Golpe de Estado na Guiné em 1984
Golpe de Estado na Guiné em 1984 foi um golpe militar sem derramamento de sangue ocorrido na Guiné em 3 de abril de 1984, liderado pelo Coronel Lansana Conté.[1] Este evento levou a deposição do primeiro-ministro Louis Lansana Beavogui, que ocupava esse cargo desde 1972 e havia assumido as funções presidenciais provisoriamente em 26 de março, quando o presidente de longa data Ahmed Sékou Touré morreu durante uma cirurgia cardíaca de emergência em Cleveland Clinic nos Estados Unidos.[2][3] O golpeOs militares agiram apenas algumas horas antes que o birô político do Partido Democrático da Guiné (PDG), o único partido legalmente permitido no país, escolhesse um novo líder. Esperava-se que o presidente interino Beavogui vencesse.[1] Segundo a Constituição, o novo líder teria sido eleito automaticamente para um mandato de sete anos como presidente e deveria ser confirmado no cargo por meio de um referendo. O Coronel Conté suspendeu a constituição e dissolveu o Partido Democrático da Guiné, a Assembleia Nacional e todas as organizações de massa. O Comitê Militar de Recuperação Nacional (CMRN) foi criado como uma junta militar governante.[1] Este órgão ordenou a libertação dos prisioneiros políticos mantidos no campo de concentração de Camp Boiro.[4] Conté foi nomeado como novo presidente em 5 de abril.[5] ResultadoPosteriormente, uma disputa pelo poder desenvolveu-se entre Conté e um membro do Comitê Militar, Diarra Traoré (que atuou brevemente como primeiro-ministro em abril-dezembro de 1984), sendo este último executado após uma fracassada tentativa de golpe de Estado em julho de 1985.[6][7] Conté aproveitou a tentativa de golpe para executar vários dos colaboradores mais próximos de Ahmed Sekou Touré, incluindo seu meio-irmão Ismaël Touré (ex-procurador-chefe em Camp Boiro), Mamadi Keïta, Siaka Touré (ex-comandante de Camp Boiro), Moussa Diakité,[8] e Abdoulaye Touré (ex-ministro das Relações Exteriores).[9] Conté permaneceu no poder até sua morte em 22 de dezembro de 2008,[10][11] que foi quase que imediatamente seguida por outro golpe de Estado, liderado pelo capitão Moussa Dadis Camara.[12][13] Referências
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