João Azevêdo
João Azevêdo Lins Filho (João Pessoa, 14 de agosto de 1953) é um engenheiro civil e político brasileiro, filiado ao Partido Socialista Brasileiro (PSB).[1] É o atual governador do estado da Paraíba, eleito no primeiro turno das eleições estaduais, ocorridas em 7 de outubro de 2018.[2] Foi reeleito em 2022.[3] BiografiaProfessor aposentado do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), João Azevêdo formou-se em Engenharia Civil na Universidade Federal da Paraíba (UFPB) em 1978 e é pós-graduado em Metodologia do Ensino Técnico.[4][5] Entre os anos de 1980 e 1983, João Azevêdo atuou como diretor da Divisão de Planejamento Habitacional do Instituto de Assistência à Saúde do Servidor (IPEP); entre 1983 e 1984, assumiu a chefia da Assessoria de Planejamento Econômico da URBAN [5]; entre 1984 e 1985, assumiu a gerência de Infraestrutura do Programa Cidade de Porte Médio, tornando-se coordenador geral do programa pouco tempo depois. Também entre 1986 e 1989, atuou como Secretário de Serviços Urbanos do município de João Pessoa; em 2004, como Secretário de Planejamento do município de Bayeux e, em 2005, foi chefe de Gabinete da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDURB), assessor da Secretaria de Planejamento (SEPLAN) e secretário adjunto da Secretaria de Habitação de João Pessoa.[5] Além disso, entre os anos de 2007 e 2010, João Azevêdo também foi Secretário da Infraestrutura no mesmo município.[6][7] No ano de 2011, João Azevêdo foi nomeado pelo então governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, como Secretário Estadual do Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Ciência e Tecnologia.[8] Já em 2015, quando houve a fusão desta pasta administrativa com a Secretaria de Infraestrutura, passou a exercer o cargo de Secretário de Infraestrutura, Recursos Hídricos, Meio Ambiente e Ciência e Tecnologia (SEIRHMACT), permanecendo no cargo até 5 de abril de 2018.[9][5] Governador da ParaíbaEm abril de 2018, João Azevêdo deixou a SEIRHMACT para concorrer ao cargo de governador do Estado,[10] tendo sua candidatura confirmada na convenção estadual do PSB em agosto do mesmo ano.[11] Nas eleições de outubro, foi eleito governador do estado da Paraíba já no 1º turno com o apoio do então governador Ricardo Coutinho, tendo recebido 1.119.758 votos, correspondente a 58,18% dos votos válidos, derrotando antigas lideranças paraibanas formadas pelos ex-governadores José Maranhão, que foi candidato ao governo, e Cássio Cunha Lima, que deu seu apoio a Lucélio Cartaxo do Partido Verde (PV).[12] Em dezembro de 2019, João Azevêdo anunciou a saída do Partido Socialista Brasileiro (PSB) através de uma carta enviada à imprensa. O governador alega que a dissolução do Diretório Estadual e a posterior intervenção nacional gerou uma situação incômoda que exigiu a sua saída, queixando-se da falta de democracia no partido. A intervenção ocorreu após uma série de renúncias e críticas de membros do partido ligados ao ex-governador Ricardo Coutinho, o que levou a queda de um aliado de João do comando do diretório, que passou a ser controlado pelo ex-governador. Em nota, o PSB pediu desculpas por tornar João Azevêdo seu candidato ao governo e afirmou que sua saída foi um ato de traição que não surpreendeu, pois o governador transformou seu desejo de reeleição em obsessão.[13][14][15] Azevedo anunciou, posteriormente, a sua filiação ao Cidadania. O anúncio ocorreu no mesmo dia em que mais de 20 prefeitos se desfiliaram do PSB, seguindo com o governador para o novo partido.[16] Desempenho em eleições
ControvérsiasPropaganda AbusivaA partir de uma denúncia feita pela coligação ‘A Força da Esperança’, do candidato derrotado Lucélio Cartaxo (PV), o Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba condenou o governador João Azevêdo, a vice-governadora Lígia Feliciano e o ex-governador Ricardo Coutinho por uso abusivo e excessivo de propaganda institucional do Estado durante as eleições de 2018, o que teria os beneficiado eleitoralmente. Cada um deles foram condenados a pagar uma multa de R$ 5.320,50. A defesa vai recorrer da sentença. [19] Operação CalvárioJoão Azevêdo é investigado no Superior Tribunal de Justiça por ser suspeito de dar continuidade aos crimes investigados pela Operação Calvário, que teriam sido comandados pelo ex-governador do Estado, Ricardo Coutinho. Por esse caso, Ricardo chegou a ser preso, mas conseguiu sair da prisão por meio de uma liminar. Segundo delação da ex-secretária de Estado, Livânia Farias, propinas pagas pela Cruz Vermelha do Brasil ajudaram a custear despesas de João Azevêdo a partir de abril de 2018, período em passou a concorrer às eleições estaduais. Os repasses teriam se estendido até o mês de julho, totalizando cerca de R$ 480 mil. Azevêdo afirmou que jamais recebeu recursos de quem quer que seja para fazer uso pessoal e que sua campanha foi bancada com recursos do partido. [20] Referências
Bibliografia
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