A localização do Éden é descrita no Livro do Gênesis como a fonte de quatro rios tributários. O Jardim do Éden é rejeitado por alguns estudiosos.[8][9][10][11][12][13] Entre aqueles que o consideram real, houve várias sugestões para sua localização:[14] no Golfo Pérsico; no sul da Mesopotâmia (atual Iraque), onde os rios Tigre e Eufrates correm para o mar;[15] e na Armênia.[16][17][18][19]
Etimologia
O nome pode estar relacionado ao acadianoedinnu, que vem da palavra sumériaedin, que significa "planície" ou "estepe" e está intimamente relacionada a uma palavra de raiz aramaica que significa "frutífera e bem regada".[2] Outra interpretação associa o nome a uma palavra hebraica para "prazer"; assim, a Bíblia de Douay-Rheims em Gênesis 2:8 tem a expressão "e o Senhor Deus havia plantado um paraíso de prazer" em vez de "um jardim no Éden". O termo hebraico é traduzido como "prazer" no ditado secreto de Sara em Gênesis 18:12.[20]
Descrição bíblica
No Livro de Génesis, no jardim do Éden, Deus fez toda a espécie de árvores agradáveis à vista e de saborosos frutos para comer. Nele também colocou, ao centro, a Árvore da Vida e a Árvore da Ciência do Bem e do Mal. Um rio nascia no Éden e ia regar o jardim, dividindo-se a seguir em quatro braços. Segundo a descrição bíblica, O nome do primeiro é Pisom, rio que rodeia toda a região de Havilá, onde se encontra ouro puro, bdélio e Ónix ou pedra Sardônica. O nome do segundo rio é Ghion, o qual rodeia toda a terra de Cuxe. O nome do terceiro é o Tigre, e corre ao oriente da Assíria. O quarto rio é o Eufrates.
Não se sabe ao certo onde situam-se os rios Pison e Gihon. O historiadorFlávio Josefo identifica-os como sendo o rio Ganges o Pison e o rio Nilo como o Gihom.
A árvore do conhecimento tinha um fruto que, segundo Eva, manipulada pela serpente (supostamente simbolizando satanás) devia ser bom para comer, pois era de atraente aspecto e precioso para a inteligência. Contudo, apesar de atraente, ou talvez por isso, era o fruto proibido original.
Os relatos que originaram o Gênesis seriam provenientes de uma época em que os mares eram mais baixos.[21] A região do Golfo Pérsico tem uma profundidade média de 50 metros e máxima de 90 metros, portanto toda a área era região acima do nível do mar. Os dois rios atualmente não identificados possivelmente seriam rios que chegariam ao golfo vindos do Irã ou da Península Arábica.[carece de fontes?]
Fruto proibido
Várias tradições fazem referências ao fruto proibido de diversas maneiras:
Como significando o reconhecimento do certo e do errado;
Como conhecimento adquirido por se alcançar o amadurecimento por experiência;
Símbolo do direito que o Criador do homem teria de especificar aos seres humanos o que é "bom" e o que é "mau", exigindo a prática do que é bom e a rejeição do que é mau, a fim de continuarem aprovados por Ele.
Ainda outros argumentam que em vista da ordem de ‘serem fecundos e tornarem-se muitos, e de encherem a terra’ (Gên 1:28), o fruto da árvore não poderia ser o símbolo de relações sexuais, visto que esta seria a única maneira de haver procriação. Também há a argumentação de que não podia significar apenas a faculdade de reconhecer o certo e o errado, porque a obediência à ordem de Deus exigia esta discriminaçãomoral, neste caso, não seria o fruto o responsável pelo conhecimento do mal, mas a desobediência. Quanto a referir-se ao conhecimento obtido ao atingir a madureza, argumenta-se que não seria pecado por parte do homem atingir este estágio, nem lógico que seu Criador o obrigasse a continuar imaturo.[carece de fontes?]
↑Donald Miller (2007) Miller 3-in-1: Blue Like Jazz, Through Painted Deserts, Searching for God, Thomas Nelson Inc, ISBN978-1418551179, p. PT207
↑Levenson 2004, p. 11 "How much history lies behind the story of Genesis? Because the action of the primeval story is not represented as taking place on the plane of ordinary human history and has so many affinities with ancient mythology, it is very far-fetched to speak of its narratives as historical at all."
↑Albright, W. F. (Outubro de 1922). «The Location of the Garden of Eden». The University of Chicago Press. The American Journal of Semitic Languages and Literatures. 39 (1): 15–31. JSTOR528684. doi:10.1086/369964
↑Zevit, Ziony. What Really Happened in the Garden of Eden? 2013. Yale University Press, p. 111.
↑Day, John. Yahweh and the Gods and Goddesses of Canaan. 2002. Sheffield Academic Press, p. 30.
↑Duncan, Joseph E. Milton's Earthly Paradise: A Historical Study of Eden. 1972. University Of Minnesota Press, pp. 96, 212.
↑Scafi, Alessandro. Return to the Sources: Paradise in Armenia, in: Mapping Paradise: A History of Heaven on Earth. 2006. London-Chicago: British Library-University of Chicago Press, pp. 317-322
↑H5731 Eden – The same as H5730 (masculine); Eden= "pleasure" ... the first habitat of man after the creation; site unknown
Levenson, Jon D. (2004). «Genesis: Introduction and Annotations». In: Berlin, Adele; Brettler, Marc Zvi. The Jewish Study Bible. [S.l.]: Oxford University Press. ISBN9780195297515
Tigchelaar, Eibert J. C. (1999). «Eden and Paradise: The Garden Motif in some Early Jewish Texts (1 Enoch and Other Texts Found at Qumran)». In: Luttikhuizen, Gerard P. Paradise Interpreted. Col: Themes in Biblical narrative. Leiden: Konninklijke Brill. ISBN90 04 11331 2