Erico Maria Correia Braga (Porto, 16 de novembro de 1892 — Lisboa, 24 de outubro de 1962), foi um ator, dramaturgo, cineasta, empresário, encenador, jornalista, produtor, roteirista e tradutor português.[1][2][3][4]
Biografia
Nasceu no Porto, a 16 de novembro de 1892, na Rua da Rainha, freguesia de Paranhos. Era filho do 2.º Conde e Visconde de São Salvador de Matosinhos, João José dos Reis Júnior e de Clementina Maria Correia Braga , tinha 4 irmãs , Ofelia , Alice ,Edith, Dalila.
www.|url=https://pesquisa.adporto.arquivos.pt/viewer?id=830353 |titulo=Livro de registo de baptismos da Paróquia de Paranhos (1893) |acessodata= |website=pesquisa.adporto.arquivos.pt |publicado=Arquivo Distrital do Porto |pagina=16, assento 31}}</ref>
Proveniente de uma família nobre, estava-lhe destinada uma carreira de engenheiro, que abandonou para se dedicar à vida artística. Pela mão do seu amigo Lino Ferreira estreia-se, a 19 de janeiro de 1916, no Teatro Politeama, na peça A Vida de um Rapaz Pobre, adaptação teatral do romance de Feuillet. Nesse mesmo ano faz uma primeira digressão ao Brasil, estreando-se no cinema, com o filme Perdida, de Luís de Barros.[3]
Na década de 1920, fundou a produtora Empresa Erico Braga. No teatro, especializou-se em representação de alta-comédia, foi autor de revista, encenador, empresário, agente artístico (entre outros, de Amália Rodrigues), locutor, apresentador, jornalista (no Diário de Notícias, promoveu espetáculos e foi relações públicas), tradutor e ainda editor da revista O Girassol. Organizou as Festas Populares, o Pavilhão Português na Exposição Internacional de Paris, além de festas e passagens de modelos francesas em casinos. Colaborou nas Festas das Costureiras (patrocinadas por O Século no Coliseu dos Recreios), foi diretor artístico do Concursos de Misses do Casino Estoril, participou no Natal dos Hospitais e Construções na Areia (pelo Diário de Notícias) e foi também secretário da Aliance Française em Portugal e diretor do Consórcio Geral de Espetáculos. Recebeu os galardões de Prémio da Crítica (1957), Oficialato da Instrução Pública de França e Oficial da Benemerência de Portugal. Durante a sua carreira, foi autor de 266 obras.[1][2]
Em 1923 casou-se com a atriz Lucília Simões, com que fundou uma companhia teatral, tendo-se separado em 1936 e divorciado em 1948. Ao lado da sua mulher participa em inúmeras peças, como Mar Alto, Garçonne, A Nova Escola de Maridos, O Burro em Pé, O Areias de Portugal, entre muitas outras. Deixou um longo repertório no cinema português.[4][5]
A 9 de agosto de 1949 casou com Maria Emília de São Paio de Melo e Castro. Faleceu subitamente vitimado por um aneurisma da aorta, aos 69 anos de idade, a 24 de outubro de 1962, no número 183 da Rua das Amoreiras, freguesia de Campolide, em Lisboa, sendo sepultado no Jazigo dos Artistas do Cemitério dos Prazeres. Residia no rés-do-chão do número 14 da Praça José Fontana, na freguesia de São Jorge de Arroios. Não deixou descendência.[6][7]
Filmografia
Referências