Cordeiro de Deus Nota: Para filme de 2015 também conhecido como Agnus Dei, veja Les Innocentes.
Cordeiro de Deus ou, em latim, Agnus Dei (também aportuguesado como ágnus-dei[1]), é uma expressão utilizada no cristianismo para se referir a Jesus Cristo, identificado como o salvador da humanidade, ao ter sido sacrificado em resgate pelo pecado original. Na arte e na simbologia icónica cristã, é frequentemente representado por um cordeiro com uma cruz. A expressão aparece no Novo Testamento, principalmente no Evangelho de João, onde João Batista diz de Jesus: "Eis o Cordeiro de Deus, Aquele que tira o pecado do mundo" (João, 1:29).[2] Os hebreus ofereciam sacrifício de um cordeiro "puro, sem manchas e sem defeito" a Deus, para remissão dos pecados. O sacrifício de animais era frequente entre vários grupos étnicos, em várias partes do mundo. Na Bíblia é referido, por exemplo, o caso de Abraão que, para provar a sua fé em Deus teria de sacrificar o seu único filho, imolando-o e queimando-o numa pira de lenha, como era costume para os sacrifícios de animais - o relato bíblico refere, contudo, que Deus não permitiu tal execução. A morte de Jesus Cristo, considerado pelos cristãos como filho unigênito de Deus, tornaria estes sacrifícios desnecessários, já que sendo considerado perfeito, não tendo pecado e tendo nascido de uma virgem por graça do Espírito Santo, semelhante a Adão antes do pecado original, seria o sacrifício supremo, interpretado como o maior ato de amor de Deus para com a humanidade. A interpretação desta expressão varia, contudo, consoante as doutrinas. Rito litúrgicoNa liturgia católica e anglicana o Agnus Dei é recitado ou cantado durante o início a fração do pão eucarístico. Introduzida na missa pelo Papa Sérgio I (687-701) e baseada em João 1: 29, a forma latina (com tradução) é:
Na música sacra, muitos compositores realizaram verdadeiras obras-primas para esta parte da missa. Quando a missa é de réquiem, este trecho recita-se ou canta-se da seguinte forma:
Referências
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