Tim Berners-Lee
Timothy John Berners-Lee KBE, OM, FRS (TimBL ou TBL) (Londres, 8 de junho de 1955[1]) é um físico britânico, cientista da computação e professor do MIT. É o criador da World Wide Web, tendo feito a primeira proposta para sua criação a 12 de março de 1989.[2][3] Em 25 de dezembro de 1990, com a ajuda de Robert Cailliau e de um jovem estudante do CERN, implementou a primeira comunicação bem-sucedida entre um cliente HTTP e o servidor através da internet. Berners-Lee é o diretor do World Wide Web Consortium (W3C), que supervisiona o desenvolvimento continuado da web. Também é o fundador da World Wide Web Foundation e é pesquisador sênior, titular e fundador da cadeira de 3Com no Laboratório de Inteligência Artificial e Ciência da Computação do MIT (CSAIL).[4] É um diretor da The Web Science Research Initiative (WSRI)[5] e um membro do conselho consultivo do Centro de Inteligência Coletiva do MIT.[6][7] Em abril de 2009, foi eleito como membro da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, sediada em Washington, D.C.[8] Em 2011, foi nomeado como um membro do conselho de administração da Fundação Ford.[9] Em 2004, Berners-Lee venceu o Millennium Technology Prize,[10] o que lhe rendeu um milhão de euros.[11] Em 2017 foi agraciado pela Association for Computing Machinery (ACM) com o Prêmio Turing de 2016, considerado o "Nobel da Computação".[12] Vida e carreiraBerners-Lee nasceu em Londres, Inglaterra, filho de Conway Berners-Lee e Mary Lee Woods.[13] Estudou na escola primária Sheen Mount e depois na Emanuel School em Londres, de 1969 a 1973. Depois estudou no The Queen's College, em Oxford, de 1973 a 1976, onde diplomou-se em Física.[1] Enquanto atuava como um contratante independente no CERN, de junho a dezembro de 1980, Berners-Lee propôs um projeto baseado no conceito de hipertexto para facilitar a partilha e atualização de informações entre os pesquisadores.[14] Enquanto isso, ele construiu um protótipo de sistema denominado ENQUIRE. Depois de deixar o CERN, em 1980, foi trabalhar na John Poole's Image Computer Systems, Ltd, em Bournemouth, na Inglaterra, mas retornou ao CERN em 1984 como efetivo. Em 1989, o CERN foi o maior nó da internet na Europa, e Berners-Lee viu a oportunidade de unir hipertexto com internet: "Eu só precisei tomar a ideia de hipertexto e conectá-la às ideias de Transmission Control Protocol e Domain Name System e - ta-da! - a World Wide Web".[15] Ele escreveu a sua proposta inicial em março de 1989, e em 1990, com a ajuda de Robert Cailliau, produziu uma revisão que foi aceita pelo seu empresário, Mike Sendall. Ele usou ideias semelhantes àquelas subjacentes ao sistema ENQUIRE para criar a World Wide Web, para o que ele projetou e construiu o primeiro navegador da Web, que também funcionava como um editor (WorldWideWeb, rodando no sistema operacional NEXTSTEP) e o primeiro servidor Web, o CERN httpd (abreviação para HyperText Transfer Protocol daemon). O primeiro site foi construído no CERN e foi posto on line em 6 de agosto de 1991. Info.cern.ch foi o endereço do primeiro web site e servidor web da história, rodando em um computador NeXT no CERN. O primeiro endereço de página web foi http://info.cern.ch/hypertext/WWW/TheProject.html, centrada em informações sobre o projeto WWW. Visitantes poderiam aprender mais sobre hipertexto, detalhes técnicos para a criação de sua própria página web e até mesmo uma explicação sobre como pesquisar a Web para obter informações. Não há imagens da tela desta página original e, em qualquer caso, alterações foram feitas diariamente com a informação disponível na página WWW quando o projeto desenvolveu-se. Pode-se encontrar uma cópia mais tardia (1992) no website do World Wide Web Consortium. Havia uma explicação sobre o que a World Wide Web era e como alguém poderia usar um browser e configurar um servidor web.[16][17][18][19] Em 1994, Berners-Lee fundou o World Wide Web Consortium (W3C) no MIT. É composto por várias empresas que estavam dispostas a criar normas e recomendações para melhorar a qualidade na Web. Berners-Lee deixou sua ideia disponível livremente, sem patente e sem royalties devidos. O World Wide Web Consortium decidiu que as suas normas deveriam ser baseadas em tecnologia livre de royalties, de modo que pudessem ser facilmente adotada por qualquer um.[20] Em dezembro de 2004, aceitou uma cadeira de Ciência da Computação da Faculdade de Eletrônica e Ciências da Computação da Universidade de Southampton, na Inglaterra, para trabalhar em seu novo projeto, o Web semântica.[21] Em junho de 2009, o primeiro-ministro Gordon Brown anunciou que Berners-Lee iria trabalhar com o governo britânico para ajudar a tornar os dados mais abertos e acessíveis na Web, com base no trabalho da Força-Tarefa de Poder da Informação.[22] Foi também uma das vozes pioneiras em favor da neutralidade da rede[23] e manifestou a opinião de que provedores devem fornecer "conectividade sem restrições", e não deveriam nem controlar nem monitorar as atividades dos navegadores dos clientes sem o seu consentimento expresso.[24][25] Recentemente, Tim Berners-Lee foi considerado um dos maiores gênios vivos do mundo, segundo o levantamento "Top100 Living Geniuses", da consultoria Creators Synectics. O primeiro websiteO primeiro website que Tim Berners-Lee construiu - inicialmente unicamente com página de texto - foi no CERN e foi colocada online em 6 de agosto de 1991. Oferecia uma explicação sobre o que a World Wide Web era, como alguém poderia criar um navegador, como instalar e configurar um servidor web, e assim por diante. Foi também o primeiro diretório. Trabalho atualComentando sobre a abertura do Ordnance Survey dados em abril de 2010 Berners-Lee disse que
Em Novembro de 2009, Berners-Lee lançou a Fundação World Wide Web, a fim de "avançar a Web para capacitar a humanidade lançando programas transformadores que constroem capacidade local para alavancar a Web como um meio para uma mudança positiva". Berners-Lee é uma das vozes pioneiras em favor da neutralidade da rede, e manifestou a opinião de que os ISPs devem fornecer conectividade "sem amarras", e não deve controlar nem monitorar as atividades de navegação de clientes sem o seu consentimento expresso. Ele defende a ideia de que a neutralidade da rede é uma espécie de direito humano. As ameaças à Internet, tais como empresas ou governos que interferem no tráfego de Internet, comprometem os direitos básicos de rede humanos. Berners-Lee se juntou ao conselho de assessores da start-up State.com, com sede em Londres. Em maio de 2012, Berners-Lee é presidente do Instituto Open Data. A Aliança para Affordable Internet (A4AI) foi lançado em Outubro de 2013 e Berners-Lee lidera a coalizão de organizações públicas e privadas que inclui Google, Facebook, Intel e Microsoft. O A4AI visa tornar o acesso à Internet mais acessível para que o acesso é alargado no mundo em desenvolvimento, onde apenas 31% das pessoas estão online. Berners-Lee irá trabalhar com aqueles com o objetivo de diminuir os preços de acesso à Internet, para que caia abaixo da meta mundial da Comissão de Banda Larga da ONU de 5% da renda mensal. Encontro virtual com Edward SnowdenEm 18 de março de 2014, falando da Rússia via robô, Edward Snowden apareceu na conferência TED. Foi saudado e chamado de herói por Tim Berners-Lee, pelas revelações sobre a vigilância global pela NSA.[26][27] TrabalhosArtigo
Livro
Ver tambémReferências
Ligações externas
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