Baixas totais: 41 034 mortos em conflitos de guerra entre as partes identificadas (2006 a 2019)[1] (350 000–400 000 mortos por homicídios pelo crime organizado de 2006 a 2021)[2] 60 000+ desaparecidos[3]
Guerra contra o narcotráfico no México é um conflito armado entre cartéis[4] de drogas ilegais pelo controle regional e contra as forças armadas do governo mexicano e milícias locais (os vigilantes). Desde 2006, quando a intervenção militar mexicana em larga escala começou, o governo central se dispôs a acabar com a violência relacionada ao narcotráfico.[5] Além disso, um dos principais objetivos seria desmantelar os grupos de traficantes e não necessariamente deter o processo de venda de entorpecentes, que é deixado a cargo dos agentes policiais estadunidenses na fronteira.[6]
Apesar dos cartéis mexicanos de drogas, ou outras organizações criminosas de traficantes, existirem há décadas, eles se tornaram mais poderosos devido ao enfraquecimento dos cartéis colômbianos de Cali e Medellín na década de 90. Os traficantes mexicanos agora dominam a venda de entorpecentes no atacado e, segundo relatórios, em 2007 era responsável por 90% da cocaína que entrava nos Estados Unidos.[7][8]
A prisão de líderes de algumas das principais organizações criminosas mexicanas, particularmente dos cartéis de Tijuana e do Golfo, descentralizou o comando das transações de drogas e aumentou o surgimento de diversas grupos que lutaram entre si pelo controle dos pontos de venda e, principalmente, dos pontos de distribuição de drogas, especialmente para os Estados Unidos.[9][10][11]
Segundo analistas, as vendas no atacado de drogas ilícitas feitas por cartéis mexicanos geram um lucro estimado de US$13,6 bilhões[7] a quase US$49,4 bilhões de dólares anuais.[7][12][13]
Ao fim da administração do presidente Felipe Calderón (2006–2012), foi estimado que ao menos 60 000 pessoas morreram na guerra às drogas no México.[14] Contudo, alguns indicadores afirmam que o número de homicídios pode chegar a mais de 100 000 pessoas, se somar as que estão desaparecidas (e provavelmente mortas).[15]
Nos últimos anos, a situação no México vem se deteriorando. O número de mortos aumentou consideravelmente e a violência perpetrada pelos cartéis piorou. Em 2014, milícias populares surgiram em algumas cidades mexicanas (especialmente no estado de Michoacán) para combater os cartéis que, segundo eles, brutalizavam a população. Acusando a polícia e o governo de serem tremendamente corruptos, eles buscavam fazer justiça "com as próprias mãos". O governo do México enviou tropas federais e a violência na região se intensificou consideravelmente.[16][17]
Perseguição política
Jornalistas tem sido massacrados pelo tráfico[18][19] e isso tem justificado o governo perante a opinião pública o monitoramento clandestino das agências de notícias.[20][21] O tráfico tem contribuído para salvar as finanças dos bancos do país.[22] Tem havido deserções da polícia federal mexicana para o tráfico a mais de 3 mil membros.[23] Tem havido deserções até por parte da DEA.[24][25][26][27]
↑Sullivan, Mark P., ed. (18 de dezembro de 2008). «CRS Report for Congress»(PDF). Mexico - U.S. Relations: Issues for Congress. [S.l.]: Congressional Research Service. Consultado em 19 de janeiro de 2014