Yusra Mardini
Yusra Mardini Embaixador(a) da boa vontade da ACNUR (Damasco, 5 de março de 1998) é uma nadadora síria residente em Berlim, Alemanha, participante do time de Atletas Olímpicos Refugiados (código COI: ROT, Refugee Olympic Team) sob a bandeira olímpica nos Jogos Olímpicos de Verão de 2016 no Rio de Janeiro e nos Jogos Olímpicos de Verão de 2020, em Tóquio.[1][2] BiografiaCriada em Damasco, Mardini treinou com o apoio do Comitê Olimpico sírio.[3] Em 2012, Mardini representou a Síria no Campeonato Mundial de Natação em Piscina Curta em várias modalidades: 200m medley, 200 m livre e 400 m livre.[4] A casa de Mardini foi destruída na Guerra Civil Síria.[5] Yusra e sua irmã, Sarah, decidiram fugir da Síria em agosto de 2015.[6] Chegaram ao Líbano, passaram pela Turquia, onde arranjaram um modo para serem levadas à Grécia em bote com outros 18 refugiados,[6] ainda que o bote tivesse sido projetado para levar não mais que seis ou sete pessoas.[3] Após o motor ter parado de funcionar e começar a se encher de água no Mar Egeu, Mardini, sua irmã, e duas outras pessoas que eram capazes de nadar,[3] entraram n'água e empurraram o bote por mais de três horas, até que chegassem à ilha de Lesbos.[6] Quando se deslocaram pela Europa rumo à Alemanha, onde estabeleceram-se em Berlim em setembro de 2015.[3] Seus pais também fugiram da Síria e vivem na Alemanha.[7] Carreira na nataçãoMardini continuou seu treinamento no clube Wasserfreunde Spandau 04, com esperanças de obter a qualificação para os Jogos Olímpico.[3][6] Ela tentou se classificar no evento de nado livre de 200 metros.[5] Em junho de 2016, Mardini foi um dos dez atletas selecionados para o ROT.[8] Mardini competiu nos 100 metros livre e 100 metros borboleta nos Jogos Olímpicos de 2016 no Rio.[9] Nas Olimpíadas do Rio, Mardini venceu uma bateria de 100m contra quatro outros nadadores, com o tempo de 1:09:21 ficando em 41º lugar entre os 45 participantes.[10][11][12] Yusra também competiu nas Olímpiadas de Tóquio de 2020, onde foi porta-bandeira na cerimônia de abertura do evento. Nos Jogos, Mardini fez um tempo de 1:06.78 no nado de borboleta nas rodadas iniciais, mas foi eliminada na etapa seguinte. [13] Thomas Bach, presidente do COI, disse sobre os atletas refugiados: “Decidimos ajudá-los a fazer seu sonho de excelência esportiva tornar-se realidade, mesmo quando eles têm de fugir da guerra e da violência".[14] Cultura popularA história de Yusra Mardini é contada na curta história Good Night Stories for Rebel Girls, de Elena Favilli e Francesca Cavallo. A história é ilustrada por JM Cooper[15] e foi narrada pela jornalista e nadadora de longa distância Diana Nyad durante seu lançamento como um episódio de podcast[16] No dia 26 de abril de 2018, a autobiografia "Butterfly", de Yusra Mardini, foi publicada. Está previsto que o diretor Stephen Daldry faça um filme sobre sua vida.[17] Em 2022, foi lançado o filme “The Swimmers” (As Nadadoras) que conta a história das duas irmãs, Yusra e Sara Mardini. O filme foi realizado por Sally El Hosaini. O filme encontra-se disponível na Netflix.
Referências
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