Máximo III de Constantinopla
Máximo III de Constantinopla (em grego: Μάξιμος Γ΄; m. 3 de abril de 1482), nascido Manuel Cristônimo (em grego: Μανουήλ Χριστώνυμος; romaniz.: Manuel Christonymos), foi patriarca ecumênico de Constantinopla entre 1476 e sua morte em 1482. Além disto, foi um renomado acadêmico e é comemorado como santo pela Igreja Ortodoxa, com festa em 17 de novembro[1]. HistóriaManuel Cristônimo provavelmente era nativo do Peloponeso, na Grécia. Já em Constantinopla, tornou-se megas ekklesiarches (grande sacristão). Depois da Queda de Constantinopla (1453), assumiu também a função de escevofílax[2], responsável pelos tesouros sagrados e relíquias do Patriarcado Ecumênico, e, neste posto, Manuel entrou em conflito com o patriarca Genádio Escolário por questões financeiros[2]. Sob o patrocínio do secretário do sultão otomano, Demétrio Kyritzes, Manuel, juntamente com o grande cartofílax Jorge Galesiota, influenciou a vida da Igreja de Constantinopla pelos próximos vinte anos[3]. Em 1463, Manuel apoiou o patriarca Josafá I em sua recusa de atender o pedido do poderoso político Jorge Amiroutzes, um nobre grego do antigo Império de Trebizonda, que queria se casar com uma segunda esposa, um caso claro de bigamia segundo o direito canônico cristão. Como punição por seu apoio ao patriarca, Manuel teve seu nariz decepado por ordem do sultão Maomé II[4]. No outono de 1465 (ou início do ano seguinte), Manuel patrocinou a eleição ao patriarcado de Marco II e depois se opôs aos patriarcas apoiados por outras facções, como Simeão de Trebizonda e Dionísio I, que, em 15 de janeiro de 1467, aprovou a retirada de todas as dignidades eclesiásticas investidas em Galesiotes e em Manuel[5]. Porém, eles logo recuperaram sua influência. Manuel conseguiu recuperar a estima do sultão Maomé II[2] e, na primavera de 1476, ele próprio conseguiu ser eleito patriarca. Como ele era ainda um leigo, Manuel primeiro se tornou monge com o nome religioso de Máximo e, no dia seguinte, foi consagrado bispo e entronizado patriarca pelo bispo metropolitano de Heracleia Perinto, como mandava a tradição[6]. Seu reinado encerrou um período de instabilidade para a Igreja Ortodoxa na região e é lembrado como um tempo de paz e consenso[3]. Máximo morreu em 3 de abril de 1482[7]. Sua principal obra literária é a "Monódia sobre a Captura de Constantinopla". Ver também
Referências
Ligações externas
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