Topeka School
Topeka School [1] é um romance, de 2019, publicado pela editora Farrar, Straus and Giroux, escrito pelo romancista e poeta americano Ben Lerner, que narra a vida de um campeão de debates do ensino médio de Topeka, Kansas, na década de 1990. No Brasil, foi lançado em 2020, pela editora Rocco, com tradução de Maira Parula.[1] O livro é considerado um bildungsroman e uma obra de autoficção, já que a narrativa incorpora muitos detalhes da vida de Lerner.[2] O romance foi finalista do Prêmio Pulitzer de Ficção de 2020.[3] ContextoAssim como nas obras anteriores de Lerner, a narrativa traz elementos autobiográficos. Como o protagonista, Adam Gordon, Lerner cresceu em Topeka e venceu um campeonato nacional de debates no colégio, e como a mãe de Adam, Jane, a mãe de Lerner, Harriet Lerner, é uma psicóloga que publicou livros best-sellers voltados para leitores não acadêmicos.[4] Os críticos Rumaan Alam e Christine Smallwood referiram-se ao livro como um exemplo de autoficção.[5][4] Resumo da TramaO romance se passa em Topeka, Kansas, no final dos anos 1990,[6] e é narrado a partir da perspectiva de três personagens: Adam Gordon, um campeão de debates no ensino médio, e seus pais Jane e Jonathan, que são psicólogos em uma instituição local conhecida como Fundação. Estruturado a partir de uma narrativa não linear, o romance explora a preparação de Adam para um campeonato nacional de debates, seu relacionamento com sua namorada Amber, e a vida de seus pais. Um dos colegas de classe de Adam, Darren Eberheart, paciente do pai de Adam, também aparece em uma sequência de capítulos mais curtos. O capítulo final ocorre em 2019, e mostra Adam, então pai de duas meninas, com sua esposa levando a família para Topeka. RecepçãoDe acordo com o agregador de críticas literárias Book Marks, o romance obteve críticas em sua maioria positivas.[7] Escrevendo para o The Paris Review, Nikki Shaner-Bradford teceu elogios a prosa de Lerner.[8] Christine Smallwood, na revista Harper's, referiu-se a Lerner como uma "estilista de prosa extremamente talentosa, ao mesmo tempo teórica e coloquial".[4] Garth Risk Hallberg, no The New York Times Book Review, elegeu o romance como "um ponto alto na ficção americana recente".[9] O livro foi indicado como um dos dez melhores de 2019, pela New York Times Book Review [10] e pelo Washington Post.[11] TemasLerner descreve Topeka School como "uma violenta crise de identidade entre homens brancos" na década de 1990, que antecedeu a eleição de Donald Trump, em 2016.[2] Um dos principais conflitos do romance é entre o centrismo político predominante e a retórica do "fim da história", aceita em grande parte por Adam e seus pais cosmopolitas, com uma tendência à raiva da direita, expressa em sua forma mais extrema por os protestos da Igreja Batista Westboro, com sede em Topeka.[6] Os críticos também indicaram os temas da masculinidade tóxica (especialmente na subtrama de Darren), e o colapso da linguagem como meio de comunicação, simbolizado pela técnica de debate "difusão", na qual um debatedor tenta subjugar seu oponente com tantos argumentos quanto possível, independentemente do seu mérito.[4] Prêmios
Referências
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