Guerra Civil do Djibuti
A Guerra Civil do Djibuti (também conhecida como a insurgência Afar) foi um conflito no Djibuti entre o governo da Coligação Popular para o Progresso (RPP) (predominantemente de etnia issa) e o grupo rebelde predominantemente afar, a Frente de Restauração da Unidade e Democracia (FRUD). Esta guerra civil eclodiu em novembro de 1991 como uma reação à falta de presença no governo. Afar (apesar de ser o segundo maior grupo étnico no Djibuti com 35%, atrás de clãs somalis representando cerca de 60 %). Naquele mês, os rebeldes afares cercaram às cidades do norte de Tadjoura e Obock e capturaram todos os postos militares no norte do país.[1] Os combates ocorreram principalmente em áreas do norte. Em um incidente controverso, no entanto, na capital do Djibuti em 18 de dezembro de 1991, as tropas do governo moveram-se para o Distrito Afar de Arhiba na capital e abriram fogo contra multidões, pelo menos 59 pessoas foram mortas.[2][3] Em fevereiro de 1992, alguns soldados franceses foram mobilizados para o norte para ajudar as forças do governo.[4] Além disso, a França tentou uma mediação entre o governo e a FRUD, mas as negociações de paz em novembro de 1992, fracassaram, como as que ocorreram em maio de 1993.[5] O governo lançou uma ofensiva em 5 de julho de 1993, que reconquistou grande parte do território controlado pelos rebeldes. Este novos combates, no entanto, levaram milhares a fugir para a vizinha Etiópia.[6] Uma facção moderada da FRUD assinou um acordo de paz com o governo em 26 de dezembro de 1994, terminando efetivamente o conflito, apesar de uma facção radical continuar uma pequena resistência armada, acabou por assinar o seu próprio acordo de paz em 2001. Dois membros da FRUD tornaram-se membros do governo, e nas eleições presidenciais de 1999, o FRUD fez campanha em apoio ao RPP.[7] Referências
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