Nancy Leftenant-Colon
Nancy Leftenant-Colon (Goose Creek, 29 de setembro de 1920 – Amityville, 8 de janeiro de 2025) foi uma enfermeira estadunidense.[1][2] Tornou-se a primeira afro-americana no corpo de enfermeiras do exército dos Estados Unidos [en] em março de 1948, após a dessegregação [en].[3][4] BiografiaPrimeiros anos e formação acadêmicaLeftenant nasceu em 29 de setembro de 1920, em Goose Creek, na Carolina do Sul, próximo de Charleston. Seus pais eram Eunice e James Leftenant e ela era a terceira de um total de 12 filhos.[1] Seu pai era filho de um escravo liberto.[1] A família se mudou para Nova Iorque em 1923 e construiu sua própria casa em Amityville, em Long Island, após seu pai conquistar um emprego como operário e sua mãe como empregada doméstica.[1] Realizou o curso de enfermagem no Escola Lincoln para Enfermeiras [en], no bairro do Bronx, em Nova Iorque, uma das primeiras instituições de ensino na área da saúde para mulheres negras nos Estados Unidos.[5][6] Com o curso realizado, começou a atuar em hospitais na cidade de Nova Iorque.[1] CarreiraEm janeiro de 1945, ela foi autorizada a entrar para o corpo de enfermeiras do exército dos Estados Unidos [en] como segundo tenente reservista e foi inicialmente designada para o Hospital Lowell [en], em Massachusetts.[7] No ano seguinte, em 1946, foi promovida e designada para o 332º Grupo Médico da Estação em Ohio, na Base da Guarda Nacional Aérea de Rickenbacker [en]. Um incidente notável foi quando o hospital local não quis tratar uma mulher negra que havia entrado em trabalho de parto prematuro. Nancy e um cirurgião de voo realizaram o parto do bebê prematuro de 2 quilos e meio na base aérea e a criança sobreviveu.[5] Em 1952, a Leftenant-Colon tornou-se enfermeira de voo da Força Aérea dos Estados Unidos. Foi designada para atuar no exterior, inclusive durante as guerras da Coreia e do Vietnã. Estava a bordo do primeiro voo de evacuação médica para o posto avançado francês durante a batalha de Dien Bien Phu.[8] Nancy alcançou a patente de major e, em 1965, aposentou-se das forças armadas e do cargo de chefe de enfermagem na Base Aérea de McGuire, em Nova Jérsia. Depois, continuou trabalhando como enfermeira escolar, prestando atendimento de primeiros socorros e cuidados de saúde aos alunos da Escola de Ensino Médio Memorial de Amityville [en], além de atuar na promoção da saúde dentro da escola, de 1971 até 1984.[5][9] Leftenant-Colon recebeu um doutorado honorário em Humanidades da Universidade Tuskegee e um doutorado honorário em Letras Humanas da Universidade de Mount Saint Vincent [en], em Nova Iorque.[8][10] No ano de 1989, foi a primeira mulher a ocupar o cargo de presidente nacional da Tuskegee Airmen.[11] Em 2018, foi anunciada a construção de um novo centro de recursos multimídia de biblioteca na Escola de Ensino Médio Memorial de Amityville [en], que recebeu o nome de Leftenant-Colon.[12][13] Vida pessoalNo ano de 1960, casou-se com o militar da Força Aérea dos Estados Unidos, Bayard Colon, aos quarenta anos.[14] Colon morreu em 1972 após sofrer uma parada cardíaca, após doze ano de casamento com Nancy.[14][15] Um de seus irmãos era piloto da Tuskegee Airmen, que morreu em uma colisão em pleno ar, e outros quatro irmãos também seguiram a carreira militar.[5] MorteNancy morreu em 8 de janeiro de 2025, aos 104 anos, em uma casa de repouso em Amityville.[16] Seu sobrinho, Chris Leftenant, confirmou a morte de sua tia, Nancy, mas optou por não divulgar a causa.[16][17] Referências
Information related to Nancy Leftenant-Colon |