É a maior província do país, abrangendo mais de ¼ da sua superfície. Tem uma população de 87 744 habitantes (2023), dos quais cerca de 9 000 são lapões, e um número incerto pertence à minoria de língua finlandesa dos fino-suecos.
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Segundo a tradição histórica, era habitada maioritariamente por lapões, até à colonização sueca, exploração mineira e cristianização dos lapões, sobretudo a partir do século XVII.
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Como província histórica, a Lappland não possui funções administrativas, nem significado político, mas está diariamente presente nos mais variados contextos, como por exemplo em Lapplands kommunalförbund (Associação comunal escolar da Lapónia), Lapplands Gymnasium (Escola secundária da Lapónia) e Lapplands Djurklinik (Clínica veterinária da Lapónia).[8][9]
Etimologia
O topónimo Lappland deriva de lapp (o antigo nome do povo nativo da região – os Lapões) e land (terra), significando por consequência "Terra dos Lapões".
A província está mencionada em sueco antigo como Lappalandh, em 1526, e como Lapland, em 1606.[10]
Em textos em português costuma ser usada a forma aportuguesada ”Lapónia” ou ”Lapônia”.
[11][12][13]
“
…o contexto que levou o humanista português a interessar-se pela Lapónia e pelos Lapões e a escrever sobre isso…
Originalmente habitada pelos lapões e por grupos de kvenos, foi sucessivamente colonizada pelos suecos, sobretudo nos séculos XII e XVII. Numa carta do rei Magno II, datada de 1340, está determinado que todos aqueles que sejam cristãos podem estabelecer-se na Lapónia, desde que paguem imposto ao rei. Apesar disso, a população continuou a ser praticamente toda lapónica até ao século XVII, pelo que o rei Carlos XI, em 1673, estabeleceu privilégios especiais para todos aqueles que quisessem ir viver na Lapónia. Em 1695, o mesmo rei decretou que os "novos habitantes não deviam ocupar todos os terrenos disponíveis".[1][14][15]
Heráldica
O brasão de armas com o ”homem selvagem” - a cor preta - esteve presente no funeral do rei Carlos IX em 1612. Mais tarde, em 1949, o brasão ganhou a sua configuração atual, com o ”homem selvagem” - a cor vermelha – contra um fundo prateado.
[16]
Geografia
É a maior província histórica da Suécia, ocupando cerca de um quarto de todo o país, com uma área ligeiramente superior a Portugal. Localizada no norte do país, faz fronteira com a Finlândia e a Noruega, e tem limites com as províncias suecas de Norrbotten, Västerbotten, Ångermanland e Jämtland.
[2][17]
É uma província de montanhas no lado oeste – os Alpes Escandinavos – e de planaltos no lado leste. Todas as altas montanhas suecas com mais de 2 000 metros de altura estão precisamente localizadas dentro da Lapónia. A paisagem é dominada pelas enormes florestas de coníferas e pela tundra.
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A província da Lapónia é atravessada de norte a sul pela estrada europeia E45 (Dorotea, Arvidsjaur, Jokkmokk e Gällivare), e transversalmente pelas estradas europeias E10 (Abisko, Kiruna e Gällivare) e E12 (Storuman e Lycksele).
A Linha do Minério (Malmbanan) permite o transporte de minérios da zona de Kiruna para as cidades portuárias de Luleå, na Suécia, e Narvik, na Noruega. A Linha Interna (Inlandsbanan) conecta o sul com o norte da província, passando por Dorotea, Storuman, Arvidsjaur, Jokkmokk, Gällivare e Kiruna
Existem aeroportos em Arvidsjaur, Gällivare e Kiruna.[25]
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↑«Lappland». Se Sverige med barnen. En reseguide för hela familjen (em sueco). Svenska turistföreningen. Estocolmo: Bonniers juniorförlag e Svenska turistföreningen. 1985. p. 141. 379 páginas. ISBN91-48-51041-6
↑Svensson, Lars (2001). «Lappland». Värt att se i Sverige [Para ver na Suécia]. En reseguide (em sueco). Estocolmo: Bonnier. p. 116. 383 páginas. ISBN9100571903
↑Bjarne Rydstedt, Georg Andersson, Torsten Bladh, Per Olof Köhler, Karl-Gustaf Thorén e Mona Larsson (1987). «I nordligaste Sverige». Land och liv 1 (em sueco). Estocolmo: Natur och kultur. p. 191-193. 216 páginas. ISBN91-27-62563-X !CS1 manut: Usa parâmetro autores (link)
↑Mário Carreiro. «A Lappiae Descriptio de Damião de Góis». Boletim De Estudos Clássicos (61) 139-152. Consultado em 15 de março de 2023. …o contexto que levou o humanista português a interessar-se pela Lapónia e pelos Lapões e a escrever sobre isso…
↑Moura, Victória Luiza Severo de (2017). «Planeta Extremo: Segunda temporada». PLANETA EXTREMO: AS NARRATIVAS DO INFOTENIMENTO(PDF) (Dissertação de Graduação). Centro Universitário Franciscano. p. 23. … em Kiruna, Lapônia Sueca, região norte da Escandinávia, Polo Norte, há 20 graus negativos…
↑Magnus Bolle et al. (2004). «Lappland». Sveriges landskapssymboler (em sueco). Tollered: Pedagogisk information. p. 4. 108 páginas. ISBN9186404296 !CS1 manut: Usa parâmetro autores (link) !CS1 manut: Uso explícito de et al. (link)
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↑{{Citar livro |sobrenome=Rydstedt |nome=Bjarne |coautor=Georg AnderssonTorsten BladhPer Olof KöhlerKarl-Gustaf ThorénMona Larsson |título=Land och liv 1 |idioma=sueco |local=Estocolmo |editora=Natur och kultur |ano=1987 |páginas=216 |página=191-193 |capítulo=I nordligaste Sverige |isbn=91-27-62563-X
↑Kartcentrum (2003). «Vuollerim». Vår Sverigeguide (O nosso guia da Suécia) (em sueco). Estocolmo: Prisma. p. 129. 528 páginas. ISBN9151841401
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