Natural de Jataí, o advogado Maguito Vilela é formado no Centro Universitário de Anápolis em 1974. Professor da rede estadual de ensino, presidiu a Jataiense e foi eleito vereador em sua cidade natal em 1976 pela ARENA presidindo a Câmara Municipal durante a legislatura.[3][nota 1] Com o fim do bipartidarismo em 1980, ingressou no PMDB e foi eleito deputado estadual em 1982.[4] Eleito deputado federal em 1986, foi signatário da Constituição de 1988, sendo eleito vice-governador de Goiás na chapa de Iris Rezende em 1990, mandato ao qual renunciaria quatro anos depois a fim de disputar o governo estadual, sendo eleito em segundo turno para ocupar o Palácio das Esmeraldas na quarta vitória consecutiva do PMDB. Ressalte-se que Maguito Vilela foi o primeiro governador goiano a romper a marca de um milhão de votos.
O vice-governador eleito foi Naphtali Alves de Souza. Nascido em Morrinhos e engenheiro civil formado na Universidade Federal de Goiás, foi eleito prefeito da cidade onde nasceu pela ARENA em 1976 e no curso do mandato ingressou no PDS, legenda que trocaria pelo PMDB quando seu primo, Iris Rezende, tornou-se governador. Diretor do Consórcio Rodoviário Intermunicipal, foi eleito deputado federal em 1986, assinou a Constituição de 1988[1] e foi reeleito em 1990. Posteriormente foi secretário de Transportes no segundo governo Iris Rezende.[5]
Por falar em Iris Rezende, o mesmo foi o primeiro senador goiano a se eleger com mais de um milhão de votos como reflexo de uma carreira política iniciada em 1958 no PTB ao eleger-se vereador de Goiânia sendo escolhido presidente da Câmara Municipal. Advogado formado dois anos depois pela Universidade Federal de Goiás, migrou para o PSD e em 1962 foi eleito deputado estadual. Presidente da Assembleia Legislativa quando o Regime Militar de 1964 cassou o governador Mauro Borges, foi eleito prefeito de Goiânia em 1965, mas teve o mandato cassado pelo Ato Institucional Número Cinco em 1969. De volta à política, foi eleito governador de Goiás via PMDB em 1982 e 1990 e nesse ínterim foi ministro da Agricultura e ministro interino de Minas e Energia no governo do presidente José Sarney.[8][nota 2]
Mauro Miranda
A segunda cadeira de senador foi destinada ao engenheiro civil Mauro Miranda.[9] Nascido em Uberaba e graduado na Escola de Engenharia do Triângulo Mineiro, ocupou cargos de direção no Departamento de Estradas de Rodagem de Goiás e trabalhou na iniciativa privada. No exterior fez cursos ligados à área de pavimentação asfáltica nos Estados Unidos e na França. Diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem no primeiro governo Iris Rezende, foi eleito deputado federal pelo PMDB em 1986 e 1990 e depois senador.[10] Mauro Miranda é irmão de Marcelo Miranda, político que foi prefeito de Campo Grande, governador de Mato Grosso do Sul e senador pelo respectivo estado.[11][nota 3]
↑A instituição pela qual se graduou recebeu diferentes nomes ao longo dos anos (Faculdade de Direito de Anápolis, Universidade de Anápolis, Faculdades Integradas da Associação Educativa Evangélica) sendo conhecida também como "Unievangélica".
↑A votação nominal recorde de Iris Rezende não foi capaz de superar o percentual de 84,52% atribuído a Juscelino Kubitschek na eleição extraordinária para senador em 1961 (Fonte: Diário do Congresso Nacional, seção II, 13/07/1961, pág. 1.283.)
↑Exerceu o mandato no período em que seu irmão foi ministro da Justiça no governo Fernando Henrique Cardoso.
↑Renunciou ao mandato parlamentar nos últimos dias da legislatura após sua eleição para governador de Goiás em 1998 e assim foi efetivado Antônio Faleiros.
↑Josias Gonzaga foi secretário do Meio Ambiente no governo Maguito Vilela.
↑Os suplentes Carlos Mendes e Virmondes Cruvinel foram convocados para o exercício do mandato, mas logo seriam nomeados, respectivamente, secretário de Saúde e secretário de Governo; assim suas cadeiras foram entregues a Antônio de Jesus e Nair Lobo.