Alfredo Mostarda
Alfredo Mostarda Filho, mais conhecido como Alfredo Mostarda (São Paulo, 18 de outubro de 1946), é um ex-futebolista brasileiro que atuava como zagueiro. Seu momento de maior destaque aconteceu no Palmeiras, na década de 1970, quando fez parte da Academia, conquistou vários títulos e chegou à Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1974.[1] HistóriaMorador da Penha, na Zona Leste de São Paulo, Alfredo fez curso de torneiro mecânico no SENAI e trabalhava nas Indústrias Matarazzo[2][3] ao mesmo em que jogava em times amadores do bairro, entre eles, o Rio Branco, que realizou um amistoso com a equipe juvenil do Palmeiras e despertou o interesse de Mario Travaglini, técnico da base alviverde, que o levou para o Verdão.[4] Campeão juvenil[5], o zagueiro estrou pela equipe profissional do Palmeiras em um amistoso em setembro de 1966, aos 19 anos de idade.[4] Logo foi emprestado para Cruzeiro (RS) (1967) e Marcílio Dias (1968)[6] para adquirir experiência.[4][5][7] De volta ao Verdão, ainda aspirante[6], foi campeão do Torneio Início do Campeonato Paulista de 1969 atuando como volante, sendo titular nos seis jogos da campanha.[4] Novamente foi emprestado, desta vez ao Nacional-AM[6], clube pelo qual foi campeão amazonense naquele mesmo ano de 1969.[4][5] Retornou no início de 1971, estreando no time em 31 de janeiro de 1971, em jogo amistoso com o América de Rio Preto (0x0). Posteriormente, foi reserva de Nélson na zaga e jogou o restante do ano pelo América-SP[6].[4][5] Alfredo é o jogador palmeirense que mais jogos demorou para sofrer sua primeira derrota, somando 43 partidas de invencibilidade desde a estreia (11 partidas disputadas entre 1966 e 1971 e os primeiros 32 jogos de 1972).[4] Ganhou lugar no time no início da temporada de 1972 após a contusão do então titular Polaco.[4][5][6][7] Naquele mesmo ano, além de ajudar na conquista do Campeonato Paulista[5][8] após cinco anos de fila do clube, o camisa 4 foi decisivo na conquista do Campeonato Brasileiro.[4] Foi titular absoluto de 1972 a 1975, sendo três anos e meio formando dupla com Luís Pereira[9] e seis meses atuando ao lado do português Arouca.[4] Em 1973, ganhou a Bola de Prata da Revista Placar.[2] Em 1974, estreia pela Seleção Brasileira em um amistoso contra o México, no Maracanã[2], e no mesmo ano disputou a Copa do Mundo FIFA, onde não era um dos titulares e jogou apenas a disputa de 3º lugar contra a Polônia[10].[5] No retorno da Alemanha, foi campeão do Troféu Ramón de Carranza, na Espanha, e campeão paulista em 1974.[4] Seguiu prestigiado até meados de 1975, quando com a chegada do técnico Dino Sani perdeu espaço[6], e disputou apenas dois amistosos em janeiro de 1976 antes de ser emprestado ao Coritiba.[4][5] Depois de pouco tempo na capital paranaense, Dino Sani chegou ao clube e Alfredo brigou com a diretoria, ficando meses sem entrar em campo até ser emprestado para o Santos, em 1977[11][12].[4][5][6] Pelo Peixe, Alfredo foi o capitão santista no jogo de despedida do Pelé no Cosmos.[11] Ao todo, disputou 45 jogos pelo Santos, anotando 1 gol. Retornou ao Palestra Itália em 1978 e foi peça-chave na campanha do vice-campeonato brasileiro[13].[4] Sua despedida do Palmeiras foi em 24 de fevereiro de 1979 pelo Paulistão na derrota para o Botafogo de Ribeirão Preto (0x1). No Palmeiras, Alfredo jogou 312 partidas e marcou 5 gols.[4][14] Ele é quinto zagueiro com mais jogos com a camisa do Palmeiras. Alfredo Mostarda fez parte do time que nunca perdeu. Foram 18 jogos do Palmeiras com a escalação mais marcante de sua história: Leão, Eurico, Luís Pereira, Alfredo e Zeca; Dudu e Ademir da Guia; Edu, Leivinha, César e Nei.[15] Em 1980, chegou ao Taubaté[16] para a disputa do Campeonato Paulista, onde participou de 37 jogos, marcando 2 gols. Disputou também o Campeonato Paulista de 1981[17] e nesse mesmo ano chegou a dirigir a equipe em jogos amistosos, após a saída do técnico Pedro Rocha. Em 1982, permaneceu em Taubaté, no inicio como treinador em jogos amistosos, voltando a zaga e, apesar de participar do jogo de despedida diante do Palmeiras, se arrependeu e voltou a vestir a camisa de numero 3 do Taubaté. Pelo clube, ao todo foram 96 jogos, marcou 10 gols e dirigiu a equipe em 9 oportunidades. Em 1984, jogou apenas um mês no Jorge Wilstermann, da Bolívia, antes de encerrar a carreira.[5] Nos anos 1980, integrou a seleção brasileira no Mundial de Seniors.[2] TítulosNacional-AM
Ver tambémReferências
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