MetaReciclagemA MetaReciclagem[nota 1] é uma rede organizada, a partir de filosofia com mesmo nome, que atua no desenvolvimento de ações de apropriação e desconstrução de tecnologia, de maneira descentralizada e aberta, propondo uma transformação social. Ou seja, o reaproveitamento do lixo eletrônico com inclusão digital.[1] HistóriaCriado em 2002, dentro do Projeto Metá:Fora. Ao fim daquele ano, foi negociada uma parceria com a ONG Agente Cidadão, que ofereceu logística e um espaço para o armazenamento e triagem de computadores doados, que eram consertados e distribuídos para a criação de laboratórios de informática em projetos sociais.[2] A repercussão da MetaReciclagem teve início em 2005 onde recebeu menção honrosa na premiação da Associação para o Progresso das Comunicações (APC), o Prêmio Betinho de Comunicações,[3] no ano seguinte, também foi destaque na categoria Comunidades Digitais, do prêmio Prix Ars Electronica.[4] Em 2007, foi finalista no Prêmio APC Chris Nicol FOSS.[5] Em 2009, foi contemplada com o Prêmio Ponto de Mídia Livre,[6] do Ministério da Cultura. Foi mencionado, no site da UNESCO,[7] como referência em reapropriação tecnológica, e também como método chave para elaboração e implementação de projetos governamentais de larga escala como os Pontos de Cultura,[8] Programa Cultura Viva e Casa Brasil. MetodologiaA rede recebe computadores e peças de artigos eletrônicos, que são usados para montar laboratórios de informática, onde são instalados programas de computador com licença livre, para ensinar a sociedade a aproveitar melhor a tecnologia, utilizando-a para diversos fins. É também estimulado o uso da internet para criar ambientes de circulação da informação, passando as experimentações dos projetos socialmente engajados. MetaReciclagem é uma metodologia de perspectiva abrangente, um nome que algumas pessoas usam para definir e identificar uma maneira de lidar com a tecnologia, e que tem por objetivo a reapropriação tecnológica. Estruturalmente, aproxima-se mais de um movimento que surgiu de baixo para cima e que permanece aberto a quem quiser participar, sendo um conjunto emergente de pessoas e organizações. É por isso que a MetaReciclagem não tem sedes, mas esporos: laboratórios auto-geridos, totalmente adaptados e integrados às características locais, mas integrados em rede (hoje, existem esporos de MetaReciclagem em desenvolvimento em Belo Horizonte, Brasília, Teresina, Arraial d’Ajuda, Curitiba e diversas outras cidades). É uma invenção brasileira de inclusão digital[9][10] [11] e social que é exemplo para o mundo[12][13][14] Encontros da RedeA Rede MetaReciclagem realizou um grande encontro com seus participantes em Maio de 2012, na cidade de Ubatuba. Para discutir, entre outras, temas como: permacultura, biopunk, cidades de código-aberto, transparência e controle social, redes livres, meio ambiente e etc. [15] Ver tambémNotas
Referências
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