Maria da Fé (fadista)
Maria da Fé, de seu verdadeiro nome Maria da Conceição da Costa Marques Refachinho Gordo ComIH (Porto, 25 de maio de 1942), é uma fadista portuguesa. BiografiaCedo se põe a cantar o fado. Já aos nove anos, na sua cidade natal, o Porto, participa em festas particulares, ganhando concursos. Com dezoito anos muda-se para Lisboa, sendo logo contratada para cantar nas principais casas de fado, e depois no Casino Estoril. O seu primeiro disco é de 1959. Esta criação dá-lhe projeção nacional. Inicia em 1963-64 a sua experimentação musical lançando o Pop-Fado, algo criticado por tradicionalistas, mas que lhe rende maior projeção. Em 1967 alcança finalmente o sucesso com as canções Valeu a Pena, Primeiro Amor e 20 Anos. Casa-se em 1968 com o compositor e também fadista José Luís Gordo, que lhe dedica algumas composições e a tem como autêntica musa e do qual teve duas filhas, Filipa Gordo e Rita Gordo. No ano seguinte torna-se a primeira fadista a participar no Festival RTP da Canção. Em 1975, junto com o marido e com António Mello Correia, inaugura o restaurante Sr. Vinho, onde o fado é um dos atrativos, na linha da velha tradição das casas de fado. Participa num dos filmes protagonizados pelo ator norte-americano Robert Wagner, interpretando dois dos seus maiores sucessos: Cantarei até que a voz me doa e Portugal, meu amor, acompanhada por quatro instrumentistas. É uma das raras artistas portuguesas a levar o fado até ao Brasil (1984 - 1987), atuando nas principais casas de espetáculo do Rio de Janeiro e de São Paulo. Faz chegar o fado a outros países, como os Estados Unidos, Bélgica e Itália. HomenagensO cantor e compositor brasileiro Caetano Veloso homenageia a fadista na sua canção "Língua". No ano de 2005 o Ministério da Cultura de Portugal atribui-lhe a Medalha do Mérito Cultural, como reconhecimento por uma carreira de mais de quarenta anos. Recebe ainda a Cruz de Mérito da Cruz Vermelha Portuguesa e a Medalha de Ouro da Cidade do Porto. Em 2006, é distinguida com o Prémio para a Melhor Intérprete Feminina de 2006 pela Fundação Amália Rodrigues. Em 2009 celebra 50 anos de carreira, tendo atuado a 25 de junho no Coliseu dos Recreios e recebido em cena aberta a Medalha Municipal Grau Ouro da Cidade de Lisboa e uma Placa de Prata da Sociedade Portuguesa de Autores. A 7 de junho de 2013, foi agraciada com o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique.[1] Citações
DiscografiaA sua discografia conta com trinta LPs e vinte CDs. A sua voz é presença em todas as coletâneas de fado. Tem cerca de 450 números gravados. Do álbum Cantarei até que a Voz me Doa (título da principal canção de seu marido), já vendeu mais de 350 mil unidades. Dentre estes destacam-se:
Referências
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