João Jardim
João Henrique Vieira Jardim (Rio de Janeiro, 1964) é um cineasta, diretor e roteirista brasileiro. BiografiaFormou-se em jornalismo pela Faculdade da Cidade e estudou cinema na Universidade de Nova York. Participou do núcleo do diretor Carlos Manga, na TV Globo, onde realizou a minissérie Engraçadinha e editou Memorial de Maria Moura e Agosto. Editou diferentes trabalhos de Walter Salles e Eduardo Escorel para a TV independente. Foi assistente de direção em longas-metragens de Murilo Salles (Faca de Dois Gumes) e Cacá Diegues (Dias Melhores Virão). Dirigiu comerciais para alguns dos principais anunciantes do Brasil. Seu primeiro longa metragem, Janela da Alma, ganhou 11 prêmios nacionais e internacionais e levou mais de 140 mil pessoas aos cinemas em 2002. Pro Dia Nascer Feliz, seu segundo longa, é um documentário sobre as adversas situações que o adolescente brasileiro enfrenta dentro da escola[1], gravado entre abril de 2004 e outubro de 2005, e lançado em 2006.[nota 1] Junto com a britânica Lucy Walker e e a brasileira Karen Harley, João Jardim codirigiu o documentário "Lixo Extraordinário". O filme foi indicado ao Oscar de melhor documentário, em 2011, e ganhou prêmios no Festival de Berlim e no Festival de Sundance. João Jardim tem um olhar aguçado para encontrar características surpreendentes em suas histórias, é autor do argumento de quase todas as suas realizações, do longa-metragem Getúlio, que conta a história do ex-presidente, a série “Vítimas Digitais”, ficção sobre mulheres que sofreram assédio nas redes, passando pelo documentário Janela da Alma, sobre diferentes formas de perceber o mundo. Jardim é um inquieto à procura de boas ideias que ele desenvolve com afinco até chegarem a um bom roteiro. Nos cinemas, seu primeiro longa-metragem de ficção, Getúlio (2014), foi aclamado pela crítica e público, com mais de 500 mil espectadores. Estrelado por Tony Ramos, Drica Moraes e Alexandre Borges, o filme acompanhou os últimos dias do ex-presidente. Em "Amor?" (2011) reuniu depoimentos reais de mulheres e homens que se envolveram em violência nas relações, no elenco Julia Lemmertz, Du Moscovis, Fabiola Nascimento e Ângelo Antônio. Em 2023, “As Polacas”, com Caco Ciocler, Valentina Herzage e Dora Freind, resgatou a história das imigrantes judias forçadas a se prostituir no início do século XX, o filme foi aplaudido no Festival do Rio e na Mostra Intl de São Paulo. No último ano dirigiu para Audible a audiosérie com os atores Claudia Abreu e Du Moscovis. Na TV, João Jardim assinou a direção de cinco séries no Canal GNT, disponíveis no streaming. Os crimes na internet foram pauta da ficção “Vítimas Digitais” (2019), com Débora Falabella, Mariana Nunes, Marcos Veras e Luís Lobianco, a série foi Medalha de Prata no Festival de Nova York em 2021. Em quatro seriados documentais se manteve conectado a temas atuais e urgentes. Discutiu a pluralidade de famílias e relacionamentos em “Família é Família” (2014/16) e “Amores Livres” (2015), a dependência química em “Compulsão” (2015) e foi um dos primeiros a falar sobre transição de gênero na televisão brasileira em “Liberdade de Gênero” (2015,2017). Esta última, uma das 10 melhores séries do ano, segundo o Jornal O Globo. Em 2024 estreia uma nova temporada de “Amores Livres”. Também assinou a direção da série do Fantástico "Nelson Por Ele Mesmo" (2017), que está no catálogo do Globoplay. Nela, Fernanda Montenegro e Otávio Müller reuniram crônicas do dramaturgo Nelson Rodrigues. Na mesma emissora, dirigiu quatro episódios do seriado Por Toda a Minha Vida, entre 2006 e 2009, sobre Raul Seixas, Dolores Duran, Nara Leão e Elis Regina, com Júlio Andrade, Nanda Costa, Bianca Comparato. Lixo Extraordinário (2010) foi o primeiro documentário brasileiro indicado ao Oscar. O filme, que codirigiu, conquistou prêmios em grandes festivais, como Berlim e Sundance. Filmografia[2]Como diretor
Como roteirista
Notas
Referências
Ligações externasSites sobre João Jardim: [1] [2]
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