Meneses ParedesJuvêncio Augusto de Menezes Paredes (Pelotas, 6 de setembro de 1848 — São Gabriel, 1882) foi um professor, literato, jornalista e político brasileiro. Foi professor público estadual, lecionando na Feitoria Velha de São Leopoldo.[1] Viveu algum tempo em Porto Alegre, onde deu aulas no prestigiado Colégio União.[2] Em 1868 estava entre os fundadores da lendária Sociedade Partenon Literário,[3] sendo assíduo colaborador da Revista Mensal do Partenon[4] e membro da Comissão Editorial.[5] Foi co-autor, com Apolinário Porto Alegre, do drama Jovita.[4] Em Pelotas foi colaborador do Jornal de Pelotas,[4] da revista literária Arcádia,[6] e lá publicou um livro de poesia, Parietárias (1873), contendo o primeiro poema conhecido que tem a cidade como tema.[7] Elegeu-se deputado à Assembleia Provincial em 1881, falecendo no exercício do mandato.[8] Foi o primeiro patrono da cadeira nº 23 da Academia Rio-Grandense de Letras, mas perdeu a homenagem na reforma de 1910.[9] Diz Aquiles Porto Alegre que era um boêmio incorrigível, mas "bom poeta", produzindo "cantos repassados de uma suave melancolia, que eram então, a exclusiva maneira de trovar dos poetas de meio século atrás. Além de poeta era orador. Tinha a expressão fácil, belas imagens e extrema correção. Parecia que as frases irrompiam-lhe brunidas, luminosas, como sobre elas refletissem as cores vistosas do arco-íris".[10] Segundo Loner, Gill & Magalhães, foi poeta de relevo e um dos principais literatos ativos na região de Pelotas em sua geração.[8] Escreveu biografias de David Canabarro (1874) e do padre Luiz Manuel Gonçalves Brito, vigário de Porto Alegre (1873). Fez parte da comissão de redação da primeira edição da Revista Mensal da Sociedade Parthenon Litterario,[11] participando também de sessão da sociedade em que foi discutida a tese histórica Como deve ser considerado Juarez perante a história?.[12] Com sua obra literária caracteristicamente triste e desalentadora, publicou volume de poesias Parietárias (1863) e Entre parentes (1877),[13] além de ter colaborado com Jovita (1869), de Apolinário Porto-Alegre. Parietárias, apesar do sucesso no Brasil, sofreu um virulento ataque em Portugal, por parte de Camilo Castelo Branco.[14] Escreveu também folhetins para o jornal Inúbia, como Dois anjos (1868) e Mulher dos olhos negros (1868-?).[15] Outras de suas obras incluem o poema Meu amor (horas íntimas) (1873)[16] e o drama teatral Coroa de Martyrios (1874).[17] Ver tambémReferências
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