É sede do município da Marinha Grande com 187,25 km² de área[2] e 39 032 habitantes (2021),[3][4] subdividido em 3 freguesias.[5] O município é delimitado a norte e leste pelo município de Leiria, a sul pelo Alcobaça e a oeste é banhado pelo oceano Atlântico.
Desde o princípio do século XX que a evolução demográfica da Marinha Grande tem sido positiva. Nos últimos anos[quando?], tem apresentado taxas de crescimento superiores à sua área envolvente[carece de fontes?], tomando como referência o distrito de Leiria ou a antiga subregião do Pinhal Litoral. O desenvolvimento do sector industrial na Marinha Grande, está na base de tal crescimento populacional.
Aquando do Recenseamento da População em 1991, a freguesia da cidade da Marinha Grande possuía 26 628 habitantes, sendo 13 000 homens e 13 628 mulheres.
De acordo com os censos preliminares, referentes a 2001, a freguesia da Marinha Grande registou um aumento populacional na ordem dos 6,4%, contando a mesma com um total de 28 329 habitantes. A superioridade numérica do sexo feminino mantém-se, tendo em conta que foram contabilizados 13 842 homens e 14 487 mulheres. Há a registar, desde a realização do último recenseamento, um aumento quer da população masculina, quer da população feminina.
Em 2018, a Marinha Grande voltou a ser o município líder distrital de exportações e, apesar de haver 72 municípios em Portugal com mais população, a Marinha Grande tornou-se o segundo município do País que mais contribui para o crescimento das exportações em todo o país.
Freguesias
O município da Marinha Grande está dividido em 3 freguesias:
Em 28 de janeiro de 1921 foi apresentada a primeira proposta para as Armas, Bandeira e Selo da Marinha Grande, à Associação dos Arqueólogos Portugueses. A proposta foi objeto de diversas alterações segundo as regras oficiais da época, vindo ainda a ser modificada pela Comissão Heráldica em 20 de novembro de 1934. A simbologia, da então vila, ficou com o seguinte teor:
Armas
De vermelho, com um pinheiro de ouro frutado de verde, sustido de negro realçado de ouro, saínte de contrachefe de dunas de areia de prata, o tronco do pinheiro acompanhado de duas vieiras de ouro. Coroa mural de prata com quatro torres. Listel branco com os dizeres a negro “ Vila da Marinha Grande”.
O vermelho do campo indica heraldicamente a força, o vigor, a atividade, enfim a constante energia.
O pinheiro, o realce do seu tronco e as vieiras são de ouro por este ser o metal mais rico e que significa poder e liberdade.
O frutado de verde é associado à firmeza e honestidade.
As dunas de areia de prata esmalte denotam humildade e riqueza.
Bandeira
Foi desenhada pelo marinhense João de Magalhães Júnior logo após a restauração do concelho. Esquartelada de amarelo e negro, cordões e borlas de ouro e negro. Haste e lança de ouro.
Girondada de oito peças de amarelo e negro. Cordão e borlas de ouro. Haste e lança de ouro.[6]
Selo
Circular, tendo ao centro as peças de armas sem indicação aos esmaltes. Em volta dentro dos círculos concêntricos os dizeres “Câmara Municipal da Marinha Grande”.
A simbologia inicial sofreu alterações ao longo dos anos, de acordo com as legislações vigentes nas respetivas épocas, bem como na altura de elevação a cidade em 11 de Março de 1988. A última transformação e atual definição, efetuou-se a 21 de Junho de 1996. Passando a simbologia da Cidade a ser representada da seguinte forma:
Nos termos da Lei, com a legenda: “ Câmara Municipal da Marinha Grande”.
Brasão
Escudo de vermelho, com um pinheiro frutado de verde e troncado de negro, saínte de contra-chefe de dunas de areia, de ouro, acompanhado de duas vieiras do mesmo. Coroa mural de prata com cinco torres. Listel branco com a legenda a negro, em maiúsculas “MARINHA GRANDE”.
História
A Marinha Grande é uma ocupação humana recente, se comparada com cidades vizinhas como Leiria e Alcobaça; ela nasce com a iniciativa industrial de Guilherme Stephens, patrocinada pelo Marquês de Pombal, que associou a abundância de madeira e areia para aqui criar a indústria vidreira de que fez a força da vila - e que, mais tarde, veio a dar origem à indústria de plásticos e moldes. É datado de 1776 o marco de pedra, que hoje pode ser visitado no Museu do Vidro, com a inscrição: "Por ordem de Sua Majestade todas as lenhas do Pinhal que estão em huma légua o redor deste marco pertencem à Fábrica de Vidros".[7]
Nascida com a Revolução Industrial, a Marinha Grande foi um dos grandes pólos dos movimentos políticos associados à emancipação do proletariado. O símbolo maior desta posição socio-política é o facto de a Marinha Grande ter tomado a dianteira na revolta de 18 de Janeiro de 1934 contra a II República, tendo sido aqui que as forças leais ao governo de Salazar encontraram maior oposição.[8]
A Marinha Grande foi elevada a cidade em 11 de Março de 1988.[9]
Actualmente[quando?], e apesar dos receios surgidos na viragem do século com a falência de muitas PME do sector dos moldes face à concorrência de países emergentes como o México ou a China, as empresas marinhenses têm conseguido adaptar-se às exigências da globalização. A "Marinha" (como é localmente designada, de modo informal) é, juntamente com Oliveira de Azeméis, o motor da indústria de moldes nacional.[10]
(Obs: município restaurado pela lei nº 644, de 20/01/1917, por desanexação de lugares do município de Leiria
De 1900 a 1950 os dados referem-se à população "de facto", ou seja, que estava presente no município à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente)
Cultura
A ocupação relativamente recente torna a Marinha uma cidade sem muita história. Na cidade é possível visitar o Museu do Vidro (no Palácio Stephens), inaugurado em dezembro de 1998, que contem peças artesanais em vidro e funciona como museu municipal, o Museu Joaquim Correia, com esculturas privadas do artista que dá nome ao museu,[14] a Casa-Museu 18 de Janeiro de 1934 e Museu do Molde, no Edifício da Resinagem.
Tal como outros municípios da antiga região turística Leiria-Fátima, a vertente turística da Marinha Grande é voltada principalmente para o turismo balnear, nas praias de São Pedro de Moel e Praia da Vieira, havendo turistas estrangeiros que procuram estas praias para férias em Portugal.
A Praia da Vieira é ainda um dos poucos locais em Portugal onde é possível assistir à pesca através da Arte Xávega.[15]
Recentemente, a Câmara Municipal tomou a iniciativa de organizar as Festas da Cidades,[16] a decorrer no primeiro fim de semana de Junho, que conta com tasquinhas e artistas de reconhecimento nacional, e move mais de 25.000 pessoas. No fim de semana seguinte são organizadas na cidade as Marchas de Santo António, em honra ao santo padroeiro da cidade.
Economia
A economia da Marinha Grande é principalmente baseada no sector secundário (indústria).
O contexto histórico da cidade assenta na Indústria Vidreira, que foi o principal motor financeiro do município e continua a ser um dos principais, com a existência de várias fábricas de produção de objectos em vidro, como garrafas, copos e peças de decoração.
Nos últimos 50 anos começou a desenvolver-se na cidade a indústria de moldes para plásticos, desenvolvendo bastante a cidade. Hoje em dia, a Marinha Grande tem centenas de empresas de apoio ao fabrico de moldes e produção de plásticos, que inicialmente eram principalmente para o ramo automóvel, mas actualmente já saem da Marinha Grande plásticos para todas as aplicações.
Embora no Verão a Marinha Grande seja procurada para o turismo balnear, o sector terciário (que inclui turismo) não representa um marco económico comparado à indústria.
O sector primário (agricultura, pecuária e pescas) não é muito explorado na Marinha Grande. A maioria das produções agrícolas é exclusivamente para consumo próprio. Na Praia da Vieira, ainda existe a pesca por Arte Xávega, com venda ao público, mas não representa um marco económico da Marinha Grande.
A Marinha Grande tem uma rodoviária onde param autocarros da Rodoviária do Tejo e da Rede Nacional de Expressos. Estas carreiras ligam a cidade com as localidades vizinhas e com as principais cidades do país, incluindo ligações horárias para Lisboa e frequentes para o Porto.
Existe na cidade a empresa de transportes urbanos TUMG (Transportes Urbanos da Marinha Grande)[19] que assegura conexões regulares dentro da cidade e ainda a Radio Táxis Marinhense, que garante serviço de Táxis.
A Marinha Grande é muito bem servida a nível de autoestradas: tem duas entradas para a A8 (Leiria - Lisboa) e é também servida pela A17 (Marinha Grande - Aveiro), que termina na A29 (Aveiro - Porto, pela Ponte da Arrábida).
Saúde
A Marinha Grande tem um Centro de Saúde que garante assistência médica permanente e várias clínicas privadas.
Existe ainda Extensão de Saúde nas localidades da Moita, Vieira de Leiria e Garcia.
Educação
Para além de uma quantidade significativa de Jardins de Infância e Escolas Básicas de 1º Ciclo, a Marinha Grande conta com escolas que garantem o ensino em todos os níveis.[20]
Ensino Básico:
Escola Professor Alberto Nery Capucho (2º / 3º Ciclos)
Escola Guilherme Stephens (2º / 3º Ciclos)
Escola Padre Franklim (2º Ciclo), na freguesia de Vieira de Leiria
Ensino Secundário:
Escola Secundária Calazans Duarte (3º Ciclo / Secundário)
Escola Secundária Pinhal do Rei (3º Ciclo / Secundário)
Escola Secundária José Loureiro Botas (3º Ciclo / Secundário)
Ensino Superior (privado):
Instituto Superior D. Dinis (Grupo Lusófona)
Ensino Profissional (privado):
Escola Profissional e Artística da Marinha Grande (Grupo GPS)
↑INE (2012). «Quadros de apuramento por freguesia»(XLSX-ZIP). Censos 2011 (resultados definitivos). Tabelas anexas à publicação oficial; informação no separador "Q101_CENTRO". Instituto Nacional de Estatística. Consultado em 27 de julho de 2013