Museu Nacional de Etnologia
O Museu Nacional de Etnologia foi criado em 1965 com o nome de Museu de Etnologia do Ultramar, tendo como diretor o etnólogo português Jorge Dias. Desde 1976, situa-se num edifício próprio na zona do Restelo em Lisboa. O Museu é o detentor do património etnográfico de maior relevância a nível nacional, sendo responsável pela salvaguarda e gestão de cerca de meio milhão de espécimes patrimoniais. HistóriaFoi criado, em 1965, o Museu de Etnologia do Ultramar pelo Jorge Dias que tinha sido encarregado das Missões de Estudo das Minorias Étnicas do Ultramar Português (MEMEUP) desde 1957. Em 1973, passa a designar-se Museu de Etnologia. Foi inaugurado em 1976 o edifício, desenhado pelo Arquiteto António Saragga Seabra, onde o museu se encontra. Em 1990 passou a fazer parte do Instituto Português de Museus, tendo-lhe sido atribuída a designação de Museu Nacional de Etnologia (MNE). Em 2000, o Arquiteto Eduardo Trigo de Sousa dá forma ao projeto de ampliação do edifício, criando-se um novo espaço de biblioteca/mediateca, duas novas áreas de reserva e o jardim envolvente.[1] Diretores
ColeçõesAs coleções etnográficas do Museu repartem-se entre dois núcleos distintos. Por um lado, as coleções reunidas pelo Museu Nacional de Etnologia, a partir da sua criação, em 1962, pela própria equipa que introduziu a moderna antropologia em Portugal. Estas coleções somam um total de 42.000 peças e são representativas de 80 países dos 5 continentes, com maior expressão das culturas africanas, asiáticas e ameríndias, assim como da própria cultura tradicional portuguesa. Muitas destas coleções encontram-se exaustivamente documentadas no âmbito de pesquisas no terreno, sendo indissociáveis dos importantes arquivos (fotográfico, fílmico, sonoro e de desenho etnográfico) que constituem parte significativa do quase meio milhão de espécimes do património móvel do Museu. O segundo núcleo das coleções etnográficas é constituído pelas 11.600 peças do acervo do Museu de Arte Popular, reunidas, na sua grande parte no âmbito de exposições de propaganda promovidas pelo Estado Novo nas décadas de 1930-1940, diferenciando-se largamente das coleções congéneres do Museu Nacional de Etnologia pelo menor grau, ou total ausência, de informação sobre a sua origem. Na sequência da transferência do acervo do Museu de Arte Popular, em 2007, para o edifício do Museu Nacional de Etnologia, ambos os museus foram reunidos, em 2012, numa única unidade museológica – Museu Nacional de Etnologia / Museu de Arte Popular. O museu possui também uma biblioteca com documentos da área da etnologia e da antropologia.[3] ReferênciasVer tambémLigações externas
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