Federação Internacional de Futebol Nota: Se procura pela série de jogos eletrônicos, veja FIFA (série).
A Federação Internacional de Futebol, por vezes referida como Federação Internacional de Futebol Associação[1] (em francês: Fédération Internationale de Football Association), mais conhecida pelo acrônimo FIFA, é uma organização sem fins lucrativos[2] internacional que dirige as associações de futsal, futebol de areia(pt-BR) ou futebol de praia(pt-PT?) e futebol, o esporte coletivo mais popular do mundo. Filiada ao Comitê Olímpico Internacional, a FIFA foi fundada em Paris em 21 de maio de 1904 e tem sua sede em Zurique, na Suíça. Ao todo, possui 211 organizações esportivas privadas associadas representando o esporte em países ou territórios.[3] Com esse número, é a instituição internacional que possui a segunda maior quantidade de associados, inclusive mais associados do que a Organização das Nações Unidas e o Comitê Olímpico Internacional, que possuem, respectivamente, 193 e 205 membros cada. Ficando atrás somente da World Athletics, que possui 212 membros. A FIFA tem quatro idiomas: alemão, espanhol, francês e inglês.[4] Além delas, também apresenta atualmente notícias e informações no seu site oficial em árabe[5] e português (variante brasileira).[6] No entanto, a versão do site em português saiu do ar no final de 2014.[7] O seu atual presidente é Gianni Infantino.[8] Em 2 de junho de 2015, três dias após a reeleição para o quinto mandato, Joseph Blatter anunciou a realização de uma nova reunião extraordinária, entre dezembro de 2015 e março de 2016, para a eleição de um novo presidente para a entidade. Nesta nova eleição ele não concorrerá ao cargo, mas permanecerá até que o novo presidente seja conhecido.[9][10] Regras do jogoAs regras[a] do futebol que governam o jogo não são apenas de responsabilidade da FIFA. Existe um comité chamado International Football Association Board (IFAB) que discute e pondera as regras do futebol. No comitê, a FIFA é representada por quatro dirigentes (metade do comité). A outra metade do comitê é composta por representantes de Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte. Confederações
Em conjunto com a FIFA, trabalham seis confederações continentais, que organizam competições na sua área de atuação, seguindo as especificações da FIFA.
A FIFA reconhece um total de 211 federações nacionais masculinas e 129 federações femininas. A FIFA possui mais membros do que a Organização das Nações Unidas, sendo que a ela são afiliadas federações de 23 territórios não reconhecidos pelas Nações Unidas, como a Associação de Futebol da Palestina.[11] Apenas oito nações soberanas não possuem organizações filiadas à FIFA: Mônaco, Vaticano, Micronésia, Ilhas Marshall, Kiribati, Tuvalu, Palau e Nauru. CompetiçõesA FIFA organiza várias competições e, apesar de todas serem reconhecidas pela entidade, só algumas fazem parte do calendário oficial. PrêmiosEm 2004, a entidade, em comemoração ao seu centenário, organizou um jogo entre Brasil e França, os dois países mais bem sucedidos nas suas competições na última década. Além deste jogo, a entidade também promoveu a elaboração de uma lista com os 100 maiores jogadores da história da entidade, chamada FIFA 100.[13] Em 2010, a FIFA anunciou a unificação do prêmio para melhor jogador de futebol do mundo com o Ballon d'Or, cedido pela revista francesa France Football. O novo prêmio foi chamado FIFA Ballon d'Or.[14] Além da unificação, a FIFA e a revista anunciaram a criação do prêmio de melhor treinador do mundo.[15] No ano de 2016 a France Football e a FIFA romperam e criaram prêmios separados, Ballon d'Or pela revista francesa e The Best FIFA Football Awards pela FIFA. HinoDesde a Copa do Mundo de 1994, assim como a Liga dos Campeões da UEFA, a FIFA adotou um hino criado pelo compositor alemão Franz Lambert. Foi rearranjado e produzido por Rob May e Simon Hill.[16][17] O hino é tocado no início de uma partida e torneios oficiais sancionados pela FIFA e em amistosos internacionais, Copa do Mundo da FIFA, Copa do Mundo FIFA de Futebol Feminino, Copa do Mundo FIFA Sub-20, Copa do Mundo FIFA Sub-17, Futebol nas Olimpíadas de Verão, Copa do Mundo FIFA de Futebol Feminino Sub-20, Copa do Mundo FIFA de Futebol Feminino Sub-17, Copa do Mundo de Futsal da FIFA, Copa do Mundo de Futebol de Praia da FIFA e Copa do Mundo de Clubes da FIFA.[18] Desde 2007, a FIFA tem pedido, a seus parceiros de transmissão televisiva, tocar pequenos trechos do hino no começo e fim dos eventos transmitidos por ela e também nos comerciais de tais eventos, para ajudar a promover seus patrocinadores. Isto emula práticas há muito utilizadas por alguns outros eventos internacionais de futebol, como a Liga dos Campeões UEFA. Exceções podem ser feitas para eventos específicos; por exemplo, uma peça original de música africana foi usada para as aberturas curtas próprias durante a Copa do Mundo da FIFA de 2010. PatrocinadoresOrganizaçãoO Congresso da FIFA, órgão mais importante da entidade, é realizado, normalmente, a cada dois anos. Desde 1998, extraordinariamente, o encontro tem ocorrido a cada ano.[25] Abaixo do Congresso estão os dois órgãos executivos:
O secretário geral é auxiliado por mais de 25 comitês permanentes, órgãos jurídicos, o Comitê Disciplinar e o Comitê de Recurso:[28]
Há, também, outros órgãos para auxílio no desempenho de suas atividades:[29]
Ranking da FIFAO Ranking Mundial da FIFA (oficialmente Ranking Mundial FIFA/Coca-Cola) é um sistema que classifica as 210 Seleções Nacionais de Futebol Masculino associadas à organização. É utilizado desde agosto de 1993 e já passou por diversas reformulações. A mais recente, após a Copa do Mundo de 2006, na Alemanha. Presidentes
Comemorações do CentenárioEm 2004, a FIFA fez uma série de eventos festivos para comemorar seu centenário.
FIFA+Em abril de 2022, a FIFA lançou o serviço de streaming chamado FIFA+.[36][37] O serviço será gratuito e contará 40 mil partidas ao vivo no ano, sendo 29 mil de futebol masculino e 11 mil de futebol feminino. O serviço também irá prover notícias, informações de torneio, histórias e documentários de Ronaldinho, Dani Alves, Ronaldo Nazário, Romelu Lukaku, Lucy Bronze e Carli Lloyd, entre outros.[37] Corrupção e interferência legislativaEm maio de 2006, o repórter investigativo britânico Andrew Jennings, autor do livro intitulado Foul! The Secret World of FIFA: Bribes, Vote-Rigging and Ticket Scandals (Falta! O Mundo Secreto da FIFA: propinas, fraude eleitoral e escândalos com ingressos, numa tradução livre do título em inglês), causou controvérsia dentro do universo futebolístico ao detalhar um escândalo internacional, que, alegadamente, envolvia a venda de contratos na sequência do colapso do parceiro encarregado dos negócios de marketing da FIFA, a International Sport and Leisure (ISL), revelando ainda como alguns altos funcionários do futebol foram forçados a reembolsar as propinas que haviam recebido no passado. O livro também alegava que a luta de Sepp Blatter pelo controle continuado da FIFA envolvia fraudes eleitorais. Pouco após o lançamento de Foul!, um exposé (exposição) televisivo produzido para o programa de notícias Panorama da BBC, do qual Jennings e um produtor da mesma rede televisiva, Roger Corke, participaram, foi ao ar. Durante a transmissão, de aproximadamente uma hora de duração, em 11 de junho de 2006, Jennings e o os outros participantes do Panorama concluíram que a polícia suíça estava investigando a atuação de Sepp Blatter em um acordo secreto para a devolução de mais de um milhão de libras esterlinas em propinas que haviam sido recebidas por altos funcionários do futebol. Lord Triesman, ex-presidente da Associação Inglesa de Futebol, descreveu a FIFA como uma organização que "se comporta como uma família mafiosa", destacando as "décadas de tradições de suborno, batedores e corrupção" da associação.[38] Todos os depoimentos exibidos durante o exposé televisivo foram dados por indivíduos cujas vozes, a aparência, ou ambos, apresentavam-se distorcidos, com uma exceção: Mel Brennan, antigo conferencista da Universidade de Towson, localizada nos Estados Unidos da América (e de 2001 e 2003, foi Diretor para Projetos Especiais da Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe (CONCACAF), parceiro do projeto e-FIFA e também delegado da Copa do Mundo de 2002). Mel Brennan tornou-se o primeiro insider do alto escalão do mundo do futebol a ir a público com alegações substanciais de ganância, corrupção, má-administração e malfeitorias cometidas tanto pela direção da FIFA como pela da CONCACAF. Durante a transmissão, Brennan – o afro-americano de mais alto gabarito da história da governança futebolística – juntou-se a Jennings, a jornalista de Trinidad e Tobago Lasana Liburd e a muitos outros na exposição de alegações sobre a alocação inapropriada de dinheiro dentro da CONCACAF, traçando conexões entre atividades ostensivamente criminosas da CONCACAF com outros comportamentos similares dentro da FIFA. Desde então, e sob a luz de recentes alegações de propina e corrupção contra a FIFA em 2010,[39] tanto Jennings quanto Brennan permanecem altamente críticos à FIFA, com Brennan pedindo abertamente às entidades e as pessoas que suportam o futebol mundo afora que considerem uma alternativa à FIFA.[40] Em outro documentário Panorama transmitido pela BBC One em 29 de novembro de 2010, Jennings alegou que três altos funcionários da FIFA, Nicolas Leoz, Issa Hayatou e Ricardo Teixeira, haviam recebido grandes subornos do parceiro de marketing da FIFA, ISL, entre 1989 e 1999. Ele alegou que eles apareceram em uma lista de 175 subornos pagos pela ISL, totalizando cerca de US$ 100 milhões. Um ex-executivo da ISL disse que havia suspeitas dentro da ISL de que a empresa recebia apenas o contrato de marketing para as sucessivas Copas do Mundo, pagando propinas a funcionários da FIFA. O programa também alegou que outro oficial atual, Jack Warner, esteve repetidamente envolvido na revenda de ingressos para a Copa do Mundo. Sepp Blatter disse que a FIFA não investigou a alegação porque não havia sido informada sobre isso via 'canais oficiais'. O programa também criticou a FIFA por supostamente exigir que as nações anfitriãs da Copa concordem em implementar leis especiais para a Copa do Mundo, incluindo uma isenção de impostos para a FIFA e patrocinadores, além da limitação de leis trabalhistas. Alegando que os governos das nações participantes da licitação são obrigados a manter confidenciais os detalhes das leis exigidas durante o processo de licitação; mas que eles foram revelados pelo governo holandês, que se recusou a concordar com eles, como resultado do que foi dito pela FIFA que sua oferta poderia ser negativamente afetada. De acordo com o programa, após as investigações anteriores de Jennings, ele foi banido de todas as entrevistas coletivas da FIFA, por razões que ele diz não terem sido esclarecidas; e os funcionários acusados não responderam às perguntas sobre suas últimas alegações, seja verbalmente ou por carta. O primeiro-ministro britânico, David Cameron, e Andy Anson, chefe da candidatura da Copa do Mundo, criticaram o momento da transmissão, três dias antes da decisão da FIFA de sediar a Copa do Mundo de 2018, alegando que ela poderia prejudicar a candidatura da Inglaterra; os eleitores incluídos funcionários acusados pelo programa.[41][42] Em maio de 2010, após dois funcionários da FIFA pagarem cinco milhões e meio de francos suíços em reparações, a Procuradoria de Zug, na Suíça, arquivou um processo por peculato e por falsidade ideológica contra ambos e contra a Federação Internacional de Futebol.[43] Na época, 5 jornalistas solicitaram vistas aos documentos do processo, mas os dois funcionários da FIFA entraram na justiça, numa tentativa de impedi-los.[43] A disputa judicial pelo sigilo dos documentos foi levada até a última instância do judiciário suíço, que acabou decidindo a favor dos jornalistas.[43] Os documentos,[44] que vieram à tona em 11 de julho de 2012,[45] mostram que os funcionários usaram a FIFA em benefício próprio por muitos anos,[46] revelando ainda detalhes sobre os subornos que a empresa de marketing da FIFA, a ISL, recebeu e pagou a diversos funcionários ao redor do mundo, entre eles os brasileiros Ricardo Teixeira e João Havelange.[47] Os documentos detalham diversas transferências de propinas para as contas dos envolvidos. Em algumas delas, o volume transferido é de 1 milhão de dólares.[46] Em maio de 2015, quatorze pessoas foram presas, incluindo nove dirigentes da FIFA, após serem acusados por corrupção, entres eles, José Maria Marin.[48] MembrosVer também
Referências
Notaa. ^ Para verificar as regras actuais, veja aqui Ligações externas
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