São José do Rio Claro
São José do Rio Claro é um município brasileiro do estado de Mato Grosso. Localiza-se a uma latitude 13º26'48" sul e a uma longitude 56º43'17" oeste, estando a uma altitude de 350 metros. Com uma área de 4533,01 km² e população, conforme estimativas do IBGE de 2018, de 20 312[6] habitantes, possui uma densidade demográfica de 3,77 hab/km².
História
O território do atual município de São José do Rio Claro era habitado por quatro povos indígenas: os Pareci (que se auto-denominavam Haliti), os Arino, os Tapaiúna e Rikbákta.
Os Pareci, que falavam um idioma Arwak-nu-arwák, habitavam a região denominada Chapada ou Planalto dos Parecis, que tem como local sagrado de origem a região de Ponte de Pedra (atual município de Nova Maringá). Segundo a cosmovisão Pareci, os humanos moravam dentro de uma grande pedra, que foi aberta pelo pica-pau-anão e pela arara, para que Wazare saísse e chefiasse os Pareci.
Sobre os Arino se sabe apenas que viviam nas proximidades do rio Arinos, que recebeu seu nome em sua homenagem. Já sobre os Tapaiúna sabe-se que chegaram à região no século passado.
O povo auto-denominado Rikbakta, chamado pelos seringueiros de "Canoeiros de Mato Grosso", provavelmente, também chegou à região no mesmo período. Talvez sejam os Apanauria que são mencionados nos mapas.
No final da década de 1730, o rio Arinos foi palco de movimentação de garimpeiros. A partir de 1746, foi usado por João de Souza Azevedo para chegar até o Pará. E um século depois, foi usado por seringueiros e, mais tarde, por colonizadores. Assim, Arinos foi um dos rios mais importantes para a história do estado do Mato Grosso.
A primeira iniciativa de colonização nesta região foi empreendida em 1953, por Anízio José Moreira e Tarley Rossi Vilela, proprietários da área da atual Fazenda Rio Parecis. No ano seguinte, Jacinto Borges e Anísio Castilho adquiriram lotes adquiridos Estado e instalaram a Gleba Massapé (posteriormente, renomeada São José do Rio Claro, em virtude da devoção a São José e pelo rio Claro, que passa nas proximidades). Em 1958, as terras foram desmatadas e as primeiras edificações foram construídas. Em 1958, o Padre Jacob Teodoro Weber celebrou a primeira Missa.
Em 1966, Domingos Briante e Pedro Coelho Portilho, em sua busca por palmitais, adquiriram e lotearam a gleba, comercializando os lotes. Nesse momento a população local começou a crescer.
Em 17 de junho de 1972, o Programa de Incentivo à Produção de Borracha Natural (PROBOR) foi implantado na região. Os vastos seringais locais deram a São José do Rio Claro o título de “Capital da Borracha”.
Em 04 de junho de 1976 (Lei nº 3.734), São José do Rio Claro foi elevado a distrito de Diamantino e, em 20 de dezembro de 1979 (Lei nº 4.161) foi elevado a município com o nome de "Rio Claro". Como a nova denominação não foi bem aceita pela população, em 19 de novembro de 1986 (Decreto-Lei nº 4.294), retornou à denominação de "São José do Rio Claro".
Somente mais de um ano depois, em 31 de janeiro de 1981, um primeiro administrador foi designado para a cidade, José Garcez Munhon, que administrou o município entre 02/02/1981 e 31/01/1983. A prefeitura foi instalada em 02/05/1981 e, nas eleições de 15/11/1982, o primeiro prefeito foi eleito de forma direta, Lourival Rezende Monteiro, cujo mandato durou entre 15/03/1983 e 31/12/1988.
Clima
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de 1995 a 2016, a menor temperatura registrada em São José do Rio Claro foi de 3,7 °C em 13 de maio de 2010,[7] e a maior atingiu 41,3 °C em 10 de setembro de 2020.[8] O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 172,2 milímetros (mm) em 6 de novembro de 2011.[9] Fevereiro de 2014, com 577,5 mm, foi o mês de maior precipitação.[10]
Dados climatológicos para São José do Rio Claro
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Mês
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Jan
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Fev
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Mar
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Abr
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Mai
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Jun
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Jul
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Ago
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Set
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Out
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Nov
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Dez
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Ano
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Temperatura máxima recorde (°C)
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37,2
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36
|
36
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36,5
|
35,8
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36,6
|
39,1
|
39,8
|
41,3
|
40,6
|
38
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38,4
|
41,2
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Temperatura máxima média (°C)
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31,6
|
31,6
|
32
|
32,3
|
31,7
|
32,4
|
33
|
34,9
|
34,8
|
34,1
|
32,8
|
31,7
|
32,7
|
Temperatura mínima média (°C)
|
21,6
|
21,6
|
21,6
|
20,5
|
17,9
|
15,7
|
14,4
|
15,5
|
18,8
|
20,6
|
21,4
|
21,2
|
19,2
|
Temperatura mínima recorde (°C)
|
15,1
|
17,7
|
18,1
|
12,6
|
3,7
|
8,9
|
7,7
|
7,6
|
11,3
|
12
|
13,5
|
11,8
|
3,7
|
Precipitação (mm)
|
335,2
|
252
|
218,6
|
90,6
|
28
|
13,7
|
4,1
|
4,9
|
53
|
141,1
|
199,5
|
281
|
1 621,7
|
Umidade relativa compensada (%)
|
90,2
|
91
|
89,9
|
88,2
|
84,4
|
81,3
|
76,8
|
72,9
|
76,2
|
82,7
|
87,1
|
89,2
|
84,2
|
Insolação (h)
|
126,3
|
125,6
|
153,4
|
196,3
|
215,8
|
227,9
|
262,7
|
240
|
148,1
|
170,7
|
151,6
|
129,6
|
2 148
|
Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) (normal climatológica de 1981-2010;[11] recordes de temperatura: 01/04/1995 a 31/01/2016)[7][8]
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Referências
Ligações externas
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