Termoformados
Termoformagem é um termo utilizado para designar os métodos de transformação de polímeros efetuados por meio do aquecimento de chapas termoplásticas, com posterior moldagem por pressão positiva ou negativa (INNOVA, 2019[1]; MALPAGA, 2012 p. 13 e 14[2]; PICKLER, 2016 p. 31[3]; SULPLAST, 2019[4]). Em todas as modalidades de termoformagem, a espinha dorsal produtiva pode ser estabelecida com base nas seguintes etapas: 1) posicionamento da chapa termoplástica na estrutura de moldagem; 2) aquecimento da chapa termoplástica até sua temperatura vítrea (tg); 3) conformação do material por pressão negativa ou positiva; 4) resfriamento; 5) extração do produto (INNOVA, 2019[1]; PICKLER, 2016 p. 37[3]; SULPLAST, 2019[5]). A diferença entre os processos termoformados reside na fase de conformação, que pode ser efetuada por movimentação mecânica negativa ou positiva em relação ao molde, sucção a vácuo (pressão negativa), compressão (pressão positiva) ou atividade combinada de mais de uma destas ações (OLIVEIRA, 2015[6]).
Principais métodos de termoformagemDe acordo com Mundo do Plástico (2018)[7], os principais métodos de termoformagem são: - Vacuum forming (Moldagem a vácuo); - Vacuum casting (Molde com macho e fêmea); - Press forming (Moldagem por pressão). Dentre eles, o mais empregado na indústria de transformação é o vacuum forming, que possibilita o desenvolvimento de itens com precisão técnica, elevada resistência mecânica, espessura variável e boa relação custo/benefício, quando comparado a outros processos de transformação do plástico (MUNDO DO PLÁSTICO, 2018[7]; SULPLAST, 2019[5]). Em função de suas vantagens, produtos termoformados são usados por diversos setores industriais como: automotivo, refrigeração, máquinas agrícolas, construção civil, embalagens, aeronaves e muitos outros (OLIVEIRA, 2015[6]; SULPLAST, 2019[5]).
Principais matérias-primas utilizadasDiversos tipos de materiais termoplásticos podem ser utilizados nos processos de termoformagem, de acordo com as exigências de cada projeto. Mas segundo Pickler (2016, p. 36)[3], entre as principais matérias-primas usadas, é possível citar: - Polipropileno (PP); - Acrolonitrila-Butadieno-Estireno (ABS); - Poliestireno (PS); - Polimetacrilato de metila (PMMA); - Policarbonato (PC); - Polietileno (PE); - Policloreto de vinila (PVC). Além disso, também podem ser efetuadas misturas entre dois materiais como ABS+PMMA ou adicionar aditivos como cargas e reforços, para se conseguir potencializar determinadas propriedades como resistência UV, leveza, resistência mecânica, elasticidade, estabilidade dimensional, dentre outras (BRASKEN, 2002[8]; COSTA, 2019[9]; SULPLAST, 2019[5]).
História da termoformagemEmbora as primeiras iniciativas de termoformagem remontem à moldagem de carapaças de tartaruga (queratina) para confecção de recipientes para comida, por parte de povos pré-históricos do Egito e da Micronésia, processos menos artesanais surgiram apenas na década de 1870, quando John Wesley Hyatt e Charles Burroughs, passarama conformar nos EUA, chapas de celuloide ou nitrato de celulose em moldes de aço (PICKLER, 2016 p. 31[3]). Mas segundo Pickler (2016, p. 32)[3], a termoformagem moderna se desenvolveu no período da 2ª Guerra Mundial, quando: “pesquisas em resinas de termoplásticos permitiram a comercialização da extrusão de PVC (policloreto de vinila), PS (poliestireno) e o desenvolvimento do PMMA (acrílico)”. Em processo de evolução ao longo dos anos, atualmente a termoformagem é utilizada para produzir itens como pára-choques, painéis, carenagens e proteções automotivas, forros e tampas de refrigeradores, além de muitos produtos presentes no dia-a-dia (PICKLER, 2016 p. 32[3]; SULPLAST, 2019[5]).
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