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Lagar de cera de São Marcos da Ataboeira

Lagar de cera de São Marcos da Ataboeira
Informações gerais
Geografia
País Portugal Portugal
Localização São Marcos da Ataboeira, Castro Verde
Coordenadas 37° 42′ 31,6″ N, 7° 56′ 32,6″ O
Mapa
Localização do edifício em mapa dinâmico

O Lagar de cera de São Marcos da Ataboeira é um edifício histórico na aldeia de São Marcos da Ataboeira, no Município de Castro Verde, em Portugal.

Descrição e história

O imóvel consiste num antigo lagar de cera de abelha, que foi posteriormente adaptado a outros usos.[1] Está situado no extremo Noroeste da povoação, e é composto por três zonas independentes: uma área central que servia como residência, um casão de arrumos que era destinado à agricultura, e finalmente o espaço onde existia o lagar de cera.[1] No interior do edifício não sobreviveram quaisquer vestígios ligados à produção de cera, mas segundo a memória oral existiam algumas estruturas nas traseiras, ligadas áquela função.[1]

No Annuario Commercial de 1902 encontra-se uma referência a um lagar de cera em São Marcos da Ataboeira: «Cera com lagar e branqueio (Fabrica de): Bartholomeu Jaldon y Jaldon».[1] Esta entrada também está presente nas edições de 1906 e 1911 daquela publicação.[1]

O edifício é um testemunho de uma indústria que no passado ainda chegou a ter um certo desenvolvimento na região, com vários lagares a fabricar tanto azeite como cera, embora o de São Marcos da Ataboeira fosse só destinado este último produto.[1] isto deve-se à natureza dos terrenos na zona de São Marcos da Ataboeira e de Aracelis, que até aos princípios do século XX eram compostos principalmente por matos de arbustos, permitindo o crescimento da apicultura, que se tornou numa importante função económica no Alentejo até aos finais do século XIX e princípios do século seguinte.[1] Enquanto que o mel era principalmente utilizado como adoçante, a cera tinha uma vasta gama de aplicações, incluindo iluminação, e o tratamento ou a impermeabilização de vários materiais como tecidos, couros e madeiras.[1] O comércio da cera era feito principalmente por indivíduos de nacionalidade espanhola, que corriam a região, comprando a cera aos apicultores.[1] A indústria entrou em declínio durante a primeira metade do século XX, devido à redução do interesse económico na cera de abelhas,[1] embora a produção de mel e outros derivados da apicultura tenha conhecido algum ressurgimento em Castro Verde no século XXI, devido a programas de apoio da Câmara Municipal.[2]

Ver também

Referências

  1. a b c d e f g h i j PEDRO, Carlos (Julho de 2013). «O lagar de cera de S. Marcos da Atabueira» (PDF). O Campaniço (93). Castro Verde: Câmara Municipal de Castro Verde. Consultado em 24 de Agosto de 2021 
  2. «Mel do Campo Branco» (PDF). O Campaniço (93). Castro Verde: Câmara Municipal de Castro Verde. Julho de 2013. Consultado em 24 de Agosto de 2021 


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