João Paulo (futebolista) Nota: Se procura pelo ponta vice-campeão brasileiro de 1986 com o Guarani, veja Sérgio Luís Donizetti.
João Paulo de Lima Filho, mais conhecido como João Paulo (São João de Meriti, 15 de junho de 1957)[1][2][3], é um ex-futebolista brasileiro que atuava como ponta-esquerda.[1] Considerado "inteligente, hábil" e com passes e cruzamentos "precisos",[4][2] tinha como uma de suas principais características tocar a bola para frente, para ganhar do marcador na velocidade.[5] CarreiraJoão Paulo começou no São Cristóvão em 1976, mas foi no Santos, para onde foi no ano seguinte, que estourou. Vestiu pela primeira vez a camisa do Peixe no dia 5 de junho de 1977, próximo de completar vinte anos. A estreia, diante do Botafogo de Ribeirão Preto, pelo Campeonato Paulista, terminou empatada por 1 a 1.[1][2][3] Não se tornou titular imediatamente. Durante um tempo, ficou na reserva de Bozó. Em outubro de 1977, Otto Glória o promoveu a titular, e nunca mais perderia a posição.[2] Ao lado de Juary, Nílton Batata e Pita, formou a geração que ficaria conhecida como "Meninos da Vila",[2][3] que ganhou o Campeonato Paulista de 1978.[6] Também conquistou o Torneio Vencedores da América, no Uruguai, e o Torneio Cidade de Pamplona, ambos no ano de 1983.[1][2] O sucesso rendeu a todos, menos Pita, convocações para a seleção brasileira, sendo a vez de João Paulo em 19 de agosto de 1979, sem, no entanto, entrar em campo.[7] Ele voltaria a ser convocado no ano seguinte, atuando em um amistoso contra a seleção mineira em 1 de maio,[8] mas depois só seria lembrado novamente durante a campanha do vice-campeonato santista no Brasileiro de 1983, quando ganhou uma chance do técnico Carlos Alberto Parreira em 22 de abril. Entrou no segundo tempo do amistoso contra o Chile no Maracanã, no dia 28, no lugar de Éder, e foi convocado mais uma vez em 20 de maio, para uma série de amistosos na Europa, e estreou como titular no terceiro jogo, contra a Suíça, em 17 de junho, como "teste", sendo substituído por Éder aos 23 minutos do segundo tempo.[7] No jogo seguinte, cinco dias depois, contra a Suécia, novamente foi substituído, desta vez por Jorginho, no intervalo, mas não sem antes cobrar o escanteio que deu origem ao primeiro gol brasileiro, marcado de cabeça por Márcio Rossini.[7] Sua última partida com a camisa da Seleção foi em 28 de julho, mais uma vez contra o Chile, após nova convocação seis dias antes, e pela única vez atuou durante os noventa minutos.[7] Seria convocado uma última vez em 26 de agosto, durante a primeira fase da Copa América (que naquele tempo era disputada sem país-sede, o que permitia diversas convocações ao longo da competição), sem no entanto, entrar em campo, finalizando sua participação na seleção brasileira com quatro jogos oficiais, um não-oficial e nenhum gol marcado.[7] Após o Campeonato Paulista de 1983, foi para o Flamengo, onde atuou em apenas quarenta partidas e marcou quatro gols[6] em 1984 até 19 de agosto, quando vestiu pela última vez a camisa rubro-negra, já no Campeonato Carioca.[9] De lá, foi para o Corinthians.[6] Seu passado santista, com um futebol considerado "pouco voluntarioso", teoricamente não seria o ideal para o torcedor corintiano,[10] mas acabou ficando mais de cinco anos no Parque São Jorge depois de sua estreia, em 19 de setembro. No total, defendeu o Corinthians em 259 jogos, marcando 36 gols.[10][6] Chegou ao Palmeiras[6] para o Campeonato Paulista de 1990, mas, aos 32 anos, já não era mais o mesmo e disputou a maioria dos seus dezenove jogos[6] pelo time na meia esquerda.[11] Transferiu-se para o Yamaha, do Japão, naquele mesmo ano, voltando em 1991, para defender o São José. No ano seguinte, passou ainda pelo Grêmio Maringá antes de voltar, em abril, ao Santos, para a disputa do Campeonato Brasileiro de 1992. Antes de estrear, disse que a mudança para o meio de campo tinha sido um dos fatores para compensar a idade. "Com a experiência, aprende-se a jogar com a inteligência", disse, ao jornal O Estado de S. Paulo. "Há três anos que venho jogando na meia. Vou ser útil e titular do Santos por um bom tempo."[12] Não foi. Sua despedida do Santos aconteceu em 9 de maio de 1992, na derrota santista diante do Cruzeiro por 2 a 1, na Vila Belmiro.[1][2][3] Jogou pelo Peixe 412 partidas e é o quarto maior artilheiro na era pós-Pelé, com 103 gols.[3] Ele encerraria a carreira naquele mesmo ano, no Náutico. Foi supervisor das categorias de base do Santos[2], sendo demitido em janeiro de 2018.[13] Em 5 de setembro de 2016, deu entrada na Santa Casa de Misericórdia de Santos após sofrer um infarto. Passou por um cateterismo dois dias depois e recebeu alta no dia 8.[6] TítulosClube
Referências
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