Revolta árabe de 1936–1939
A Revolta Árabe de 1936–1939 ou Grande Revolta Árabe foi uma revolta nacionalista árabe, contra o domínio colonial britânico e a imigração judaica em massa, na área do Mandato Britânico da Palestina.[1] A revolta teve duas fases distintas.[2] A primeira foi dirigida principalmente pela Alta Comissão Árabe, urbana e elitista, e se concentrou principalmente em torno de greves e outras formas de protesto político.[2] Em outubro de 1936, esta fase havia sido derrotada pela administração civil britânica, mediante uma combinação de concessões políticas, diplomacia internacional (envolvendo os governantes do Iraque, Arábia Saudita, Transjordânia e Iémen)[3] e a ameaça da lei marcial.[2] A segunda fase, que começou no final de 1937, foi um movimento de resistência violento, liderado por camponeses que cada vez mais tinham como alvo as forças britânicas.[2] Durante esta fase, a rebelião foi brutalmente reprimida pelo Exército Britânico e a Força de Polícia Palestina usando medidas repressivas que eram destinadas a intimidar a população árabe e minar o apoio popular à revolta.[2] De acordo com números oficiais britânicos que cobrem toda a revolta, o exército e a polícia mataram mais de 2 000 árabes em combate, 108 foram enforcados,[4] e 961 morreram por causa de "gangues e atividades terroristas".[3] Em uma análise das estatísticas britânicas, Walid Khalidi estimou 19 792 baixas para os árabes, com 5 032 mortos: 3 832 mortos pelos britânicos e 1 200 mortos por causa do "terrorismo", e 14 760 feridos.[3] Mais de dez por cento da população adulta masculina árabe palestina entre 20 e 60 anos foi morta, ferida, presa ou exilada.[5] As estimativas do número de judeus palestinos mortos variam de 91[6] a "várias centenas".[7] Embora a Revolta árabe de 1936-1939 na Palestina não tivesse sido bem sucedida, suas conseqüências afetaram o resultado da Guerra árabe-israelense de 1948.[8] Referências
Ligações externas
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