A Estação de São Cristóvão foi aberta em 16 de julho de 1859, sendo parte do primeiro trecho da Estrada de Ferro Dom Pedro II, entre o Rio de Janeiro e Nova Iguaçu.[4] Com o crescimento da cidade do Rio de Janeiro, os trens de passageiros passaram a circular com cada vez mais frequência, surgindo assim os trens de subúrbios na década de 1920. Durante as obras de eletrificação da Central do Brasil (1934-1937), uma nova estação foi construída, com o mezanino sobre os trilhos (com um modelo construtivo replicado em outras estações).
Com a ampliação das linhas no trecho entre 1963 e 1972, novas plataformas são construídas assim como a passarela da estação é ampliada.[5][6] Ainda assim a estação era acanhada diante da demanda. Em 12 de outubro de 1974, durante a festa do Dia das Crianças na Quinta da Boa Vista, a superlotação dentro da estação provoca 4 mortes e ferimentos em centenas de pessoas.[7]
Com a construção da Estação São Cristóvão do Metrô do Rio de Janeiro entre 1976 e 1981, foram elaborados projetos para uma remodelação e integração da estação ferroviária ao metrô, porem a primeira medida não saiu do papel. Em 1984, a Estação de São Cristóvão foi repassada para a CBTU, que elabora um novo projeto de remodelação da estação, que também não saiu do papel por falta de recursos.[8][9]
Após a concessão dos trens urbanos do Grande Rio e da estação em 1998, um novo projeto para a estação é apresentado no ano 2000 através de um concurso nacional de arquitetura. Apesar de ter sido elaborado por Mario Biselli e José Paulo de Bem (Estação Sé), o projeto não saiu do papel por falta de recursos.[10][11] Apenas na década de 2010 a SuperVia e o governo do Rio anunciam um novo projeto de reconstrução. Financiado pelo BNDES, o projeto foi contratado junto as empresas Planorcon, LZD Arquitetos e RVBA Arquitetos. Realizada pela empresa EBTE Engenharia, a obra foi inaugurada em 27 de julho de 2016.[12][13][14][15]
Plataformas
Diagrama da estação São Cristóvão (Rio de Janeiro)
Baixada/Zone Norte/Zona Oeste
↑ a ↑
1
↓ b ↓
↑ c ↑
2
↓ d ↓
↑ e ↑
3
↓ f ↓
Central
Legenda
Plataforma 1a:
Linha férrea
Plataforma
Linhas
Plataforma 1A: Sentido Deodoro (Parador)
Plataforma 1B: Sentido Central do Brasil (Parador) Plataforma 2C: Sentidos Japeri e Santa Cruz (Expressos) Plataforma 2D: Sentido Central do Brasil (Expresso) Plataforma 3E: Sentidos Belford Roxo e Saracuruna Plataforma 3F: Sentido Central do Brasil
Os primeiros projetos da estação São Cristóvão foram apresentados (ao lado dos de Triagem, Maracanã e Maria da Graça) em junho de 1976 pela empresa Projeto Arquitetos Associados Ltda. (PAAL), de Sabino Machado Barroso, Jaime Zettel e José de Anchieta Leal e previam uma integração direta com a estação de trem ali existente.[19]
As obras da estação São Cristóvão foram contratadas pelo governo do estado do Rio junto às empresas Cetenco Engenharia S.A. e Ecisa - Engenharia, Comercio e Industria S/A pelo valor de 510 milhões de cruzeiros, tendo sido iniciadas em 16 de março de 1977. Apesar do prazo inicial para a conclusão das obras ter sido de 600 dias, a estação São Cristóvão foi aberta apenas em 19 de novembro de 1981.[20][21][22]
Acessos
A estação possui 3 acessos:
Acesso A - Estádio Maracanã
Acesso B - Trens da SuperVia
Acesso C - Praça da Bandeira
A ligação do Metrô com as linhas de trem é fundamental para São Cristóvão. A Quinta da Boa Vista é um dos locais favoritos de lazer do carioca, não só devido aos seus encantos naturais e belo paisagismo, mas também pelas opções culturais que oferece aos visitantes, como o Jardim Zoológico.
↑Rede Ferroviária Federal S/A (1971). «Área da Engenharia - Linhas 5 e 6 da Central». Memória Estatística do Brasil-Biblioteca do Ministério da Fazenda no Rio de Janeiro. Consultado em 28 de maio de 2019
↑«Estação terá um terminal de subúrbio». Jornal do Brasil, Ano LXXXVII, edição 66, Seção Cidade, página 18. 13 de junho de 1977. Consultado em 28 de maio de 2019
↑Vivian Wyler (22 de março de 1979). «Estações do Metrô». Jornal do Brasil, Ano LXXXVIII, edição 344, Caderno B, página 5. Consultado em 23 de abril de 2019
↑«Portfólio»(PDF). PAAL Arquitetura. 2017. Consultado em 23 de abril de 2019
↑«Linha 2 do Metrô só espera edital para começar obras». Jornal do Brasil, Ano LXXXVI, edição 83, Seção Cidade, página 12/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 30 de junho de 1976. Consultado em 28 de maio de 2019
↑«Governador visita metrô e pede compreensão do povo por obras». Jornal do Brasil, Ano LXXXVI, edição 337, Seção Cidade, página 12/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 16 de março de 1977. Consultado em 28 de maio de 2019