Contando o custoContando o Custo, ou A parábola acerca da providência (ARC),[1] ou As condições para ser seguidor de Jesus (NAA e NTLH)[2][3] ou O custo do discipulado (NVI e NVT)[4][5] são nomes geralmente dados a um par de parábolas de Jesus relatadas no Evangelho de Lucas 14:25-33. NarrativaSegundo Lucas, as parábolas dizem:
InterpretaçãoJoel B. Green sugere que não está claro que tipo de torre está sendo referida na primeira parábola,[6] mas observa que a mensagem é que uma "fidelidade profunda à finalidade salvadora de Deus"[6] é requerida, "aparente na identidade do indivíduo como um discípulo de Jesus". Trata de se colocar a família e os bens em segundo lugar,[7] como em Mateus 8:18 e Lucas 9:57–62. Intensidade do discurso de JesusCraig S. Keener, ao comentar o contexto histórico-cultural desta passagem, enfatiza o profundo exclusivismo da mensagem e do discipulado de Jesus. Ele também relembra que nos versículos anteriores à esta parábola (Lucas 14:7–24), Jesus ensina à seus seguidores que "valorizem os necessitados acima da [própria] respeitabilidade". Levando em consideração que a honra era bastante estimada nos tempos de Jesus, essas palavras eram chocantes.[8] Enquanto isso, dando prosseguimento ao desenvolvimento da narrativa, Lucas relata no texto da parábola que Jesus também exige que seus seguidores valorizem mais a ele do que a seus familiares ou a si mesmos (conforme Lucas 14:26). Keener ainda observa que os ouvintes de Jesus viviam numa sociedade que valorizava fortemente a honra e os laços familiares. A mensagem de Jesus era, portanto, tida como bastante ofensiva, desagradável e exclusivista, por conta do alto sacrifício que Cristo cobrava de seus seguidores.[8] "Quem não carrega sua cruz" (v. 27)A intensidade das palavras de Jesus também se manifesta quando, de acordo com Lucas 14:27, Jesus diz:" Quem não carrega a sua cruz e não me segue, não pode ser meu discípulo". Keener comenta que carregar a própria cruz (ou pelo menos parte dela) era algo feito por criminosos antes de sua crucifixão, e, em suas palavras "geralmente em meio a uma multidão zombeteira". Jesus uma situação humilhante e desagradável para ilustrar a decisão de seus discípulos em segui-lo, tendo em vista também que a cruz era vista como um instrumento de sofrimento e vergonha pública (Como disse Edwards em seu comentário ao Evangelho de Lucas).[8][9] Interpretação dos Pais da IgrejaNo século IV depois de Cristo, o Patriarca Cirilo de Alexandria cita esta parábola ao pregar argumentando sobre a importância da convicção e firmeza de espírito necessárias para proceder em empreendimentos honrados e virtuosos. Ao comentar sobre o homem da parábola, que começa a construir a torre porém não termina seu empreendimento, afirma o seguinte:[10]
Quando Cirilo de Alexandria pregou no texto da parábola citada neste artigo, afirmou que a lição transmitida por Cristo nessa parábola é que semelhantemente ao que ele disse em seu Sermão LIX) quem deseja seguir a Cristo deve fazê-lo de forma impetuosa e com severa seriedade, sendo capaz de ignorar as coisas mundanas por amor a Cristo:[11]
Ver tambémBibliografiaMorris, Leon (2002). The Gospel according to Luke: An Introduction and Commentary (em inglês). Grand Rapids, Michigan/Cambridge, U.K.: InterVarsity Press. ISBN 0-85111-872-0 Referências
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