Poliacetal
Polióxido de Metileno (POM) pode ser nomeado como Poliacetal ou Acetal e Poliformaldeído. O polímero foi descoberto em 1922 por Herman Staudinger, porém só obteve reconhecimento em 1953, quando o químico recebeu prêmio Nobel de Química. Na época, o polímero não foi comercializado devido aos problemas relativos à estabilidade térmica. Mais tarde, Dal Nagore, descobriu que a reação das extremidades hemiacetal (composto derivado de aldeídos) com anidrido acético pode ocorrer a despolimerização, onde faz a conversão do hemiacetal, deixando-o termicamente estável que pode ser processado por fusão. Após isso, houve diversas pessoas a fim de aperfeiçoar a funcionalidade do POM.[1][2] O POM é um polímero termoplástico semicristalino, ou seja, há em sua estrutura domínios cristalinos (ordenados) e também domínios amorfos (desordenados). Por causa da sua composição cristalina, traz as características de ser um polímero branco e opaco. É utilizado em peças de precisão que requerem uma elevada rigidez, baixo atrito e excelente estabilidade dimensional. O Poliacetal pode ser fabricado de duas formas:[3] Homopolímero: O polímero é obtido através da polimerização do formaldeído (aldeído fórmico), é muito suscetível à degradação devido a sua cadeia polimérica que consiste na repetição múltipla de ligações carbono-oxigênio. O POM tem a tendência de ter maiores níveis de cristalinidade e com isso tem melhores condições mecânicas de curto prazo (rigidez, resistência à tração, resistência ao impacto). Copolímero: O polímero é obtido a partir da união de óxido de etileno e trioxano, tem a tendência de ter menores níveis de cristalinidade em comparação ao homopolímero e com isso obtêm-se melhor estabilidade dimensional, além de diminuir o atrito e em consequência, o menor desgaste. O copolímero também tem a repetição de múltiplas articulações carbono-oxigênio, entretanto há a inclusão das ligações carbono-carbono, inserido ao longo da cadeia, que quebram as ligações uniformes de carbono-oxigênio da cadeia polimérica. CaracterísticasSão descritas propriedades do Poliacetal:
Sua absorção de umidade é extremamente baixa, e isso proporciona melhor estabilidade dimensional, uma excelente usinabilidade e um bom polimento. “Durante essas décadas após seu surgimento, o aperfeiçoamento do poliacetal permitiu sua utilização em peças técnicas simples e complexas, que exijam grande esforço, estabilidade dimensional, resistência mecânica e química e excelente deslize". Polimerização em soluçãoAo utilizar as matérias primas básicas do poliacetal que é o formaldeído ou o trioxano, é misturado com ácido ou base de LEWIS e heptano (diluente) dentro do iniciador. Em seguida, adiciona-se um solvente que pode ser tanto água quanto o metanol. No final desta reação, o polímero passa por uma reação de esterificação a fim de melhorar a estabilidade térmica, então é aquecido em 160 °C com anidrido acético e com uma pequena quantidade de acetato de sódio para atuar como catalisador. Logo após a reação, é separado por filtração, lavado com acetona pura e secado sob vácuo a 70 °C. E por fim, o produto é extrudado e granulado.[3]
AplicaçõesO Polióxido de Metileno é utilizado em diversos setores, muitas vezes podem substituir o metal, por diversas razões, tanto econômicas, quanto tecnológicas.
Geralmente são fornecidos de forma granulada, mas tem a possibilidade de colocar na forma desejada com a aplicação do calor e da pressão. O método mais comum para moldar o polímero é a moldagem por injeção e por extrusão, mas não implica na utilização de outro método como a moldagem por sopro e rotação ImpactoOs consumidores consideram o Polímero Poliacetal atóxico, pois não apresenta nenhum risco para o produto final. Mas segundo a classificação UE, o polímero é classificado como tóxico (T) e corrosivo (C), pois em seu estado químico é necessário tomar algumas precauções, se aquecido ou mecanicamente desgastado pode produzir gás formaldeído.[6] Referências
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