Gerda Hasselfeldt
Gerda Hasselfeldt (Straubing, 7 de julho de 1950 [1]) é uma política alemã da União Social Cristã (CSU) que atuou como vice-presidente do grupo parlamentar CDU/CSU e presidente do grupo de parlamentares da CSU no Bundestag. Após sua saída da política, ela se tornou presidente da Cruz Vermelha Alemã, em 2018.[2] Carreira políticaEconomista de formação,[3] Hasselfeldt tornou-se membra do Bundestag alemão após as eleições federais de 1987. Ela foi nomeada Ministra do Planejamento Regional, Construção e Desenvolvimento Urbano pelo então chanceler Helmut Kohl em uma remodelação do gabinete[3] dois anos depois.[4] A partir de 1991, Hasselfeldt atuou como Ministra da Saúde. Ela anunciou sua renúncia em 27 de abril de 1992, dizendo que a prisão de seu assessor Reinhard Hoppe por supostamente espionar para a Polônia havia prejudicado sua saúde.[5][6] Ela foi sucedida por Horst Seehofer.[7] Hasselfeldt foi porta-voz de política financeira do grupo parlamentar CDU/CSU por sete anos. Em 2002, tornou-se a primeira vice-presidente do grupo parlamentar, sob a liderança da presidente Angela Merkel.[4] Durante a campanha eleitoral de 2005, assumiu o comando da agricultura, proteção ao consumidor e meio ambiente, no gabinete paralelo de nove membros de Merkel.[8] Após as eleições federais de 2005 e 2009, Hasselfeldt foi eleita vice-presidente do Bundestag alemão. Ela ocupou esse cargo até ser eleita chefe do grupo de parlamentares CSU em 2011, sucedendo Hans-Peter Friedrich. De 2011 a 2017, ela liderou o grupo com seu copresidente, Volker Kauder.[4] Em abril de 2016, Hasselfeldt anunciou que não concorreria às eleições federais de 2017 e, em vez disso, renunciaria à política até o final do mandato parlamentar.[9] Depois da políticaDe 2018 a 2019, Hasselfeldt atuou na chamada comissão de carvão do governo alemão, encarregada de desenvolver um plano sobre como eliminar o carvão e criar uma nova perspectiva econômica para as regiões de mineração de carvão do país.[10] Em 2019, ela foi nomeada pelo Ministro de Cooperação Econômica e Desenvolvimento, Gerd Müller, como copresidente (ao lado de Bärbel Dieckmann) de uma comissão encarregada de elaborar recomendações sobre como lidar com as causas do deslocamento e da migração.[11] Ideologia políticaPolítica socialQuando os membros dos democratas-cristãos de Merkel em 2012 pediram ao parlamento que concedesse aos casais gays os mesmos benefícios fiscais que os heterossexuais casados, Hasselfeldt protestou contra a ideia. "O casamento entre um homem e uma mulher deve ser especialmente protegido porque é fundamentalmente orientado para a propagação da vida – o que não é o caso das relações homossexuais”, disse Hasselfeldt.[12][13] Em junho de 2017, ela votou contra a introdução do casamento entre pessoas do mesmo sexo na Alemanha.[14] Em uma carta de 2012 ao CEO da Amazon.com, Jeff Bezos, Hasselfeldt pediu ao varejista online que suspendesse as vendas de um quebra-cabeça infantil com a imagem do crematório no campo de concentração de Dachau, chamando o produto de 'um tapa na cara' para as vítimas do Holocausto.[15] Em 2014, Hasselfeldt rejeitou publicamente as queixas contra seu partido por causa de seu slogan "aqueles que cometerem fraude serão [expulsos]" - interpretado como uma insinuação de que trabalhadores imigrados poderiam estar fraudando a previdência social.[16] Políticas europeiasProponente de políticas rígidas durante a crise da Zona Euro, Hasselfeldt ajudou a articular a maioria dos legisladores alemães para aprovar uma série de medidas destinadas a ajudar a Grécia a se recuperar da crise da dívida soberana.[17] Em 2011, ela exigiu que a Itália fizesse mais para convencer os mercados financeiros de sua qualidade de crédito após um rebaixamento de rating pela Standard & Poor's.[18] Em 2013, disse que a Alemanha estava observando a França "com um grau de preocupação" e criticou o presidente francês François Hollande por não implementar cortes de gastos e reformas estruturais com "vigor suficiente".[19] Em reação à decisão da Comissão Europeia de dar à França mais dois anos para cortar seu déficit no início de 2015, Hasselfeldt escreveu ao presidente do órgão, Jean-Claude Juncker, para dizer que a decisão – coincidindo com o pedido de que a Grécia seguisse as regras estabelecidas pelo bloco, apesar da resistência interna significativa – "não deve criar a impressão perigosa de que queremos aplicar padrões duplos", ou seja, as mesmas regras deveriam ser aplicadas a todos os países, independentemente do seu tamanho.[20] Criticando o roteiro para a definição de uma política fiscal para a Zona Euro, proposto em dezembro de 2012, pelo então presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, Hasselfeldt rejeitou propostas sobre a capacidade fiscal da Zona.[21] Van Rompuy, no documento em "Towards a Genuine Economic and Monetary Union", havia proposto a criação de um orçamento para a Zona. A princípio, a capacidade fiscal fora concebida como um apoio financeiro aos países que concordassem em implementar as reformas estruturais recomendadas pela Comissão Europeia. Posteriormente, a capacidade fiscal assumiu diferentes entendimentos, seja como um verdadeiro mecanismo de estabilização contra grandes choques assimétricos, seja como um apoio fiscal à união bancária.[22] Segundo Hasselfeldt, então líder da bancada parlamentar da CSU, a "capacidade fiscal da Zona do Euro" lhe parecia uma "união de transferências", algo com que a maioria dos membros do parlamento não aceitaria. No contexto da tentativa fracassada da Turquia de banir o serviço de microblog Twitter em 2014, Hasselfeldt reafirmou que "[sua] posição sempre foi a de que a Turquia não deveria ser admitida na UE".[23] Em 2016, Hasselfeldt mandou um recado duro ao Reino Unido, após o Brexit: "Para mim, está claro: saída significa saída. Os cidadãos precisam saber que, com essa decisão, não haverá tratamento especial para o Reino Unido."[24] Vigilância e Edward SnowdenEm 2014, Hasselfeldt bloqueou uma tentativa, feita pela oposição, de trazer Edward Snowden à Alemanha para testemunhar, dizendo que isso prejudicaria as relações com os EUA e provavelmente forçaria o governo alemão a extraditá-lo para enfrentar acusações dos EUA de espionagem e de revelar dados da Agência de Segurança Nacional sobre vigilância.[25] Outras atividades
Referências
Ligações externos
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