Festival Internacional da Canção
Criado por Augusto Marzagão, durou de 1966 a 1972, num total de sete edições. Cada edição do festival tinha duas fases: a nacional, para escolher a melhor canção brasileira, e a internacional, para eleger a melhor canção de todos os países participantes — a concorrente brasileira era a vencedora da fase nacional.[1] Finalistas Nacionais
1966
1967
1968
1969
1970
1971
1972
Fase Internacional - Vencedoras
Composição do JúriEm 1967, a música "Travessia" de Milton Nascimento, ficou em 2º lugar na etapa nacional sendo derrotada pela música “Margarida” de Guttemberg Guarabyra e Grupo Manifesto. A música Margarida representaria o Brasil na fase internacional e ficou em 3º lugar. A partir daquele ano ocorreu a mudança da composição do júri, anteriormente formado por mais jornalistas do que músicos.[2] Naquele ano, Milton Nascimento foi contemplado com o Prêmio de Melhor Intérprete. A derrota de Milton, então jovem talento considerado pelos músicos um intérprete e compositor raro, influenciou a decisão pela mudança na composição do juri. 1972 - Fim do FestivalA realização do Festival Internacional da Canção de 1971 por pouco não foi realizado devido à censura imposta pelo governo da Ditadura Militar estabelecido pelo Golpe de Estado no Brasil em 1964. O compositor Guttemberg Guarabyra, que havia vencido o FIC de 1967 com a canção Margarida, sob a supervisão de Augusto Marzagão e passara a organizar o evento. Rumores surgiram de que Guarabyra estava incentivando compositores a retirarem suas músicas do festival o que resultou em má qualidade da maioria das músicas apresentadas e no esvaziamento da plateia. Menos de 3 mil pessoas compareceram ao Festival na última eliminatória. Em 1972, poucos dos considerados grandes nomes dos certames anteriores inscreveram composições. Pela primeira vez, a final aconteceu no mesmo dia da segunda eliminatória. Destituição do Juri - Censura e Golpe de Estado no Brasil em 1964Em 1972, houve uma exigência do governo militar[1] para que Nara Leão fosse afastada da posição de presidência do corpo de jurados, após uma entrevista na qual a cantora criticava o governo e a situação do país. O júri inteiro acabou sendo destituído, e substituído por jurados estrangeiros. Tal revelação foi feita em entrevista concedida em 2000 pelo então diretor da edição de 1972 do Festival, Solano Ribeiro de Faria. Roberto Freire, um dos jurados originais, foi impedido de ler publicamente um manifesto criticando a decisão. Por sua insistência, acabou sendo agredido violentamente pelos seguranças do Festival. O mesmo manifesto foi depois lido pelo apresentador Murilo Néri.[3] Em 1972, o músico Hermeto Pascoal foi proibido de se apresentar com animais no palco. Referências
Ligações externas
Bibliografia
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