Luigi Piavi
Luigi Piavi, OFM (Ravena, 17 de março de 1833 - Jerusalém, 24 de janeiro de 1905) foi um clérigo católico romano italiano, que serviu como Patriarca Latino de Jerusalém e grão-mestre da Ordem Equestre do Santo Sepulcro de Jerusalém de 1889 até sua morte. BiografiaPiavi, aos quinze anos, tomou parte da primeira guerra de independência italiana, travada entre o Reino da Sardenha e o Império Austríaco e depois ingressou nos franciscanos em Bolonha em 21 de outubro de 1850.[1][2] Ele tomou o nome Luigi de Ravena em 8 de outubro de 1851, quando fez sua profissão com os Frades Menores de Bolonha.[1] Também é conhecido como Ludovico e seu sobrenome como Biavi.[2][3] Recebeu a ordenação sacerdotal em 22 de dezembro de 1855. No ano seguinte, em 30 de julho de 1856, o novo padre foi enviado para o Oriente e passou um ano em Harisa para aprender árabe.[1][2] Em 13 de agosto de 1857, foi nomeado vigário em Alepo, e em 12 de setembro de 1861, pároco e guardião de Alepo. Fundou a missão de Marassa. Em janeiro de 1873, Piavi foi nomeado administrador apostólico em Beirute. Atuou em missão aos coptas do Egito.[1] Em 14 de novembro de 1876, foi nomeado pelo Papa Pio IX como Arcebispo titular de Siunia, Vigário Apostólico de Alepo e Delegado Apostólico na Síria. Recebeu a ordenação episcopal no dia 26 de novembro seguinte, pelo Cardeal Alessandro Franchi, Prefeito da Congregação de Propaganda Fide, em Roma; os principais co-consagradores foram o Arcebispo Edward Henry Howard de Norfolk e o Bispo Ignazio Persico, OFM Cap.[3] Após a morte do Patriarca Vincenzo Bracco, Piavi foi nomeado pelo Papa Leão XIII, em 28 de agosto de 1889, como Patriarca Latino de Jerusalém. Fez sua entrada solene em 8 de setembro. Monsenhor Piavi assumiu a tarefa de fortalecer as missões do Patriarcado. Com a ajuda do Padre Guillermo Barberis, um arquiteto que supervisionou a construção do seminário patriarcal em Jerusalém, e seus bispos auxiliares, Monsenhor Appodia e Monsenhor Piccardo, Patriarca Piavi construiu igrejas, capelas, conventos, presbitérios e escolas em todas as missões, além de encorajar a chegada de várias congregações no território do Patriarcado Latino. Ele fundou apenas uma missão: a de Mouqeibleh, confiada à Custódia da Terra Santa. Hospedou em 1893 o Congresso Eucarístico Internacional em Jerusalém. Em 1898, durante uma visita do kaiser Guilherme II ao Império Otomano, Monsenhor Piavi foi agraciado com o cordão e a placa da Águia Vermelha, Primeira Classe.[1] Sendo também o Grão-Mestre da Ordem Equestre do Santo Sepulcro de Jerusalém, Patriarca Piavi admitiu 1.057 cavaleiros e 166 damas durante seu mandato. Em 1891, ele emitiu o Regulamento Geral da Ordem, que serviria de modelo para a organização dos capítulos nacionais dos Cavaleiros do Santo Sepulcro. Embora o patriarca tenha nomeado seus representantes na França, Bélgica, Portugal, Inglaterra e Malta, uma organização de toda a ordem ainda não havia sido estabelecida. O único sucesso foi a criação de capítulos nobiliárquicos em Madri e Barcelona, reservados aos membros de origem nobre. O último cavaleiro que o Patriarca Piavi nomeou antes de sua morte, com o consentimento do Papa, foi o kaiser Guilherme II, que, embora não fosse católico, foi fundamental na doação de terras no Monte Sião aos católicos alemães, para que os beneditinos estabelecessem posteriormente a Abadia da Dormição.[4] Em janeiro de 1905, o Patriarca Piavi contraiu pneumonia, falecendo em 24 de janeiro, aos 72 anos.[1] Ele foi enterrado ao lado de seus predecessores, na co-catedral do Patriarcado de Jerusalém.[2][4] Referências
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