Dieta climatarianaA dieta climatariana é uma dieta focada na redução da pegada climática.[1][2] EtimologiaO termo apareceu pela primeira vez em meados da década de 2010, com o The New York Times incluindo-o na sua lista de novas palavras relacionadas com a alimentação em 2015, onde foi definido como "uma dieta cujo objetivo principal é reverter as alterações climáticas".[3] A palavra em si é uma junção do substantivo “clima” e da palavra fragmentada “-tariana”, que passou a se referir-se a alguém com restrição alimentar.[4] Formas sugeridas para reduzir a pegada de carbono na dietaDietas centradas no clima não envolvem regras rígidas, mas sim atenção à produção de alimentos, como de onde os alimentos vêm e para onde vão. Os Princípios Fundamentais envolvem comer localmente, reduzir o consumo de carne ou escolher carnes de menor impacto e eliminar o desperdício de alimentos sempre que possível. As sugestões incluem:[5]
MotivaçãoA dieta climatariana deverá trazer benefícios duplos, não só para o consumidor, que desfrutará de uma dieta mais saudável, mas também para o planeta como um todo, ao reduzir o impacto climático da produção de alimentos.[6] Os defensores do climatarianismo afirmam que a dieta baseia-se em dados científicos claros, pois busca reduzir o consumo daqueles alimentos que são identificados como os maiores emissores de gases de efeito de estufa responsáveis pelas alterações climáticas.[7] Uma das principais formas pelas quais os climatarianos esforçam-se para tornar o seu consumo alimentar menos prejudicial ao ambiente é evitando comer carne de vaca e de borrego.[8] De acordo com um estudo de 2014, "a carne bovina utilizou 28 vezes mais terra, 11 vezes mais água e emitiu cinco vezes mais gases com efeito de estufa do que a produção de carne de porco, aves, laticínios ou ovos".[9] Também foi calculado que a pegada de carbono da carne bovina é bem superior ao equivalente a 20.000 g de CO2por quilo, enquanto que o peixe é pouco menos de 4.500 g, e as aves são cerca de 4.000 g. Os feijões e as frutas secas são inferiores ao equivalente a 2.000 g de CO2por quilo, enquanto os vegetais e as frutas da época utilizam menos de 1.000 g.[10] Outros objetivos da dieta climatariana consistem em comer muitos vegetais, escolher alimentos produzidos localmente e usar todas as partes de um animal ao comer carne, a fim de reduzir o desperdício.[11] App climatarianaEm 2016, o grupo climático australiano Less Meat Less Heat lançou uma campanha de financiamento coletivo para desenvolver uma aplicação que tornasse mais fácil para os consumidores comerem de forma ambientalmente consciente.[12][13] A aplicação foi lançada em novembro de 2016 e visa incentivar os utilizadores a reduzir sua pegada alimentar para menos de 80 quilos de carbono por mês.[14] Referências
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