Valdreu
Valdreu é uma povoação portuguesa sede da Freguesia de Valdreu do Município de Vila Verde, com 16,69 km² de área[1] e 434 habitantes (censo de 2021)[2], tendo, por isso, uma densidade populacional de 26 hab./km². DemografiaA população registada nos censos foi:[2]
ToponímiaA etimologia do nome «Valdreu» provém do étimo baixo latino Villa Baldoredi ou seja «a quinta ou herdade de Baldoredo».[5] Fazendo referência a Baldoredo, nome duma pessoa germânica (possivelmente suevo) tendo como origem a palavra Balths: Audaz.[6] HistóriaO antigo couto de Valdreu foi extinto pelo decreto de 6 de novembro de 1836.[7] Foi integrado no concelho de Pico de Regalados, extinto também em 1855 para formar o novo concelho de Vila Verde. Tinha, em 1801, 1.010 habitantes. A freguesia está ligada à freguesia de Moimenta em Terras de Bouro pela Ponte das Pesqueiras, sobre o Rio Homem, inaugurada a 23 de Setembro de 2008.[8][9] Personagens ilustres
LendasA lenda de CabaninhasCorria o ano de 1603, véspera de Santa Luzia. À quatro horas da tarde já estava escuro como breu. A chuva caia torrencialmente há vários dias, e parecia não querer dar tréguas. O estrondoso barulho dos trovões, acompanhados pela entrada da luz dos relâmpagos nas pobres casas, fazia estremecer de medo os habitantes de Cabaninhas. Nessa mesma noite, um mendigo bateu à porta de todas as casas desse lugar, na esperança de um bocado de pão e de um teto para se aquecer e secar os trapos que trazia colados ao corpo emagrecido. Por infelicidade, todas as portas se mantiverem fechadas com a exceção de um pobre casebre onde vivia uma viúva com os seus filhos de tenras idade. Minutos depois do mendigo ser acolhido, a tempestade aumentou violentamente. Um forte estrondo ecoou por todo o lado. Em grande aflição, mãe e filhos prostraram-se de joelhos no chão húmido de terra da casa, a implorarem a proteção de santa Bárbara. Como resposta Divina a tempestade acalmou e não se ouvia sequer um sopro. Movida pela curiosidade, a viúva abriu a porta e ficou aterrada com o que presenciou. Toda a aldeia tinha desaparecido, casa, árvores, animais e a grande penedia, tudo foi arrastado até ao rio Homem. Quando a mulher se voltou para o interior da casa o mendigo tinha-se sumido, como por magia. Reza a lenda, que o mendigo era Jesus Cristo, e devido à falta de caridade dos habitantes de Cabaninhas, quis mostrar o seu desagrado. Muito dos corpos dos habitantes encontrados nas areias do rio foram levados a enterrar na capela de S. Pedro e S. Brás que lhes ficam nas imediações. A partir desse acontecimento, o lugar de Cabaninhas ficou conhecido por Cabaninhas da Quebrada, topónimo que se mantém até aos dias de hoje.[13] Património edificado/Natural
LugaresA Freguesia de Valdreu tem os seguintes lugares: Bezeguimbra, Bodoval, Cabaninhas, Campo, Carrazedelo, Casal, Cela, Covelo, Costa, Gouvim, Guarda, Guilhamil, Lordelo, Mixões de Baixo, Mixões de Cima, Mosteiro, Posto Maior, Quintães, Roda, Serrinha, e Uveiras. Bênção dos AnimaisTodos os anos, no domingo anterior ao dia 13 de junho, no mosteiro de Santo António de Mixões da Serra, há missa campal com no fim a benção dos animais presentes no terreiro (cavalos, vacas, cães, gatos...). Essa tradição é secular, uma primeira capela dedicada a Santo António foi erguida em 1607[14], por alguns pastores em promessa, pela proteção do Santo aos seus rebanhos que escaparam as pragas e dos lobos que dizimaram a região. De 1916 até 1952, decorreram as obras da nova igreja, destruindo infelizmente a capela. A tradição hoje, ainda é bem viva, pelo trabalho do falecido Padre António Marques (grande defensor dos animais e da natureza), que dedicou muitos livros para valorizar e divulgar essa curiosa tradição.[15] Bibliografia
Referências
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