O Samba Poconé
O Samba Poconé é o terceiro álbum da banda mineira Skank, lançado em 1996.[1][2] O álbum foi produzido por Dudu Marote e se tornou o álbum mais bem-sucedido da banda, superando 1 milhão de cópias vendidas, mesmo que tivesse menos canções de sucesso que o álbum anterior.[3] A banda deixou de lado o dancehall brasileiro para experimentar elementos de rock, rockabilly, rock latino e forró.[4][5] Em 2011, a banda tinha planos de lançar uma edição comemorativa de 15 anos do álbum, incluindo faixas bônus e um show gravado na turnê de divulgação do álbum em 1996.[6] Em 11 de novembro de 2016, foi lançada uma edição comemorativa de 20 anos do álbum, incluindo dois discos bônus com demos, remixes, instrumentais, versões alternativas e faixas descartadas do álbum original.[7][8] ProduçãoGravado no estúdio Mosh, em São Paulo, o álbum conta com a participação do cantor francês Manu Chao em três faixas do álbum. Chao foi introduzido à banda por Paco Pigalle, dono de um clube em Belo Horizonte que também canta na faixa "Los Pretos". O título, aludindo à cidade de Poconé, no Mato Grosso, foi escolhido por achar que representava "o interior do Brasil e as misturas de referência musical que nos influenciavam na época", segundo Henrique Portugal. A banda nunca esteve na cidade, mas o Poconé Esporte Clube retribuiu a homenagem dando uma camisa de presente quando a banda tocou em Cuiabá.[9] De acordo com o release do site oficial da banda, o álbum foi "inspirado nos filmes da Atlântida com Zé Trindade, Renata Fronzi e Grande Otelo e nos pequenos circos que percorrem o país."[10] O projeto gráfico de Gringo Cardia reuniu pinturas do espanhol José Robles, já que Samuel Rosa não queria fotografias no encarte e pediu que buscasse o responsável pelos painéis das fachadas dos cinemas de São Paulo. Robles criou 18 obras, com o álbum aproveitando treze.[11] De acordo com Samuel Rosa para a revista Rolling Stone Brasil, o álbum "foi, naquele período, a prova de fogo para nós e foi maravilhoso." Além de pop, o álbum tem uma dose de espectro do Skank, presente nas faixas "Sem Terra" e "Los Pretos".[6] Afirmou que, em comparação ao álbum anterior, Calango, O Samba Poconé "é um aperfeiçoamento. Em termos estéticos e musicais, é um disco mais bem resolvido e ousado, foge daquela cartilha do dancehall, a banda está mais atrevida no estúdio". Porém, ressaltou que enquanto Calango teve várias músicas de sucesso, o desempenho radiofônico de O Samba Poconé acabou monopolizado pela primeira música de trabalho, "Garota Nacional", com apenas "É Uma Partida de Futebol" e "Tão Seu" ganhando espaço.[3][9] RecepçãoCrítica
Don Snowden, da AllMusic, avaliou o álbum com três estrelas de cinco.[12] Para o crítico, as músicas foram bem produzidas, definindo as quatro primeira faixas como as mais fortes do álbum.[12] Anderson Nascimento, do portal Galeria Musical, também avaliou o álbum com três estrelas de cinco.[13] ComercialDe acordo com o site oficial da banda, o disco vendeu mais de 1,8 milhões de cópias, sendo o mais vendido da carreira.[10] Foi certificado como disco de diamante pela ABPD, equivalente a 1 milhão de cópias.[14] Edição especial de 20 anosEm 11 de novembro de 2016, foi lançada uma edição tripla em comemoração aos 20 anos do álbum, com 29 faixas bônus.[15] Uma turnê comemorativa também rodou o Brasil, incluindo boa parte do álbum.[16] Regravações
Lista de faixasTodas as faixas escritas e compostas por Samuel Rosa e Chico Amaral, exceto onde indicado.
Todas as faixas escritas e compostas por Samuel Rosa e Chico Amaral, exceto onde indicado.
Certificados e vendas
Equipe técnicaSkank
Músicos convidados
Referências
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