, contrariamente aos outros, onde se falava a langue d'oïl, pelo que a dominação dos normandos de Antioquia foi mal aceite. O século XIII seria mesmo semeado de intrigas, revoltas e assassinatos. Um senhor de Gibelê, vassalo do condado chegou a ofender o seu suserano às portas de Trípoli.
Tentou, sem sucesso, conquistar Homs, nas margens do rio Orontes, uma cidadela cuja posse permitiria uma resistência mais prolongada. Iniciou o cerco a Trípoli em 1104, mas a cidade resistiu ainda vários anos, abastecida por mar pelos egípcios.
Bertrando e Guilherme-Jordão, com a mediação do rei Balduíno I de Jerusalém, acabaram por acordar em cada um manter o controlo das suas próprias conquistas. Bertrando lucrou mais com este acordo quando capturou Trípoli pouco depois. Quando Guilherme-Jordão foi assassinado, alguns meses mais tarde, Bertrando tornou-se no único governante do condado.
O condado conseguiu resistir ao ímpeto conquistador de Saladino, e passou para Boemundo, o segundo filho de Boemundo III de Antioquia. Com a morte de Boemundo III em 1201, Trípoli fez parte de uma união pessoal com o Principado de Antioquia por quase três anos (1216-1219), até à queda deste último frente aos mamelucos em 1268. Trípoli sobreviveu apenas mais alguns anos.
Lúcia acabou por chegar a um acordo com os genoveses e a comuna, o que desagradou a Veneza e ao ambicioso Bartolomeu Embriaco, o governante genovês da cidade. Este pediu ajuda ao sultão mamelucoQala'un, que cercou a cidade em Fevereiro de 1289 e a capturou a 27 de abril, dissolvendo o condado.
1233-1251 - Boemundo V de Antioquia, também príncipe de Antioquia, filho de Boemundo IV de Antioquia
1251-1275 - Boemundo VI de Antioquiao Belo, também príncipe de Antioquia de facto (1251-1268) e depois apenas titular (1268-1275), filho de Boemundo V de Antioquia
1275-1287 - Boemundo VII de Trípoli, também príncipe de Antioquia, filho de Boemundo VI de Antioquia
Do mesmo modo que com o Principado de Antioquia, o título passou para os reis de Chipre e Jerusalém, e por vezes foi atribuído como uma honra aos membros mais jovens dessa casa real ou a senhores cipriotas.