Nesta página estão apontados os resultados do Carnaval de São Paulo no ano de 2024. Os desfiles foram realizados entre os dias 3 e 12 de fevereiro de 2024.
A Mocidade Alegre conquistou seu décimo segundo título de campeã no carnaval paulistano e o segundo bicampeonato na história com um desfile sobre as expedições do poeta Mário de Andrade pelo Brasil.[1] O enredo "Brasiléia Desvairada: a busca de Mário de Andrade por um país" foi desenvolvido pelo carnavalesco Jorge Silveira, que conquistou seu segundo título no Grupo Especial. A Dragões da Real somou a mesma pontuação final que a Mocidade, mas perdeu o título no critério de desempate. A escola fez um desfile sobre as realezas da África.[2] Somando a mesma pontuação, Tom Maior e Independente Tricolor foram rebaixadas para a segunda divisão.[3]
A Estrela do Terceiro Milênio venceu o Grupo de Acesso 1 com um enredo sobre a mitologia iorubá da criação do mundo na visão de Vovó Cici, retornando ao Grupo Especial após ter sido rebaixada no carnaval anterior. Vice-campeã, a Colorado do Brás também foi promovida à primeira divisão depois de dois anos com um desfile sobre o Mandacaru.[4]Torcida Jovem e Pérola Negra foram rebaixadas para a terceira divisão.[5]X-9 Paulistana venceu o Grupo de Acesso 2, retornando a segunda divisão junto com a vice-campeã Unidos de São Lucas.[6]Brinco da Marquesa venceu o Grupo Especial de Bairros, Saudosa Maloca conquistou o Acesso 1 de Bairros, Penha foi a campeã do Acesso 2 de Bairros e a Cacique do Parque venceu o Acesso 3 de Bairros.
Pelo segundo ano consecutivo, a TV Globo e a TV Brasil dividem os direitos de transmissão em rede nacional dos desfiles das escolas de samba, com a primeira transmitido as apresentações do Grupo Especial (a qual já realiza a cobertura desde a década de 70) e a segunda as apresentações do Grupo de Acesso I e II.[7][8] A cobertura da apuração do Grupo Especial ficou limitada para a TV Globo São Paulo e afiliadas paulistas pela quinta vez consecutiva, enquanto que o restante do país pôde acompanhar pelo Globoplay, G1 e GloboNews.
A ordem dos desfiles foi definida através de sorteio realizado no dia 20 de junho de 2023 na Fábrica do Samba. Seguindo o regulamento do ano, a campeã de 2023, Mocidade Alegre, pôde escolher a posição de desfile dentro do dia em que foi designada. A primeira noite de desfiles é aberta pela vice-campeã do Grupo de Acesso 1 do ano anterior, a Camisa Verde e Branco. A segunda noite de desfiles é aberta pela campeã do Grupo de Acesso 1 do ano anterior, Vai-Vai; Uma das mudanças anunciadas para este carnaval, é que as escolas que fecharem em décimo primeiro e décimo segundo lugar encerram as apresentações nos dois dias de desfiles. Ou seja, a Rosas de Ouro encerra as apresentações da primeira noite e a Acadêmicos do Tucuruvi encerra a segunda noite. Após o sorteio foi permitido que as escolas negociassem a troca de posições dentro de cada noite.[9]
OBS.: A menor nota de cada quesito foi descartada.
Classificação
A Mocidade Alegre conquistou seu décimo segundo título de campeã do Grupo Especial paulistano e o segundo bicampeonato de sua história com um desfile sobre as expedições do poeta Mário de Andrade pelo Brasil.[10] O enredo "Brasiléia Desvairada: a busca de Mário de Andrade por um país" foi desenvolvido pelo carnavalesco Jorge Silveira, que conquistou seu segundo título no Grupo Especial. A escola atingiu a pontuação máxima, tendo apenas duas notas abaixo da máxima, que, seguindo o regulamento do concurso, foram descartadas. Com a vitória, a Mocidade tornou-se isoladamente a segunda escola com mais títulos, superando a Nenê de Vila Matilde e ficando atrás apenas do Vai-Vai.
Dragões da Real somou a mesma pontuação final que a Mocidade Alegre. O desempate foi nas notas descartadas, onde a Dragões recebeu um 9,9 do primeiro jurado do quesito Harmonia. A escola falou sobre as realezas da África.[11] Foi o terceiro vice-campeonato da escola em sete anos. Pela segunda vez a escola perde o título no desempate, algo que aconteceu também em 2017. Terceira colocada, a Acadêmicos do Tatuapé desfilou com um enredo sobre o município baiano de Mata de São João. Com um desfile sobre o infinito, os Gaviões da Fiel se classificaram em quarto lugar. A Mancha Verde conquistou a última vaga do Desfile das Campeãs realizando um desfile sobre a agricultura no Brasil.
Sexto colocado, o Império de Casa Verde homenageou a cantora Fafá de Belém. A escola ficou sem uma nota no quesito Evolução após a jurada Bia Cagliani esquecer de lançar a pontuação para a agremiação. A LigaSP decidiu atribuir a nota através de uma média aritmética, com a escola ficando com um dez no cálculo total.[12] Com um desfile sobre a filosofia Ifá, Acadêmicos do Tucuruvi se classificou em sétimo lugar. De volta ao Grupo Especial, o Vai-Vai se classificou em oitavo lugar com um enredo sobre a cultura hip-hop no Brasil. A escola causou polêmica ao apresentar uma ala que retratava policiais como demônios, numa referência ao álbum Sobrevivendo no Inferno, do Racionais MC's. Políticos defenderam o corte de subvenção pública para a agremiação.[13] Com um desfile em exaltação ao seu cinquentenário, o Barroca Zona Sul obteve o nono lugar. O Águia de Ouro se classificou em décimo lugar com um desfile sobre a história do rádio no Brasil e o comunicador Eli Corrêa. Décima primeira colocada, o Rosas de Ouro homenageou os 70 anos do Parque Ibirapuera. De volta ao Grupo Especial, após o vice-campeonato do Grupo de Acesso 1 no ano anterior, o Camisa Verde e Branco se classificou em décimo segundo lugar com um desfile sobre o orixá Oxóssi, padroeiro da agremiação, e a ascensão dos negros ao longo da história. Um dos homenageados do enredo, o ex-jogador Adriano Imperador desfilou na última alegoria.[14] Somando a mesma pontuação, Tom Maior e Independente Tricolor foram rebaixadas para a segunda divisão. Após sete anos consecutivos na primeira divisão, a Tom Maior foi rebaixada para o Grupo de Acesso 1. Penúltima colocada, a escola realizou um desfile sobre Aysú, uma história de amor entre Abeté e Anahi, que é a versão indígena de uma representação clássica de Orfeu e Eurídice. A Independente Tricolor foi rebaixada para a segunda divisão, após dois anos consecutivos no Grupo Especial. Última colocada, a escola realizou um desfile sobre as mulheres guerreiras Agojie.
Diego e Natalia (Mocidade Alegre - Especial) Jefferson e Karina (Mocidade Unida da Mooca - Acesso 1) Fabiano e Sandra (Primeira da Cidade Líder - Acesso 2)
Ana Beatriz Godoi (Rosas de Ouro - Especial) Sávia David (Vila Maria - Acesso 1) Ariê Suyane (Imperatriz da Paulicéia - Acesso 2)
Passistas
Rosas de Ouro (Especial) Pérola Negra (Acesso 1) Unidos de São Lucas (Acesso 2)
Grupo de Acesso 1 - LigaSP - Sambódromo do Anhembi
Classificação
Estrela do Terceiro Milênio venceu o Grupo de Acesso 1 e foi promovida ao Grupo Especial, de onde foi rebaixada no carnaval anterior. A escola realizou um desfile sobre a mitologia iorubá da criação do mundo na visão de Vovó Cici. Vice-campeã, a Colorado do Brás também foi promovida à primeira divisão, de onde estava afastada desde 2022. A escola realizou um desfile sobre o Mandacaru.
Estreando no Grupo de Acesso 1 após ser vice-campeã da terceira divisão no ano anterior, a Dom Bosco de Itaquera se classificou em terceiro lugar com um desfile em que apresentava a Região Nordeste como um reino independente do Brasil. Quarta colocada, a Unidos de Vila Maria realizou um desfile sobre o orixá Ogum. Homenageando a cantora e compositora Lia de Itamaracá, Nenê de Vila Matilde obteve o quinto lugar. Sexta colocada, a Mocidade Unida da Mooca homenageou a professora e escritora Helena Theodoro. De volta à segunda divisão após vencer o Grupo de Acesso 2 no ano anterior, a Torcida Jovem foi rebaixada de volta para a terceira divisão. A escola terminou na penúltima colocação com um desfile sobre a origem da cultura afro brasileira através dos povos da nação Bantu. Última colocada, a Pérola Negra também foi rebaixada com um desfile sobre as quebradeiras de coco babaçu. A última vez que a escola esteve na terceira divisão foi em 1988, quando venceu o então Grupo 1. Desde então a escola vinha se alternando entre o Grupo Especial e a segunda divisão.
Grupo de Acesso 2 - LigaSP - Sambódromo do Anhembi
Classificação
X-9 Paulistana foi campeã com seis décimos de diferença para a Unidos de São Lucas. Com a vitória, a escola garantiu seu retorno à segunda divisão, de onde foi rebaixada no ano anterior. A escola realizou um desfile em homenagem ao Nordeste e ao poeta Patativa do Assaré. Vice-campeã, a Unidos de São Lucas também conquistou acesso à segunda divisão, de onde estava afastada desde 2012. A escola engatou uma sequência de acessos consecutivos iniciada em 2022, quando foi campeã do Grupo de Acesso 1 de Bairros, e em 2023, quando venceu o Grupo Especial de Bairros. A São Lucas fez um desfile sobre grandes líderes e heróis e superou o Morro da Casa Verde nos critérios de desempate. Últimas colocadas, Uirapuru da Mooca, Unidos de São Miguel e Amizade Zona Leste foram rebaixadas para a quarta divisão, organizada pela UESP
Eduardo Basílio - Um Mar de Rosas de Ouro do Quilombo da Brasilândia para o Mundo
267,6
Grupo Especial de Bairros - UESP - Butantã
Classificação
Brinco da Marquesa venceu o Grupo Especial de Bairros. Com a vitória, a escola foi promovida ao Grupo de Acesso 2, de onde foi rebaixada no ano anterior. Vice-campeã, a Raízes do Samba também foi promovida à terceira divisão, chegando ao desfile do Anhembi pela primeira vez, aos nove anos de existência.
↑A Unidos de Guaianases foi penalizada com a perda de 0,3 ponto por não desfilar com o mínimo de alegorias exigido.
↑A TUP foi penalizada com a perda de 1,8 ponto por não desfilar com a quantidade mínima de componentes.
↑A União Independente da Zona Sul foi punida com a perda de 0,4 ponto
↑Dragões de Vila Alpina foi punida com a perda de 0,2 ponto pela não entrega de documentos no prazo
↑Explosão da Zona Norte foi punida com a perda de 0,6 pontos por não desfilar com o mínimo de Baianas exigido
↑Só Vou se Você For foi punida com a perda de 0,3 ponto por não desfilar com o mínimo de alegorias exigido
↑A Império do Samba foi punida com a perda de 1,0 ponto por não desfilar com o mínimo de componentes exigido
↑O Quilombo Asas da Liberdade foi punido com a perda de 1,6 ponto por não cumprir com o mínimo de componentes exigido
↑Folha verde foi punida com a perda de 3,0 pontos por atraso na entrega de documentos, desfilar sem cumprir com o mínimo de baianas e desfilar sem cumprir com o mínimo de componentes
↑A Primeira da aclimação foi desclassificada devido à não entrega de documentos de relações institucionais
↑O Caprichosos da Zona Sul foi punido com a perda de 1,2 ponto por desfilar com número de componentes abaixo do mínimo
↑O Unidos do Pé Grande foi punido com a perda de 2,7 pontos por não cumprir com o mínimo de componentes e com o mínimo de bateria