Iacutos
Os iacutos[6] (em iacuto, Сахалар, transl. Sakhalar), autodenominados Sakhalar, são um povo turcomano[7] que habita principalmente a República da Iacútia (ou Sakha), na Federação Russa. LínguaA língua iacuta faz parte do ramo siberiano das línguas turcomanas (ou túrquicas). São cerca de 450 mil falantes (Censo Russo 2002), localizados principalmente na Iacútia (442 mil ou 39% da população da Iacútia naquele ano), e também nos oblasts de Amur, no Magadan, na ilha de Sacalina e nos okrug (distrito) autônomos de Taymyria e Evenkia.[8] A participação dos iacutos na população da região reduziu-se durante o domínio soviético, em função de migrações forçadas e das políticas de relocação, mas, nos últimos anos, voltou a crescer. Em função do número de falantes, a língua iacuta não se encontra em tão grande risco de extinção quanto outros idiomas falados na Federação Russa. SubdivisãoOs iacutos dividem-se em dois grupos, segundo a atividade econômica e a localização geográfica. Os do norte levam uma vida de caçadores, pescadores seminômades. São criadores de iaques e renas. Os do sul dedicam-se à criação de cavalos e de gado.[9] OrigemOs iacutos migraram originalmente da Ilha Olkhon e da região do Lago Baikal para as bacias dos rios Lena, Aldan e Vilyuy, onde se miscigenaram com outros povos indígenas do norte da Rússia, como os evens e evenkis. Por volta da segunda década do século XVII, os russos iniciaram a ocupação do território. Anexaram a Iacútia, impuseram impostos sobre as peles e tiveram que sufocar várias rebeliões dos iacutos, entre 1634 e 1642. A descoberta de ouro e, mais tarde, a construção da Ferrovia Transiberiana atraíram cada vez mais russos para a região. Na década de 1820, a maioria dos iacutos já se havia convertido à religião ortodoxa russa, embora ainda mantivessem muitas das práticas do xamanismo. Em 1919 o novo governo soviético denominou a região como República Socialista Soviética da Iacútia. MitologiaReferências
Bibliografia
Ligações externas
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