Espaço Europeu de Ensino SuperiorO Espaço Europeu de Ensino Superior (EEES) (em inglês: European Higher Education Area, EHEA) foi lançado em março de 2010, durante a Conferência Ministerial Budapeste-Viena, por ocasião do 10.º aniversário do Processo de Bolonha.[1][2][3][4]
O estabelecimento do Espaço Europeu de Ensino Superior (EEES) foi o principal objetivo do Processo de Bolonha desde a sua criação em 1999. O EEES pretende garantir a existência de sistemas de educação superior mais comparáveis, compatíveis e coerentes na Europa. Entre 1999 e 2010, todos os esforços dos estados-membros do Processo de Bolonha foram direcionados para a criação do Espaço Europeu de Ensino Superior (EEES), que se tornou uma realidade com a Declaração de Budapeste-Viena de março de 2010. Para aderir ao EEES, um país tem de estar localizado na Europa e tem de assinar e ratificar a Convenção Cultural Europeia (European Cultural Convention) de 19 de dezembro de 1954, que é um tratado internacional dos estados-membros do Conselho da Europa, e de declarar a sua vontade de prosseguir e implementar os objetivos do Processo de Bolonha nos seus próprios sistemas de educação superior.[4][5] A Dinamarca foi o primeiro país, após o Reino Unido e os EUA, a introduzir o Sistema 3+2+3.[6] Objetivos geraisOs principais objetivos são a promoção da mobilidade dos estudantes e dos membros do pessoal, a empregabilidade dos diplomados e a dimensão europeia na educação superior. Tendo em conta a diversidade dos seus sistemas nacionais, os estados-membros do EEES concordam em adotar:[7][3]
As principais ações do Espaço EuropeuMobilidade estudantil e reconhecimento mútuo de diplomasA mobilidade estudantil implica um sistema coerente de estudos e diplomas:[7][3][8][9]
Garantia da QualidadeO Espaço Europeu não visa padronizar os sistemas nacionais de educação superior, mas sim torná-los mais legíveis e construir uma confiança mútua entre as instituições de educação superior. O reconhecimento mútuo dos diplomas baseia-se não na comparação do conteúdo dos programas, mas na definição e validação dos resultados da aprendizagem pretendidos. Desde a sua origem, surgiu a necessidade de um sistema comum de garantia de qualidade no EEES. A Associação Europeia para a Garantia da Qualidade no Ensino Superior (Association for Quality Assurance in Higher Education, ENQA) foi a responsável pela definição dos padrões e das orientações, que se dividem em 3 capítulos:[10][11][7][3]
Programas europeusProgramas Erasmus e Erasmus MundusOs programas Erasmus e Erasmus Mundus são iniciativas da União Europeia para promover a mobilidade de estudantes e dos membros do pessoal. Por conseguinte, dizem principalmente respeito aos 27 estados-membros da União Europeia, com os quais outros países como a Noruega, a Islândia e a Turquia uniram forças. Em rigor, estes não são programas do Espaço Europeu, mas contribuem largamente para o seu desenvolvimento.[12][13] Iniciativa "Universidades Europeias"Em 2017, a União Europeia lançou a iniciativa "Universidades Europeias", que visa "fortalecer, em toda a UE, parcerias estratégicas entre as instituições de educação superior e incentivar o surgimento, até 2024, de cerca de vinte universidades europeias"; mais de 40 já foram criadas. Estas universidades europeias são redes de universidades de alto nível, que permitirão aos estudantes obter um diploma combinando os estudos em vários países da UE e que contribuirão para a competitividade internacional da educação superior europeia.[14] Estados-MembrosOs estados-membros participantes do Espaço Europeu de Ensino Superior (EEES) são:[15]
Países elegíveis à adesão: 20 anos do Espaço EuropeuTodos os anos, os ministros europeus da educação superior reúnem-se para analisar o progresso dos projetos e definir os novos objetivos. A conferência (virtual) de 2020, realizada em Roma, insistiu na necessidade de a educação superior ser aberta a todos, no desenvolvimento da aprendizagem e na inovação nos métodos de formação.[16][17] Em paralelo, até 2025, a União Europeia pretende construir um Espaço Europeu da Educação (alargado para além do ensino superior) com objetivos:[18]
Porém, estes objetivos ainda estão longe de conseguirem ser alcançados pelas instituições, após 20 anos da criação do Espaço Europeu.[17][16] Normas do direito internacional público
Referências
Ver também
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