Škoda Auto é uma companhia automobilística da República Checa, fundada em 1925, e uma das mais antigas deste ramo no mundo. Em 1991 tornou-se subsidiária do Grupo Volkswagen.[1][2] Vendeu um total de 939.200 unidades de veículos em 2012.[3]
História
Empresa checa de automóveis, surgiu em 1925 como resultado da fusão da Laurin & Klement, fundada em 1895, e da Skoda Pilsen. A primeira destas empresas já fabricava automóveis, embora tenha começado a sua actividade através da produção de bicicletas. Depois surgiram as motos de corrida e o primeiro automóvel, Voiturette A, um grande sucesso de vendas. Em 1914, com o início da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), a empresa passou a dedicar-se ao fabrico de armamento. Em 1925 foi então concretizada a fusão com a maior empresa industrial checa, a Skoda Pilsen, tendo desde logo sido montada uma linha de produção de veículos de luxo.
A Grande Depressão (finais da década de 1920 e início da de 1930) travou a progressão da marca, mas mesmo assim ainda foi lançado mais um modelo bem sucedido, o Popular. Ainda na década de 1930 a Skoda notabilizou-se na construção de limusines. Entretanto, em 1939 começou a Segunda Guerra Mundial e a Skoda, dada a invasão da República Checa pelas forças nazis, passou a integrar o sistema económico alemão, pelo que a fábrica passou a produzir armamento. No entanto, ainda assim a Skoda foi capaz de lançar mais um automóvel, o Superb.
Após a Segunda Guerra Mundial, que terminou em 1945, e com a inclusão da Checoslováquia no Bloco de Leste dominado pela União Soviética, a produção automóvel modificou-se radicalmente. A empresa, agora nacionalizada, passou a designar-se AZNP Skoda e a deter o monopólio do mercado interno. Apesar de ter sido vedado o contacto com o Ocidente, ainda assim a Skoda conseguiu progredir, assentando o seu sucesso na construção de carros fiáveis e sólidos. Nessa época surgiram, sucessivamente, os modelos Tudor, Spartak e Octavia.
No entanto, a Skoda foi fortemente abalada na década de 1960, porque não conseguiu acompanhar os progressos tecnológicos da indústria automóvel que iam aparecendo no Ocidente. Na década de 1970 o sistema económico checo se estagnou e a Skoda só pôde manter a liderança no mercado interno. Até que, em 1987, com o lançamento do Skoda Favorit, o primeiro modelo da marca com tracção dianteira, a situação melhorou. O modelo foi desenhado pelo conceituado estúdio de design italiano Bertone. Três anos mais tarde, já depois da abertura política e económica do Leste ao Ocidente, a Skoda decidiu passar a integrar o poderoso grupo alemão Volkswagen, do qual já faziam parte a Audi e a Seat. A integração oficial deu-se a 1 de Abril de 1991.
Assim, a Skoda pôde modernizar o seus produtos e lançá-los no mercado internacional, tendo começado pelo Felicia e prosseguindo com o Octavia, o Fabia e o Superb. Paralelamente, a Skoda desenvolveu alguns projectos desportivos como a criação, em 1963, de um carro para Fórmula 3. Apesar de a nível internacional o Skoda F3 ter sido um fracasso foi criado na Checoslováquia um troféu com este monolugar. Em 1996, através do modelo Felicia, a Skoda entrou no Campeonato Mundial de Ralis, conseguindo alguns bons resultados, que prosseguiram com o Octavia.
A percepção da Škoda na Europa ocidental tinha completamente mudado. A medida que o desenvolvimento técnico avançava e saíam novos modelos mais atractivos ao mercado, a imagem da Škoda começou a melhorar. No Reino Unido a mudança chegou com a campanha "It is a Škoda, honest" ("É um Škoda, honestamente") que começou nos principios de 2000.
↑«Škoda Auto to looks towards a new growth spurt». Volkswagen Group. 2 de novembro de 2010. Consultado em 1 de abril de 2014. Arquivado do original em 7 de abril de 2014. With this, we also want to continue to reinforce our function as the entry brand to the Volkswagen Group. (Prof. Dr. h.c. Winfried Vahland, Chairman of the board of Škoda Auto).