O crescimento populacional ou crescimento demográfico é a mudança positiva do número de indivíduos de uma população. O termo população pode ser aplicado a qualquer espécie viva, mas aqui refere-se aos humanos.
A população mundial em 1950 era de 2.5 bilhões de pessoas. Em 2000 já havia mais de 6.0 bilhões de humanos no planeta.
Histórico do crescimento da população mundial em milhares de pessoas.[4][5][6] A disponibilidade de cifras sobre o histórico populacional varia de região para região.
Ano
Mundo
África
Ásia
Europa
América Latina
América do Norte
Oceania
1750
791 000
106 000
502 000
163 000
16 000
2 000
2 000
1800
978 000
107 000
635 000
203 000
24 000
7 000
2 000
1850
1 262 000
111 000
809 000
276 000
38 000
26.000
2 000
1900
1 650 000
133 000
947 000
408 000
74 000
82 000
6 000
1950
2 518 629
221 214
1 398 488
547 403
167 097
171 616
12 812
1955
2 755 823
246 746
1 541 947
575 184
190 797
186 884
14 265
1960
3 021 475
277 398
1 701 336
604 401
218 300
204 152
15 888
1965
3 334 874
313 744
1 899 424
634 026
250 452
219 570
17 657
1970
3 692 492
357 283
2 143 118
655 855
284 856
231 937
19 443
1975
4 063 587
413 450
2 387 727
674 143
323 128
244 003
21 136
1980
4 434 682
469 618
2 632 335
692 431
361 401
256 068
22 828
1985
4 830 979
541 814
2 887 552
706 009
401 469
269 456
24 678
1990
5 263 593
622 443
3 167 807
721 582
441 525
283 549
26 687
1995
5 674 380
707 462
3 430 052
727 405
481 099
299 438
28 924
2000
6 070 581
795 671
3 679 737
727 986
520 229
315 915
31 043
2005
6 453 628
887 964
3 917 508
724 722
558 281
332 156
32 998
Fases do aumento populacional
Atualmente, a taxa de crescimento populacional mundial, inferior a 1,2% ao ano, está em constante declínio. Porém, a expectativa de vida está em ascensão em virtude dos avanços na medicina, saneamento ambiental, maiores preocupações com a saúde, entre outros fatores. Sendo assim, o número de habitantes no mundo continua aumentando.
De acordo com dados divulgados em 2010 pelo Fundo de População das Nações Unidas (FNUAP), a população mundial é de 6,908 bilhões de habitantes. Segundo estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU), o contingente populacional do planeta atingirá a marca de 9 bilhões de habitantes em 2050, ou seja, um acréscimo de aproximadamente 2,1 bilhões de habitantes, sendo a taxa de crescimento de 0,33% ao ano.[7]
Estima-se que há cerca de 2000 anos a população global era de cerca de 300 milhões de habitantes. Por um longo período a população mundial não cresceu significativamente, com períodos de crescimento seguidos de períodos de declínio. Decorreram mais de 1600 anos para que a população do mundo dobrasse para 600 milhões. O contingente populacional estimado para o ano de 1750, era de 791 milhões de pessoas, das quais 64% viviam na Ásia, 21% na Europa e 13% em África.
A humanidade demorou, portanto, dezenas de milhares de anos para alcançar o primeiro milhar de milhão de habitantes, por volta de 1802. Em seguida, foram necessários mais 125 anos para dobrar a população, alcançando assim o planeta, por volta de 1927, 2 milhares de milhões de habitantes. O terceiro milhar de milhões foi atingido 34 anos depois, em 1961, e assim por diante.
Durante este período, o homem abandonou o modo de vida que criara há cerca de 10 mil anos, com o advento da agricultura, e passou a multiplicar-se nas cidades, um mundo à parte da natureza. Em 1900, nove em cada dez homens, mulheres e crianças, que somavam uma população de 1,65 milhares de milhão, ainda viviam no campo. Calcula-se que nos primeiros anos do século XXI quase metade dos seis milhares de milhões de pessoas habita cidades; dessa população urbana, estima-se que uma proporção de três para vinte pessoas se encontre nas cerca de meia centena de metrópoles e megalópoles (população igual ou maior que 5 milhões de habitantes).
A ONU estima que no ano 2000 a população mundial crescia então a um ritmo de 1,2% (77 milhões de pessoas) por ano. Isto representa um decréscimo da taxa de crescimento em relação ao seu nível em 1990, sobretudo devido à quebra das taxas de natalidade.
A República Popular da China era, nessa altura, o país mais populoso do mundo com 1300 milhões de habitantes, porém, devido à baixa taxa de natalidade a China foi superada em 2023 pela Índia que, se mantiver a taxa de natalidade de 2000, atingirá os 1600 milhões por volta de 2050.
Nos países desenvolvidos, esses declínios na mortalidade tinham levado séculos para ocorrer, à medida que a própria sociedade gradualmente se transformava, tornando-se mais urbanizada e menos dependente de grandes famílias. Como resultado, as taxas de natalidade e mortalidade tendiam a decrescer proporcionalmente e as taxas de crescimento populacional nunca atingiram o nível que atingiriam mais tarde, nos países em desenvolvimento. Na década de sessenta, as mulheres nos países em desenvolvimento estavam a ter, em média, seis filhos.
Previsões sobre a população mundial futura
O crescimento futuro da população é difícil de prever. As taxas de natalidade estão a diminuir em geral, mas variam muito entre países desenvolvidos e países em desenvolvimento. As taxas de mortalidade podem mudar inesperadamente devido a doenças, guerras e catástrofes, ou avanços na medicina. A ONU (Organização das Nações Unidas) publicou várias projecções da população mundial futura, baseadas nos diferentes pressupostos. No dia 05 de agosto de 2008, a ONU divulgou um documento que apresentava uma estimativa em relação ao número de habitantes no futuro, a estimativa que se baseava em 2050 falava que os números poderão atingir 9,2 bilhões de pessoas em todo o mundo, porém, ao longo dos últimos dez anos, a ONU tem revisto constantemente as suas projeções da população mundial, corrigindo-as para valores inferiores aos anteriormente anunciados.
Consequências do aumento populacional
O contínuo aumento populacional pode ter várias consequências negativas. A mais falada é a questão da escassez de alimentos.
Com o aumento da população e desenvolvimento dos países aumenta também a poluição produzida, e se já com a população atual os problemas ambientais relacionados com a poluição são bastantes, então deduz-se que serão muito piores com uma população ainda maior e a produzir cada vez mais desperdícios; este aumento da poluição poderá implicar também a degradação de muitos ecossistemas naturais.
Na sociedade globalizada em que vivemos outro grave problema é a propagação de epidemias, que agora o fazem com muito mais facilidade devido ao contacto entre indivíduos de todos os pontos do mundo uns com os outros, provocado pelos avanços dos meios de transporte. O fato de haver cada vez mais gente, para menos área habitável faz também com que comecem a surgir populações que habitam áreas perigosas do planeta, facilmente susceptíveis a catástrofes (ex.: áreas de grande atividade vulcânica). Têm também preocupado as autoridades governamentais os problemas associados à criação de empregos, meios de habitação, transportes, educação e saúde.
Medidas a tomar para conter tal aumento
Para tentar conter o elevado aumento populacional já estão sendo tomadas e estudadas certas medidas. É necessária a expansão de serviços de alta qualidade de planeamento familiar e saúde reprodutiva. As gestações indesejadas ocorrem quando os casais que não querem ter uma gravidez não utilizam nenhum método para regular eficazmente a fertilidade. Uma das prioridades de vários governos dos países em via de desenvolvimento é oferecer aos casais e a pessoas individuais serviços apropriados para evitar a gravidez.
Deve-se também divulgar mais informação sobre planejamento familiar e aumentar as alternativas de métodos anticoncepcionais, nos casos em que tal seja legal.
É também muito importante a conscientização do público sobre os meios existentes para a regulação da fertilidade e o seu valor, da importância da responsabilidade e da segurança na prática de relações sexuais e a localização dos serviços. Deverão ser criadas condições favoráveis para várias famílias pequenas.
Importa também aumentar a escolaridade, especialmente entre as adolescentes. Melhorias na situação econômica, social e jurídica das jovens e das mulheres poderão contribuir para aumentar o seu poder de negociação, conferindo-lhes uma voz mais forte nas decisões relacionadas com os aspectos reprodutivos e produtivos da família.