Esta Série entrou ao serviço entre 2004 e 2005 e foi criada a partir da modernização das automotoras das séries 2100 e 2200 da CP, que por sua vez entraram ao serviço nas décadas de 1970 e 1980.[4] Do conjunto original de 57 unidades, encontram-se ao serviço 51, em dados de 2023.[5]
História
Estas automotoras foram criadas a partir da modernização das séries 2100 e 2200.[1] O processo de modernização decorreu entre 2003[6] e 2005,[7] (2003: 2241-2252; 2004: 2253-2276; 2005:2277-2297)[5] tendo a nova série entrado ao serviço entre 2004 e 2005.[4]
Em Setembro de 2009, foi reaberto o serviço Regional de passageiros entre Setil e Coruche, na Linha de Vendas Novas, utilizando estas automotoras.[8] Estes serviços foram encerrados em 1 de Outubro de 2011, devido à reduzida procura.[9]
Em 24 de Julho de 2011, aquando da reabertura da Linha do Alentejo após obras de modernização, estava prevista a introdução das automotoras desta série, após serem remodeladas, nos comboios Intercidades, mas a operadora Comboios de Portugal decidiu colocar composições rebocadas por locomotivas da Série 5600 a fazer estes serviços.[10]
Em Outubro do mesmo ano, estava prevista a sua instalação na Linha da Beira Baixa, para substituir as locomotivas da Série 5600 com carruagens nos serviços Intercidades entre Lisboa e Covilhã.[2] Neste sentido, o interior de três automotoras (2295-2297)[5] foi remodelado, de forma a oferecer um nível de conforto semelhante ao que era prestado nas carruagens.[2] As automotoras entraram ao serviço no dia 1 de Novembro,[11] embora esta medida tenha provocado várias reclamações por parte dos passageiros, que consideraram que a qualidade do serviço tinha diminuído.[12][13][14][15][16][17] Uma das queixas mais comuns foi a falta de cortinas nas janelas.[11] Apesar destas reclamações, o Ministério da Economia declarou, em Maio de 2012, que as automotoras eram adequadas para os serviços Intercidades, e que tinham condições de comodidade para os passageiros, devido principalmente às modificações operadas em 2011, que vieram trazer mais conforto e melhores acessos para pessoas com mobilidade reduzida.[6][18] Nesse mês, uma das automotoras foi temporariamente retirada do serviço para manutenção, tendo sido substituída por uma composição de locomotiva e carruagens, medida que foi aplaudida pelos passageiros.[19][15][20]
Em julho de 2014 passaram a realizar os serviços suburbanos na Linha do Sado, cinco anos depois da eletrificação da linha e da entrada em funcionamento das automotoras da série 2300 e da série 2400 da CP. No mesmo ano encontravam-se a efetuar alguns comboios na Linha da Azambuja, no percurso Lisboa-Santa Apolónia - Castanheira do Ribatejo, sem contudo se registarem alterações nos horários.
Em 2021 voltam à Linha da Beira Baixa, contudo desta vez como serviço Regional e não Intercidades.[21]
A partir do dia 15 de dezembro de 2024, estas automotoras foram substituídas pelas séries 2300 e 2400 da CP no serviço da Linha do Sado, 10 anos após ter substituído essas mesmas automotoras.[22][23]
Caracterização
Esta série é composta por 57 automotoras,[4] em composição de Unidade Tripla Eléctrica, que realizam serviços regionais (R) e inter-regionais (IR)[1] da operadora Comboios de Portugal.[15] Podem atingir uma velocidade máxima de 120 km/h,[4] dispõem de uma potência de 1281 kW, e apresentam um esforço de tracção de 117 kN.[1] Funcionam a tracção eléctrica, e o tipo de transmissão utilizado é eléctrico assíncrono.[4] O tipo de tensão é de 25 kV ~ 50 Hz.[1] Um total de 27 destas automotoras foi mais tarde[quando?] equipado com elevador de acesso a cadeiras de rodas.[5]
REIS, Francisco ; GOMES, Rosa; Gomes, Gilberto; et al. (2006). Os Caminhos de Ferro Portugueses 1856-2006. [S.l.]: CP-Comboios de Portugal e Público-Comunicação Social S. A. 238 páginas. ISBN989-619-078-X !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
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