Guerra sem Fim foi feita a toque de caixa, devido à proibição da exibição de O Marajá, utilizando a mesma equipe que gravou a telenovela proibida. A produção mostrou uma garra admirável de uma equipe que trabalhou com recursos baixos, mas cheia de vontade. A equipe tinha que pedir permissão aos traficantes que comandavam as locações para gravarem as cenas em horários determinados. Apesar das polêmicas, os autores uniram o casal homossexual da trama, Monarca (Hélcio Magalhães) e Viúva Negra (Paulão Barbosa) no último capítulo. Júlia Lemmertz e Alexandre Borges fizeram nessa telenovela um par romântico que se repetiria na vida real. Foi o último trabalho em novelas de Rubens Corrêa, que viria a falecer em 1996.
Enredo
A médica Flávia é sequestrada pela facção Comando Pirata para cuidar do traficante Cacau, que foi baleado, nascendo um romance proibido entre os dois. Ela é filha de Lili e Armando César, candidato a governador do Rio de Janeiro que vê o futuro político ameaçado com o envolvimento da filha com um criminoso, infernizando a vida dela. A facção é comandada por China e Vânia, que disseminaram a falsa filosofia de cuidarem dos rejeitados pelo governo para aliciar pessoas ao tráfico. Eles são pais de Lucas, que já foi iniciado no crime, e Verinha, que treina em segredo para se tornar policial e sair daquela vida.
Na guerra contra o tráfico estão os jornalistas Nina e Mandrake e dos delegados Jaime e Rosa, enquanto do outro lado está o deputado corrupto Azulão e o milionário Monarca, envolvidos com o tráfico internacional. Na favela, ainda há as histórias de Nikita, que sonha em ser chefe do tráfico; a informante Suely; o detetive infiltrado Sandro; e a transexual Viúva Negra, uma cantora da noite que tem um caso com Monarca. Em dado momento chega Felipe Lafort, ex-namorado de Flávia que quer reconquistá-la.