Francisco Gonçalves Velhinho Correia nasceu, a 6 de Outubro de 1882, no concelho de Lagos, no distrito de Faro.[1][2]
Carreira militar, profissional e política
Aos 16 anos tornou-se praça, tendo atingido pouco depois o posto de segundo sargento.[2] No entanto, não esteve, inicialmente, interessado em seguir a carreira militar, motivo pelo qual, poucos meses depois, deixou o serviço militar para se dedicar à contabilidade numa fábrica.[2] Após alguns meses, decidiu continuar a carreira das armas, tendo sido integrado no serviço activo.[2]
Concluiu, em seguida, os estudos liceais para poder concorrer ao Instituto Comercial de Lisboa; após frequentar esta instituição, esteve na Escola do Exército, onde tirou o curso de Administração Militar.[2] Depois de terminar este curso, e ainda como aspirante, foi nomeado para o posto de químico da manutenção militar.[2] Em seguida, começou a dar explicações para o curso dos liceus, mas a sua saúde começou a mostrar sinais de debilidade, pelo que, para se curar, permaneceu em Davos, na Suíça, durante cerca de 18 meses.[2]
O seu regresso a Portugal, então já com a patente de alferes, coincidiu com a Implantação da República Portuguesa, regime que apoiou.[2] Ficou pouco tempo em Lisboa, tendo sido destacado para Bolama, na Guiné Portuguesa, com o posto de tenente; no entanto, foi atingido pela febre amarela, pelo que teve de regressar a Lisboa.[2]
Após ter recuperado, tornou-se director de um jornal republicano em Macau.[2]
Em 1917, foi voluntário na Primeira Guerra Mundial, com o posto de capitão; em 9 de abril deste ano, distinguiu-se por ter salvo, debaixo de fogo inimigo, um cofre que se encontrava à sua responsabilidade.[2] Devido aos seus feitos durante a guerra, foi condecorado com a Medalha da Cruz de Guerra.[2] Durante o conflito, foi ferido na face enquanto comandava um comboio automóvel.[2] Atingiu o posto de Tenente-coronel.[2]
Apesar de ser membro da Maçonaria, foi procurador à Câmara Corporativa, nas três primeiras legislaturas deste órgão, desde 1935 até à sua morte, em 1943.[1][2]
Problemas económicos e coloniais: Uma carreira portuguesa de navegação para o oriente: suas influência na economia do país. Lisboa: Livraria Ferreira, 1916.
O ensino e a educação em Portugal (1907)
Carta aberta ao "Progresso" (1915)
Carta Aberta: rectificação (1915)
O ensino e a educação em Portugal (1907)
Bibliografia
FERRO, Silvestre Marchão (2007). Vultos na Toponímia de Lagos 2ª ed. Lagos: Câmara Municipal de Lagos. 358 páginas. ISBN972-8773-00-5
↑«Freguesia de Santa Maria»(PDF). Câmara Municipal de Lagos. Consultado em 22 de Dezembro de 2018. Arquivado do original(PDF) em 22 de Fevereiro de 2014