Comandou o Arsenal de 1996 a 2018, foi o técnico mais antigo e bem-sucedido do clube, tendo levado o Arsenal a 17 títulos desde 1996. Sua contribuição ao futebol inglês por meio de mudanças nos olheiros, treinamento dos jogadores e regimes de dieta revitalizou o Arsenal e ajudou na globalização do esporte no século XXI.
O seu estilo de comandar a equipe era diferente da maioria dos treinadores: não gostava de contratar estrelas, preferia contratar jogadoresjovens, geralmente antes dos 20 anos de idade (como Cesc Fàbregas, Anelka, Aaron Ramsey e muitos outros), e "moldá-los" ao longo de suas carreiras. Possuía um elenco muito jovem e de muita qualidade no Arsenal.
Mais do que um grande estrategista, a aura de Wenger, o treinador cavalheiro, a quem o futebol inglês atribuiu o prêmio fair-play em 1998, reside sobretudo na capacidade de transmitir força mental às equipes que orienta. É essa qualidade que a maioria dos seus jogadores gosta de citar quando se lhes pede que tracem o seu perfil.
Carreira
Como treinador
Chegou ao Arsenal como um magro e alto francês, vindo do Nagoya Grampus Eight, do Japão, que antes apenas era conhecido no futebol inglês por ter sido, no AS Monaco, em 1987, o treinador de Hateley e Glen Hoddle. Com a fama e o proveito de intelectual do futebol, devolveu a glória e o prestígio ao lendário Arsenal, seduzindo torcedores e crítica que então apelidavam o jogo dos Gunners, de boring football ("futebol sem chama" ou "futebol tedioso", em tradução livre), grito que muitas vezes ecoavanas arquibancadas inglesas durante os seus jogos.
O sentimento de pertencer à elite das lendas do futebol da "Velha Albion" é hoje, de novo, orgulhosamente ostentado, por todos os torcedores do Arsenal, muito devido à ação de Wenger, que, desde a sua chegada, impôs um novo estilo técnico-tático, sistematizado num 4-4-2 de futebol apoiado, com cariz mais continental, em comparação com o kick and rush do passado.
Esteve no Arsenal de 1996 a 2018, naquele que, com suas palavras, diz ser "a equipe da minha vida". Se concluído este contrato, será o treinador com mais tempo a frente do Arsenal, com 22 anos no comando. Em seu milésimo jogo no Arsenal, Wenger vê sua equipe levar a maior goleada do Chelsea na história do confronto. Um humilhante 6 x 0 na casa do adversário.
Após 9 anos sem títulos, Wenger finalmente fez o Arsenal sair da fila após vencer a Copa da Inglaterra de 2013-14 contra o Hull City, em um dramático 3 x 2 na prorrogação.[1] Depois desse feito, ele foi recompensado com um novo contrato, de duração até 2017. Após ganhar a Copa da Inglaterra de 2016–17, Wenger renovou com o Arsenal até 2019.
No dia 20 de abril de 2018, anuncia sua saída do comando do Arsenal ao final da temporada 2017–18, após 22 anos no cargo.[2]
Durante sua carreira, também já trabalhou como comentarista esportivo. Durante a Copa do Mundo de 2010, Wenger foi contratado por uma emissora de tvfrancesa para exercer esta função nas partidas do torneio.