Relações internacionais do Reino UnidoAs relações internacionais do Reino Unido referem-se às relações diplomáticas estabelecidas entre o Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte com relação aos demais países do globo. As relações externas britânicas são regulamentadas pelo Escritório de Relações Exteriores e da Commonwealth.[1] O Primeiro-ministro e outras inúmeras agências do governo desempenham papel significante nas políticas externas do Reino Unido e em sua relação com o mundo, assim como muitas organizações e instituições de grande aporte internacional. A Grã-Bretanha foi a maior e mais influente potência mundial ao longo de todo o século XVIII e XIX, permanecendo nesta condição até meados do século XX, mais notadamente durante o período histórico conhecido como Pax Britannica.[2] O país permaneceu como uma superpotência até a Crise do Suez de 1956, quando o incidente diplomática acabou por impactar negativa a sua imagem hegemônica no restante do mundo. Entretanto, o Reino Unido permanece até a contemporaneidade como uma grande potência e detém status influente em diversos organismos internacionais,[3] sendo - por exemplo - Membro-permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, membro-fundador do G7, G8, OTAN, Organização Mundial do Comércio e nação-chefe da Comunidade das Nações, que é alegadamente um dos mais fortes legados do Império Britânico. O Reino Unido aderiu à União Europeia (então conhecida como Comunidade Econômica Europeia) em 1973. No entanto, após referendo realizado em 2016, o país decidiu por sua saída oficial da União Europeia.[4][5][6] A medida é um divisor de águas não somente na história do países, bem como de todo o mundo moderno. Em termos internos, a saída do Reino Unido da União Europeia culminou na renúncia do então Primeiro-ministro David Cameron[7][8] e na subsequente eleição de Theresa May como sua sucessora.[9][10][11] Em termos externos, a medida têm levado autoridades britânicas a buscarem alianças e novas estratégias a nível mundial HistóriaAs relações exteriores do Reino Unido são sucessoras das relações estrangeiras do Reino de Inglaterra, herdando sua posição internacional anterior à Unificação da Grã-Bretanha e da criação do moderno Reino Unido. A política externa britânica têm focado em atingir um equilíbrio nas relações de poder com o restante da Europa, sem que nenhuma nação venha a exercer maior poder sobre os assuntos dos continente. Esta foi uma das razões pelas quais a Grã-Bretanha lutou contra Napoleão no século XIX e na Primeira e Segunda Guerras Mundiais. A nação de maior rivalidade para com os interesses britânicos foi a França desde a Guerra dos Cem Anos até a derrota de Napoleão em 1815. Os britânicos foram bem-sucedidos em muitos dos conflitos nos quais se envolveram, com exceção da Independência Americana (1775-1783), quando a Grã-Bretanha - sem aliados - foi derrotada pelas forças da colônia, que contaram então com o apoio de França, Países Baixos e Espanha. Ao longo da história, o Reino Unido investiu fortemente em sua Marinha Real por questões de segurança externa, buscar mantê-la como a mais poderosa frota marítima de todo o planeta. O domínio britânico sobre os mares foi vital para a formação do Império Britânico, o que foi alcançado através da manutenção de uma marinha de guerra mais numerosa do que as duas seguintes combinadas, isto até a entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial. A maioria dos historiadores concordam que o governo do Marquês de Salisbury no fim do século XIX, durante o reinado de Rainha Vitória, foi decisivo paavemente sobre a economia britânica e, após 1945, o Império Britânico passou a desintegrar-se gradualmente, com muitos de seus territórios buscando independência. Durante a década de 1950, o poder global britânico foi ofuscado pelo crescimento dos Estados Unidos e da União Soviética no cenário política internacional. Muitas das ex-colônias britânicas foram a Comunidade das Nações, uma organização composta de nações independentes ainda ligadas ao Reino Unido. O país finalmente voltou sua atenção ao continente europeu com sua junção à União Europeia. Após os anos 1930, a Grã-Bretanha pôs termo à sua política de "isolamento esplêndido", passando a desenvolver relações amigáveis com os Estados Unidos e alguns países europeus - como a própria França, Alemanha[12][13][14][15][16] e Rússia. A chamada "Relação Especial" com os Estados Unidos foi forjada mais notadamente a partir da década de 1940 e têm sido preservada até os dias atuais, pesando sobre a Guerra Fria e, mais recentemente, a Guerra ao Terrorismo. História recenteCom o fim da Segunda Guerra Mundial, o Reino Unido reduziu significantemente seus domínios ultramarinos. Praticamente, todas as colônias britânicas conquistaram sua independência desde então. O Reino Unido também reduziu seus interesses para com o Oriente Médio, especialmente após a Crise do Suez, que marca o fim de sua posição como superpotência. Contudo, o Reino Unido fortaleceu os laços militares com os Estados Unidos e França e aproximou-se da Alemanha, gerando a Organização do Tratado do Atlântico Norte. Após décadas de debates, em 1973 os britânicos juntaram-se à Comunidade Econômica Europeia. No entanto, com o passar dos anos não se alinhou às políticas da União, mantendo-se afastado economicamente da Zona do Euro. Em 2016, após um referendo, o Reino Unido decidiu desligar-se da União Europeia. Atualmente, o governo britânico têm investido em estabelecer bases militares no Golfo Pérsico, mais especificamente nos Emirados Árabes Unidos e no Bahrein. Uma aproximação militar com Omã também têm sido pauta do governo nos anos recentes. Participação em conflitosDesde o fim da Segunda Guerra Mundial, o Reino Unido envolveu-se nos seguintes conflitos:
Disputas internacionais
Relações bilateraisAméricas
EuropaO Reino Unido têm mantido relações positivas com o restante da Europa desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Tornou-se membro da Comunidade Econômica Europeia em 1973, o que eventualmente evoluiu para a União Europeia mais de duas décadas depois.[24] Apesar de não ter integrado a Zona do Euro, o Reino desempenhou um papel importante na região enquanto parte da União Europeia.[25] Contudo, especialistas definem o papel britânico como "peculiar" dentro da organização. O Reino Unido possui uma aliança centenária com a França, através da Entente Cordiale, reafirmada com a assinatura dos Tratados de Londres em 2010, assim como através do apoio logístico britânico durante a Guerra Civil na Líbia a partir de 2011. Referências
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