Fabrice Santoro
Fabrice Santoro (Tahiti, 9 de dezembro de 1972) é um ex-tenista profissional francês, mas nascido na Polinésia Francesa. Representando a França, ficou 21 anos na ativa. Era conhecido por seu estilo diferenciado de jogo, usando as duas mãos em quase todas as situações. Pete Sampras o apelidou de "O Mágico". Obteve sucesso tanto em partidas individuais quanto em duplas, e era popular entre os espectadores e outros jogadores por seu comportamento vencedor e habilidades de arremesso; ele também faz parte de uma raça rara de jogadores que joga com as duas mãos tanto no forehand quanto no backhand. Devido à longevidade de sua carreira, Santoro detém vários recordes da ATP: o maior número de vitórias na carreira sobre os dez melhores oponentes para um jogador que nunca esteve entre os dez primeiros do raning (sua melhor posição foi a de 40), o maior número de aparições no Aberto da França (20), empatado com Feliciano López, e o terceiro maior número de participações em competições de simples em eventos do Grand Slam (70), atrás apenas de Roger Federer (79) e Feliciano López (75). Ele também detem a segunda maior derrota em jogos de simples, atrás de López (444). Venceu 17 jogadores número 1 do mundo, entre eles Sampras, Agassi, Federer, Becker, Connors, Edberg, Guga e Safin. Este último sofreu na mão do Mágico, foram 7 derrotas em 9 jogos. Em simples, Santoro conquistou seis títulos, mas chegou às quartas de final em um Grand Slam apenas uma vez. Ele teve maior sucesso na competição de duplas, com dois títulos de duplas do Grand Slam, um título de duplas mistas e 25 campeonatos de duplas em nível ATP no total. Em Roland Garros de 2004, Santoro derrotou Arnaud Clement por 4-6, 3-6, 7-6, 6-3 e 16-14, em 6 horas e 33 minutos, na partida mais longa no saibro francês e a 2a mais longa da história do tennis profissional. Após aposentar-se como profissional, Santoro tem jogado o torneio para ex-atletas ATP Champions Tour. Na temporada 2012, ele venceu 2 etapas. Desde março de 2019, ele é o treinador do tenista canadense Milos Raonic. CarreiraJuniores
Em 1988, ganhou o Orange Bowl. Em 1989, Roland Garros juvenil, e terminou como o segundo melhor juvenil da temporada. ProfissionalEm simples, Santoro chegou a ocupar a 17ª posição do ranking mundial e fez história ao participar de 70 edições de Grand Slams em quatro décadas diferentes (de 1989 a 2010).[2] Alcançou mais sucesso em duplas ganhando o Aberto da Austrália em 2003 e 2004 com Michaël Llodra, além de outros vices de Grand Slam. Chegou a ocupar a 6a posição no ranking de duplas. Também ja foi campeão em Roland Garros nas duplas mistas com a tenistas Daniela Hantuchová. Representou a França nas Olimpíadas de Atenas em 2004. Foi campeão da Copa Davis em 2001 2001 e vice-campeão em 1999 e 2002, com a equipe francesa. Estilo de Jogo"Seu estilo, heterodoxo, mágico e diferenciado, tinha tudo para ser rude e engessado. Mas a graça emocional com que foi agraciado, transformou esse estilo em pura poesia. Não há outro tenista com seu estilo, porém, mais importante, não há nenhum outro tenista com a capacidade de realizar com a raquete o que esse francês nos apresenta. Nas quadras é aplaudido pelo público. Fora dela é admirado e querido por seus colegas de esporte."[3]
Paulo Cleto, colunista do IG Fabrice Santoro foi um inovador na história do tênis. Seu estilo de jogo único adotava o uso constante das duas mãos na raquete (tanto no forehand, quanto no backhand). Destro, ele batia seu backhand com duas mãos e só usava slice no forehand.[4] Por isso, ele ficou conhecido por sua forma pouco ortodoxa de jogar este esporte. Desde seus primeiros treinamentos no tênis, ele teve ampla liberdade para criar seu jogo e hábitos tenísticos. Ele desenvolveu esse estilo junto com seu pai, um antigo goleiro de futebol que percebeu desde cedo que, para compensar seus diminutos 1,78 m e sua empunhadura de duas mãos, seu filho precisaria mover os adversários para os lados, para frente e para trás; do contrário, corria o risco de ser varrido de quadra.[5] Quando ele tinha 11 anos, seu treinador lhe disse que, se quisesse melhorar seu jogo, teria que aprender a executar seu forehand com uma mão apenas, em vez de duas - como fazia desde que segurara uma raquete de tênis pela primeira vez, aos cinco anos de idade. Ele recusou. "Quando eu comecei a jogar, a raquete era muito grande e eu era muito pequeno. Aí tinha que segurar com as duas mãos."[6] Santoro, sobre usar seu forehand com as duas mãos . Fabrice Santoro apresentou-se ao tenis profissional em 1988, "assustando" os adversários ao golpear tanto o backhand quanto o forehand com duas mãos. Mais do que isso, fazia-o de forma bastante desajeitada, às vezes usando efeito topspin, outras tantas usando slices. Enfim, era uma anomalia. Baixo, sem um grande saque, ele precisava correr de lado a lado da quadra, devolvendo todas as bolas, para poder aguentar a força dos oponentes. Com o tempo e devido ao estilo único, tornou-se um grande estrategista, pois, para vencer era necessário usar todas as armas possíveis, mudando constantemente o ritmo do jogo. Seus golpes estranhos deixavam os adversários loucos. Com uma inteligência e uma visão tática fora do comum, ele conseguia achar ângulos que poucos conseguiam. Ele jamais batia uma bola igual a outra, sempre variando um slice, com um topspin, uma deixadinha, com um lob, subidas a rede, etc. Tentar achar um padrão de jogo, ou prever sua próxima bola era sempre um grande desafio para todos seus adversários. A persistência de Santoro, com seus slices venenosos, deixava seus adversários loucos. Não a toa, foi apelidado por Pete Sampras como "O Mago".[7] Nick Bollettieri, o pai do jogo de fundo baseado na força, fez o seguinte comentário sobre Santoro. "Ele sabe como mexer você pela quadra e então colocar a bola fora de seu alcance. As pessoas falam: "Ó, ele bate com as duas mãos, ele fatia, corta", mas ele joga com a cabeça também".[5] Enquanto ele ainda jogava no circuito profissional, muitos diziam que seu estilo estava mais para partidas de exibição do que para os campeonatos da ATP. FinaisSimples (6 títulos, 6 Vice-campeonatos)
DuplasFinais de Grand SlamDuplas Masculina: 5 (2-3)
Duplas Mistas: 1 (1-0)
Títulos (24)
Vice-Campeonatos (18)
Honrarias e Recordes
Referências
Ligações externas
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