Zita Seabra
Zita Maria de Seabra Roseiro (Coimbra, Santa Cruz, 25 de maio de 1949) é uma política e editora literária portuguesa. BiografiaÉ filha do engenheiro Mário Ramos Carvalho Roseiro (Tondela, Molelos, 11 de abril de 1921) e de sua mulher, Zita Lopes Moreira de Seabra. Aderiu ao Partido Comunista Português em 1965 e passou à clandestinidade em 1968, antes mesmo de fazer dezoito anos, passando 6 anos na clandestinidade até ao 25 de Abril de 1974, com o falso nome de Helena Sá e Costa. Viveu os primeiros anos de clandestinidade na zona Norte (Porto, Cête, Praia da Madalena), até vir controlar o setor estudantil do PCP em Lisboa (1970). Liderou a fundação da União dos Estudantes Comunistas (UEC) antes e depois do 25 de Abril. Escreveu para diversas publicações clandestinas do PCP, como o Avante, O Militante, o Jornal das Camaradas das Casas do Partido e os jornais da UEC. Entrou para o Comité Central do PCP no 1.º congresso ordinário do PCP após o 25 de abril. Deputada à Assembleia da República entre 1980 e 1987, pelos círculos de Lisboa e de Aveiro, foi eleita para a Comissão Política do Comité Central do PCP em 1983, no X Congresso do Partido. Em 1982, foi a responsável pela apresentação no parlamento de legislação sobre o aborto. Foi a mais conhecida dissidente do PCP, em virtude do processo interno que lhe foi movido e que culminou com a expulsão em 1988 da Comissão Política, primeiro, e do Comité Central, depois.[1] Ainda em 1988, publicou o livro O Nome das Coisas: reflexão em tempo de mudança, que teve sete edições até ao ano seguinte. Em março de 1989, fez a cobertura para o jornal Expresso das primeiras eleições livres na URSS.[2] Coordenou o Secretariado Nacional para o Audiovisual em 1993, ano em que assumiu a presidência do Instituto Português de Cinema. De 1994 a 1995, foi presidente do Instituto Português da Arte Cinematográfica e Audiovisual. Aderiu ao Partido Social Democrata (PPD/PSD) e, nessa condição, foi candidata à Presidência da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira nas eleições autárquicas de 1997. Eleita pelo PSD no círculo de Coimbra em 2005, foi deputada na X legislatura e vice-presidente do Grupo Parlamentar do PSD na Assembleia da República até outubro de 2007. Nessa legislatura, destacou-se pelas posições que tomou contra a legalização do aborto, de que havia sido uma das mais acérrimas defensoras nos tempos de militância comunista. No XXX Congresso do PSD, em 2007, passou a ser uma dos seis vice-presidentes da Comissão Política Nacional deste partido, cargo que desempenhou até maio de 2008.[3] Foi uma das principais signatárias do Manifesto em Defesa da Língua Portuguesa Contra o Acordo Ortográfico de 1990, petição on-line que, entre Maio de 2008 (data do início) e Maio de 2009 (data da apreciação pelo Parlamento), recolheu mais de 115 mil assinaturas válidas[4]. Em 2019, foi mandatária nacional da candidatura do partido Iniciativa Liberal às Eleições legislativas portuguesas de 2019.[5] Iniciou o seu percurso profissional na editora Quetzal, foi administradora e directora editorial da Bertrand Editora e é actualmente presidente do Conselho de Administração e directora editorial da Alêtheia Editores, da qual é fundadora. Obras
Traduções
Notas e referências
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