Urandir Fernandes de Oliveira
Urandir Fernandes de Oliveira (Marabá Paulista, 1963)[1], conhecido pelo acrônimo UFO, é um empresário, ufólogo e autodenominado paranormal brasileiro. É conhecido pelas aparições na mídia brasileira sobre supostos contatos com seres extraterrestres. BiografiaComo empresário, atuou na área de construção civil.[2] Ele afirma que desenvolveu a paranormalidade com nove anos de idade, conseguindo manipular suas energias quatro anos mais tarde.[2] Urandir diz também que passou a ter contato com seres extraterrestres, tendo a missão de "ensinar as pessoas a desenvolver suas faculdades mentais".[2][3] Na década de 1990, Urandir passou a fazer palestras e também a aparecer em programas de televisão. Em 1995, chegou a ser entrevistado pelo programa Globo Repórter ao apresentar seus supostos poderes paranormais, como movimentar objetos e ligar e desligar televisores "com a força do pensamento".[4] Em 1998, ele afirmou ter criado um método que ensina a "transmutar emoções e energia sexual em vibracional".[3] Em 2000, Urandir reapareceu na mídia ao apresentar o Projeto Portal no município de Corguinho, no Mato Grosso do Sul.[5] Na época, ele afirmou que conseguiu 76 mil seguidores e núcleos em outras cidades do Brasil.[5] Urandir alegou que possuía dons de cura, além de dizer que estava preparando a humanidade para as mudanças da Terra e que possuía os "arquivos cósmicos dos humanos".[5] Em uma matéria publicada na revista IstoÉ, Urandir dizia poder convocar seres extraterrestres e exibir luzes nas mãos.[5] No mesmo ano, Urandir foi preso em Porto Alegre, sendo acusado de estelionato e falsidade ideológica.[6] Na época, ele foi acusado de venda ilegal de terrenos em Corguinho[6]. Ele pretendia erguer uma comunidade onde haveria vida harmônica com extraterrestres.[6] Em 2002, ocorreu uma negociação para levá-lo ao laboratório do norte-americano James Randi, que havia oferecido US$ 1 milhão para quem realmente provasse que tinha poderes paranormais.[4] As negociações acabaram não prosperando.[4] Urandir foi tema de uma reportagem do Domingo Espetacular, na Record, no dia 10 de outubro de 2010.[7] Em uma matéria de 21 minutos de duração, foi mostrado o funcionamento do Projeto Portal e um suposto contato com um extraterrestre chamado Bilu.[7] Ao ser perguntado pela reportagem sobre qual seria sua mensagem para a Terra, o ET Bilu disse: "Apenas busquem conhecimento".[7] O extraterrestre também foi tema de matéria do humorístico Custe o que Custar, exibido na Rede Bandeirantes.[8] O ET Bilu e a frase "busquem conhecimento" se tornaram um meme na internet brasileira.[8] O ufólogo é conhecido por posições controversas, como que a Terra seria convexa.[1][8][9] Mesmo assim, tornou-se uma personalidade reconhecida no estado do Mato Grosso do Sul, chegando a ser condecorado cidadão campo-grandense pela Câmara Municipal de Campo Grande, em 2019.[10] Na época, Urandir havia criado a Dakila Pesquisas, responsável pelo documentário "Terra Convexa".[11] O ufólogo também recebeu homenagens da Assembleia Legislativa do Mato Grosso do Sul e das Câmaras Municipais de Corguinho e Rochedo.[10] Uma das atividades da Dakila é a vila de Zigurats, localizada em Corguinho.[12][9] Nela, uma comunidade estuda diversos assuntos, como alienígenas e civilizações antigas, além de sustentar a teoria que nega o formato redondo da Terra.[9] Em 2022, Urandir voltou às manchetes após tornar viral a teoria conspiratória de Ratanabá, uma suposta cidade perdida na Amazônia que teria sido construída por extraterrestres há 450 milhões de anos.[1][13] O boato ganhou projeção após a página Choquei — conta existente no Twitter e no Instagram que costuma publicar notícias falsas, distorcidas ou sem checagem[14] — publicar aos seus seguidores sobre a tal "descoberta".[15] O assunto chegou ao topo de menções no Twitter e ganhou um salto nas buscas do Google.[16][17] Após enfrentar críticas, a Choquei apagou as postagens e se desculpou por divulgar o boato.[15] A teoria conspiratória também foi divulgada por Mário Frias, então secretário de cultura do governo Jair Bolsonaro.[18] Referências
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